Z - Z Não marcar 3
Torcedores usam fotos de Özil para ironizar protesto da Alemanha no Qatar
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A partida entre Alemanha e Espanha, válida pela segunda rodada da Copa do Mundo do Catar, foi marcada pela ‘resposta’ irônica de torcedores cataris ao protesto da Alemanha na estreia da Copa do Mundo.
Os torcedores, vestidos com a ‘túnica’ catari, levaram imagens de Mesut Özil e tamparam a boca com as mãos, fazendo alusão ao protesto dos alemães na partida contra o Japão, na primeira rodada da Copa, quando o elenco tampou a boca como forma de manifestação contra a Fifa, após terem sido proibidos de entrar em campo com a braçadeira que defende os direitos da população LGBTQIAP+.
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Özil deixou a seleção depois da eliminação na fase de grupos da Copa da Rússia, em 2018, quando afirmou ter sido alvo de racismo por parte de torcedores, além de criticar a postura da Federação de Futebol da Alemanha sobre o acontecido. Ele havia sido criticado por ter aparecido com o então presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que é acusado de ferir direitos humanos com frequência. A foto teria sido tirada às vésperas da competição mundial. No entanto, o jogador disse não ter problema em tirar uma foto com Recep, mas afirmou que é uma “demonstração de respeito à maior autoridade do país da minha família”. Özil tem descendência turca.
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“Fui alvo de ofensas racistas, até mesmo de políticos e de figuras públicas, e ninguém da seleção veio a público para falar: ‘Parem com isso, ele é nosso jogador, vocês não podem insultá-lo desta forma’. Todos ficaram calados e deixaram aquilo acontecer”, disse Özil em entrevista ao portal DW, em 2019.
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Atualmente, Özil defende o Basaksehir, da Turquia. Quando anunciou que não atuaria mais pela seleção, ele acusou o então presidente da Federação Alemã, Reinhard Grindel, de ter um “pano de fundo de discriminação racial” e de tratar jogadores de dupla nacionalidade,como ‘alemães quando ganhamos e imigrantes quando perdemos’. Na época, a Federação Alemã negou as acusações.
COMBATE À HOMOFOBIA NO CATAR
A Federação alemã se mobilizou para criar protestos, junto a outras seleções, em combate ao preconceito contra a comunidade LGBTQIAP+. Na Lei catari, a homossexualidade é crime.
Por outro lado, a Fifa, organizadora do torneio, proibiu que as seleções participantes utilizassem a braçadeira que defende os direitos da comunidade.