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Treze vence Campinense no placar agregado e se sagra campeão paraibano de 2020

Galo da Borborema vence o campeonato paraibano após nove anos na fila. O Treze ainda garante vaga direta para a fase de grupos da Copa do Nordeste de 2021

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O Treze garantiu, na tarde deste sábado (15), o título de campeão paraibano de 2020, após vencer o seu maior rival, Campinense, no placar agregado por 2 a 1: o Treze venceu o primeiro jogo por 2 a 0, e a Raposa venceu o jogo da volta, deste sábado, por 1 a 0, com ambos os jogos sendo realizados no Estádio Amigão, em Campina Grande.

Com o título desta temporada, o Galo da Borborema soma 16 títulos paraibanos. Um fato relevante é que o último título do Treze no campeonato estadual foi em 2011, em cima do CSP. 

Com o triunfo desta temporada, o Treze garante classificação direta para a fase de grupos da Copa do Nordeste de 2021. O outro representante paraibano na competição regional será o Botafogo-PB, que disputará a Pré-Copa do Nordeste, por ser o melhor clube do Estado melhor ranqueado na CBF e que não tenha sido campeão na temporada anterior. Tanto Treze quanto Campinense garantiram vaga para a Copa do Brasil do ano que vem pelo fato de serem os finalistas do estadual.

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Detalhes da partida

Primeiro tempo equilibrado no Clássico dos Maiorais, em Campina Grande (Foto: Daniel Lins/ Ascom Campinense)

A partida começou com o Treze com uma confortável vantagem construída no jogo da ida, vencida pelo Galo da Borborema por 2 a 0. No primeiro tempo, o jogo foi abaixo tecnicamente, mas o Treze teve boas chances de ataque e dominou boa parte da primeira etapa. Após metade do 1º tempo, o Campinense buscava reagir, até por que precisava do resultado positivo, e Fábio Júnior perdeu duas chances claras de gol – chances essas que fizeram muita falta para a Raposa. 

No segundo tempo, o Treze recuou e ficou esperando o Campinense propor o jogo e a estratégia galista era tomar a bola do adversário e puxar um contra-ataque para matar o jogo. Não deu certo. Após transição ofensiva da Raposa, Rafael Ibiapino – artilheiro do campeonato – fez cruzamento para a área trezeana, o Léo Pereira falhou na interceptação e a bola sobrou com Juliano que mandou a bola para o fundo do gol, abrindo o placar. 1 a 0 Campinense.

Segundos antes de Juliano marcar o gol do Campinense (Foto: Daniel Lins/ Ascom Campinense)

O Treze, percebendo sua vantagem diminuir e correndo riscos de levar mais um gol, se lançou ao ataque de forma desordenada e, assim como o Campinense que precisava do gol, ambas as equipes se lançaram aos ataques e o jogo ficou franco, com as duas equipes ficando muito próximas de marcarem – Juliano quase marcou um gol de placar chutando da intermediária, e defesaça do goleiro Jeferson; e Ermínio recebeu passe de Bruno Motta, fica cara a cara com o goleiro do Campinense, Wellington Lima, e chuta rasteiro para defesa do goleiro raposeiro.

Sem mais gols no jogo, o Treze assegurou a vitória no placar agregado e garantiu o 16º título estadual de sua história, sobre o seu maior rival.

Escalações

Treze: Jeferson, Léo Pereira, Breno Calixto, Nílson Jr., e Gilmar; Robson, Tales (Edson Carioca), Vinícius Barba (Alisson Cassiano) e Alexandre Santana (Bruno Motta); Douglas Lima (Gustavo) e Frontini (Ermínio). Técnico: Moacir Júnior.

Campinense: Welington Lima, Alex Travassos (Matheus Silva), Romulo, Breno e Matheus Camargo; Elielton, Juliano, Caio Breno (Allefe) e Bismark (Pedro Maycon); Rafael Ibiapino e Fábio Júnior (Reinaldo Alagoano). Técnico: Hélio Cabral.

Campanha trezeana até a final

Pelo lado trezeano, a volta do futebol tinha uma necessidade única: assegurar a passagem para a semifinal. Voltou contra o Nacional, em Patos, e conseguiu empatar em 0 a 0. O ex-técnico do Treze, Celso Teixeira, comandou o Naça nessa partida. No confronto contra o Campinense, a vitória era o único resultado que interessava. E demorou a sair. Dos pés de Nílson Jr. veio a classificação sofrida do Galo da Borborema, que, de quebra, contou com um tropeço do Trovão Azul e avanço em primeiro lugar na sua chave.

Nas semifinais 

O confronto do Galo nas semifinais foi contra o Botafogo-PB e teve emoção. O primeiro confronto foi em João Pessoa. No Almeidão, o Belo teve autoridade e venceu por 2 a 0, com gols de Lohan e Rodrigo Andrade, ainda no primeiro tempo. O que melhor resumiria o Galo neste confronto é o pragmatismo.

No jogo de volta, em Campina Grande, a necessidade de reverter o resultado do jogo na Capital e o histórico de rivalidade inflamou a vontade dos trezeanos. O mesmo não pode se dizer do Botafogo-PB. Logo aos 17 minutos do primeiro tempo, gol contra de Fred após Léo Pereira cruzar e o defensor botafoguense desviar para o próprio gol. 1 a 0 Galo.

No segundo tempo, jogo truncado, reativo e na base da intuição, o acaso resultou no gol que o Treze precisava – ao menos para levar a disputa para os pênaltis – no jogo. Ceará tentou finalizar, pegou mal, mas o errado deu certo, e o chute ruim se tornou um passe para Ermínio que aproveitou e mandou para as redes, Treze 2 a 0.  Nos pênaltis, o Treze teve o mesmo roteiro de seu rival um dia antes. Kellyton desperdiçou a segunda cobrança, o Galo converteu toda e avançou à final do Paraibano após 3 anos na fila.

Restante da temporada

Para o Treze, o foco será na disputa da Série C. O Galo está no Grupo A da competição e deveria ter estreado no último domingo (9), contra o Imperatriz. Mas a partida foi adiada por que o time maranhense teve 12 casos de jogadores positivados para Covid-19. Com isso, a “estreia” do Treze na terceira divisão nacional será na próxima terça-feira (18), às 20h, contra o Santa Cruz, no Arruda.

Já o Campinense terá que ter foco máximo na Série D no restante da temporada. Terá alguns dias de descanso até o início da competição – que começará dia 5 de setembro -, e estreia na competição nacional no dia 19 de setembro, contra o América-RN, em solo potiguar.

Bola fora!

Antes da bola rolar, foram registrados casos de aglomerações das duas torcidas em pontos de Campina Grande. As torcidas fizeram ponto de aglomeração nas saídas dos times da concentração e em ruas da cidade por onde os ônibus dos times fizeram o trajeto até o Estádio Amigão.

Ambos os clubes repostaram esses momentos de festa da torcida e foram bastante criticados nas redes sociais, haja visto que estamos num período de pandemia, com a continuidade dos contágios e mortes – na Paraíba, são 95.588 casos confirmados e 2.138 óbitos -, e o distanciamento social não foi cumprido. Em todos os confrontos das semifinais também houveram casos de aglomerações do gênero, tanto em Campina Grande, quanto em João Pessoa e Sousa, outras cidades que também receberam confrontos das semifinais.

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