Tite destaca dificuldade de jogar na altitude: ‘Suga, drena e absorve’

Flamengo garantiu a classificação para as quartas de final da Copa Libertadores, após perder de 1 a 0 para o Bolívar, na altitude de La Paz, vale lembrar que o Rubro-Negro venceu o jogo de ida no Maracanã por 2 a 0. O técnico Tite concedeu entrevista coletiva após a classificação e contou um pouco sobre como é jogar na altitude.

“O tempo é até amanhã. No futebol você não tem tempo, e as coisas são muito rápidas. Dos atletas, estou eu aqui ofegante, talvez com a pulsação maior do que o normal, mas em cima de uma circunstância daquilo que falei para os diretores do Bolívar: houve um sorteio e, para mim, talvez essas duas equipes merecessem passar. Nós vencemos e merecemos vencer nesses 200 minutos. (…) O que nós jogamos no primeiro jogo e o que a gente teve de aplicação hoje num momento muito difícil. Talvez seja redundante, mas não é demérito jogar em La Paz. Mas a altitude suga, drena e absorve. No fim do jogo, nosso time respirava, mas não dava. Não dava para recuperar. Foi também em cima do melhor futebol, da melhor equipe e em cima da recuperação.” – falou Tite, sobre como a altitude desgasta física um jogador que não está acostumado a jogar lá.

Tite também comentou sobre o adversário das quartas, que será o Peñarol e também falou sobre sua esposa reclamar com o treinador da falta de atenção nesse período de jogos importantes para o Flamengo. “Outro jogo muito grande. Flamengo e Peñarol. Não posso ser simpático porque estou acompanhando 99,9% de Flamengo e 0,1% sobra para esposa, que tem que aguentar um cara chato, que perdeu o jogo de domingo, que chegou muito mal em casa. Não conseguia conversar com ela, que talvez não fosse o marido que gostaria que tivesse. Eu sou torcedor do Flamengo, ela também é torcedora do Flamengo. Ela teve que me aguentar todos esses dias. Para falar mais de humanidade, esse carinho tem que ser dado para ela. Ela me acolheu com a minha tromba e com a minha tristeza, para ter agora essa felicidade com vocês.”

O treinador do Flamengo também comentou sobre o retorno de Michael e como conseguiria projetar para os próximos jogos do Flamengo e a não venda de Wesley para a Atalanta. “Não consigo projetar. Gostaria de ser simpático. Mas não consigo projetar ainda nada. Eu mergulhei no jogo. A direção está buscando reforços. Aliás, o reforço é do Wesley. Não queria que tivesse tido o problema da ida dele, mas ele é um baita de um garoto, grande jogador, com cinco ou seis times querendo ele. O Manchester United querendo também buscando informações. Hoje estávamos sem seis ou sete. A vinda do Michael, sim, por esse trabalho da direção. O Flamengo precisa. Temos que ter cuidado para escalar muitos jogadores jovens juntos em jogos importantes, porque posso queimar uma carreira. O Evertton tá calejado, o Igor também, mas usar os outros seria um risco.”