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Treinador do Boca Juniors faz duras críticas a diretoria; crise vem à tona

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Treinador do Boca, Sebastián Battaglia / Photo by Rodrigo Valle-Getty Images
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A paz que havia sido selada entre o treinador do Boca Juniors, Sebastián Battaglia, e o Conselho de Futebol do clube presidido por Juan Riquelme parece ter acabado após a eliminação da equipe argentina para o Corinthians pelas oitavas de final da Libertadores. O Timão avançou na competição depois de segurar o empate no tempo normal e levar a disputa para as penalidades.

A calmaria entre os dois pilares do futebol da Xeneize vinha sendo costurada pelos recentes bons resultados de Battaglia em campo, após uma turbulenta relação que culminou na ruptura do treinador com o Conselho de Futebol. A conquista da Copa da Liga Argentina trouxe uma convivência mais amistosa.

Internamente Battaglia segue sem um apoio incondicional do conselho, que o responsabilizou diretamente pela eliminação para os brasileiros. O treinador teve, em sua primeira experiência em uma competição internacional, o triste resultado de não conseguir vencer o Corinthians em nenhum dos quatro jogos pela Libertadores.

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Minutos após o apito final, Battaglia confessou a pessoas próximas que a falta de reforços foi crucial para o fracasso e responsabilizou o Conselho de Futebol por não conseguir trazer jogadores pedidos por ele a tempo.

Internamente, o Conselho foi surpreendido com as cobranças feitas pelo treinador ainda na coletiva de imprensa. Era esperado um tom apaziguador de Battaglia, mas ele não esperou e tomou a dianteira nos ataques que estão por vir entre os dirigentes do Conselho de Futebol e o comando técnico.

O Conselho de Futebol já o havia criticado por ter escolhido um esquema tático diferente do que recomendaram para o duelo na ida, o 0X0 na Neo Química Arena possibilitou uma ótima oportunidade de decidir na La Bombonera. Agora, as críticas apontam para a falta de habilidade nas substituições.

Battaglia não quer ser o único culpado

Photo by Marcelo Endelli/Getty Images

Uma fonte interna do Boca Juniors revelou que a decisão de expor a situação da falta de reforços foi tomada para evitar um linchamento do seu trabalho como treinador. Ao invés de colocar panos quentes em um fracasso, Battaglia decidiu dividir a responsabilidade com a diretoria.

“Por algum tempo ele decidiu não ficar calado sobre nada”, afirmou a fonte que trabalha próxima a Battaglia, a decisão teria sido tomada, principalmente pelas críticas que sofreu da imprensa argentina pelos resultados aquém do esperado e da falta de apoio do Conselho de Futebol.

“Tivemos a oportunidade de pedir, de melhorar em termos de substituição. Não foi assim e temos de tentar fazer o melhor com o elenco que temos”, lamentou Battaglia que apontou a falta de reforços no elenco que, recentemente, perdeu seu camisa 10, Salvio, que rumou para o Puma do México.

Após uma forte repercussão, no final da tarde, Battaglia comentou sua declaração dada ontem a repórteres assim que chegou hoje no CT da Ezeiza, “É uma coisa lógica que qualquer treinador faz . O treinador de todas as equipas costuma pedir reforços e costuma pedir em setores que acredita que podem melhorar o elenco e até os jogadores, é lógico que acontece com qualquer treinador”, declarou.

Após dois jogos em 0x0, Corinthians e Boca Juniors decidiram a sobrevivência na Libertadores 2022 nos pênaltis, onde a equipe brasileira prevaleceu por 6×5. O Timão aguarda a definição de Flamengo x Tolima para conhecer seu adversário nas quartas de finais.

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