São Paulo

Técnico acusa seguranças de sacar revólver e diz que o Tigre queria voltar para o segundo tempo contra o São Paulo em 2012

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Divulgação / saopaulofc.net
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A Copa Sulamericana de 2012 ainda é um dos momentos mais singulares da história do São Paulo. O título que que até então é o último do Tricolor foi o único de Lucas Moura e também o último de Rogério Ceni.

Todavia, essa história não fica apenas dentro de campo. O Tigres não voltou ao segundo tempo e o São Paulo acabou ficando com o título por WO. Tudo aconteceu na saída para o intervalo e após briga no campo, os argentinos acusaram os seguranças do clube paulista de agredi-los nos vestiários.

Neste final de semana, Néstor “Pipo” Gorosito cedeu entrevista onde comentou sobre o caso. Segundo o treinador, os argentinos queriam volta a campo mas foram impedidos pelo consul Augustín Molina.

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“Falaram que eu era culpado, que eu disse que não poderiam jogar, mas não tem nada a ver. Um capataz vai dizer que uma fábrica vai fechar? Foi o cônsul que determinou.”

Pipo comentou sobre os detalhes da briga no vestiário. Segundo ele, os seguranças chegaram a puxar um revolver para intimidar os atletas argentinos.

“Começou uma confusão no campo e se separaram, e quando chegamos ao vestiário os seguranças estavam batendo em dois jogadores nossos que estavam entrando. Aí entramos e brigaram todos. Impressionante. Os (seguranças) gordos, grandões, musculosos, começaram a se cansar e os nossos meninos foram para cima, e isso porque faltavam uns caras nossos que também eram grandes. Até que começaram a nos bater com os cassetetes, sacaram um revólver, bateram no peito de um jogador nosso. O representante da Conmebol e o árbitro estavam aí, a cinco metros.”

Ainda sobre isso ele afirmou que não houveram garantias sobre se aquela situação não voltaria a se repetir. Além disso, também creditou o WO ao tamanho do time, e diz que uma equipe maior não sofreria aquilo, já que sofreria intervenções da Federação Argentina.

Nestor também reclamou da forma como foram tratados no Morumbi e xingou o então treinador do são Paulo, Ney Franco.

“O treinador deles (Ney Franco) foi um idiota, falou que havia sido maltratado aqui na Argentina. Mentira, na Argentina nem te dão bola. Ele começou a plantar discórdia e bagunça, aí chegamos a São Paulo e não nos deram campo para treinar. Nos mandaram treinar duas horas onde estávamos, não deixaram a gente se aquecer no gramado do Morumbi.”

Quanto a situação envolvendo o revólver, os jogadores argentinos chegaram a ir a delegacia mas optaram por não abrir ocorrência sobre a suposta ameaça.

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