Internacional
Torcida do Internacional protesta após empate com o Guaireña
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Nesta quinta-feira (14), o Internacional apenas empatou contra o Guaireña, do Paraguai. Diante de uma equipe criada em 2016, e que fazia a primeira partida no exterior da história, a expectativa da torcida era de uma goleada, mas não foi o que aconteceu. Por conta disso, ainda durante o duelo, já era possível ouvir vaias e, depois, houve confronto breve com a polícia.
Durante o decorrer do jogo, as vaias já começaram ainda no primeiro tempo. Após o gol de Otazu, para o Guaireña, a torcida do Internacional iniciou diversos gritos de críticas aos jogadores. O cântico “p*** que pariu, tem que ter raça para jogar no Beira-Rio”, entoado há anos no estádio, foi um dos mais presentes na primeira etapa e no intervalo.
No segundo tempo, então, começaram a ser direcionadas as críticas. Ao tirar Maurício de campo, para por Alexander Alemão, o técnico Alexander Medina foi vaiado e ouviu gritos de “burro” ecoando de praticamente todo o estádio. O mais ofensivo “Ei, Medina, vai tomar no c*” também foi gritado em coro pelos adeptos da equipe gaúcha.
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Além do técnico, a direção do Internacional também foi criticada de forma acintosa pela torcida. Vice-presidente de futebol, Emílio Papaléo escutou gritos pedindo para ele “pedir demissão’, seguido de xingamentos. Assim como ele, o presidente Alessandro Barcellos foi bastante cobrado, e diversos adeptos entoavam, em coro, músicas solicitando que o dirigente abandone o cargo.
Após a partida, então, vieram os momentos de maior tensão. Revoltada pelo empate, parte da torcida do Internacional se deslocou para o exterior do Beira-Rio, se posicionando em frente as áreas de saída dos vestiários. De lá, foram atiradas grades em direção ao estádio, que teve algumas vidraças quebradas. Para paralisar essa ação, a Brigada Militar interveio com gás de pimenta e bombas de gás lacrimogênio, dispersando o protesto. No entanto, pouco depois, os adeptos retornaram ao local e, de forma menos violenta, passaram a entoar cânticos ofensivos aos jogadores, direção e treinador.
Além disso, outro ponto de tensão foi relatado por membros da torcida do Inter. De acordo com mensagens nas redes sociais, uma confusão no bar do “Nego Véio”, localizado dentro do complexo do Beira-Rio, acabou interrompido pela Brigada Militar com gás lacrimogênio, deixando diversas pessoas, inclusive crianças, sem ar.