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Torcedor do Fluminense que viralizou explica promessa e lamenta não ter ingresso para a final da Libertadores: ‘Meu maior sonho’

Guilherme, de 22 anos, subiu mais de 380 degraus da Igreja da Penha

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Arquivo Pessoal
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A épica virada sobre o Internacional colocou o Fluminense na final da Libertadores e levou milhares de tricolores à loucura. A emoção da classificação heroica ainda pôde ser vista nesta semana, quando um torcedor subiu as escadas da Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, de joelhos para pagar uma promessa feita nos minutos finais da decisão no Beira-Rio.

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O tricolor Guilherme Guilhon, de 22 anos, viralizou nas redes sociais nos últimos dias depois de ter sido gravado subindo a escadaria. A demonstração de amor pelas três cores foi decorrente dos gols de John Kennedy e Germán Cano, que viraram o confronto nos últimos minutos e classificaram o Fluminense para a decisão da Libertadores, contra o Boca Juniors, no próximo sábado.

– No meio do intervalo do jogo no Sul, com o Fluminense perdendo, eu fui no meu quarto, busquei minha camisa da sorte, juntei as imagens de Nossa Senhora, de Fátima, de Aparecida, todas. Lá pros últimos minutos, quando tudo parecia dar errado, só vinha 2008 (vice para a LDU) na minha cabeça. E foi nesse momento que eu olhei para as imagens e falei: “se o Fluminense virar esse jogo eu subo a Igreja da Penha de joelho” – disse Guilherme antes de completar:

– Logo de cara, o Valência perde aquele gol de cabeça dentro da pequena área. Aquele lance pra mim foi bizarro. Sinceramente, até agora não consigo entender como aquela bola não entrou. Fico arrepiado só de falar. Depois que fiz a promessa começou a dar tudo errado pra eles e no fim do jogo nós viramos em 10 minutos – concluiu.

A peregrinação para cumprir a promessa começou em Santa Rosa, em Niterói, onde ele mora, e terminou no alto da Igreja da Penha. Ao todo, foram 382 degraus subidos de joelhos, no escaldante calor carioca de 35 graus. A missão do jovem torcedor aconteceu no último domingo, dia 29 de outubro, e durou cerca de duas horas.

– Eu pedi e fui atendido, acredito muito nisso, então tinha que pagar. Ainda enrolei um mês, mas não podia deixar passar o último fim de semana, pela proximidade com a final no sábado. No domingo, chamei um amigo de companhia, saí de casa, em Santa Rosa, em Niterói, e fui até a Penha pra pagar a promessa. Foi sacrificante, um calor muito forte, o corrimão parecia uma chapa, lembro que bateu 35 graus – contou.

– No meio do longo trajeto passou um tricolor me filmando. Na hora, pensei que pudesse viralizar, mas não imaginava que ia tomar essa proporção toda. Depois que colocaram nas redes sociais, muitos começaram a me mandar, vários amigos e familiares me enviaram mensagens falando sobre o vídeo, me elogiando, falando do meu gesto. Sinceramente não gosto de me expor muito, mas acabou acontecendo – comentou em tom descontraído.

Registro do alto da Igreja da Penha (Foto: Guilherme Guilhon)

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Para Guilherme, a decisão contra o Boca tem tudo para ser disputada e decidida nos detalhes. Ao mesmo tempo, o torcedor tricolor aposta no fator casa, um dos diferenciais do Fluminense em 2023, para erguer a tão sonhada taça da Libertadores.

– Final é um jogo muito disputado, difícil de prever. O nosso time é bom, tenho confiança e acho que temos potencial para ganhar. Se jogarmos o que sabemos, como já mostramos esse ano, dá pra ganhar de três, arriscaria no máximo um 3 a 1. Mas tem que entrar focado, sem medo. Vamos jogar no Maracanã e precisamos fazer valer esse fator casa que foi muito forte em 2023 – disse o tricolor, que ainda lamentou por não ter conseguido ingresso para a final:

– Infelizmente estou de fora desse jogo. No momento não tenho as melhores condições pra bancar um sócio-torcedor e isso me impossibilitou de conseguir o ingresso. Ainda tentei abrir o site depois, quando já tinha aberto pro público geral, mas já tava tudo esgotado. Ainda sigo tentando, mas sei que é muito difícil – desabafou.

Questionado sobre a esperança de estar no Maracanã no sábado, Guilherme afirmou que seria um sonho, principalmente para tentar esquecer de vez 2008, mas que se não for concretizado, estará feliz por assistir a decisão com seu pai, principal responsável por sua paixão ao Tricolor.

– A esperança é a última que morre, mas prefiro pensar que eu não vou para não me decepcionar ainda mais. Caso não role mesmo, eu assisto com meu pai, fazendo um churrasco, e é isso. Mas não vou negar que é o meu maior sonho. Viver e ver isso acontecer para esquecer de vez o fantasma daquele junho de 2008 – afirmou.

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