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VCT LOCK//IN: Fnatic campeã, força da LOUD e NA em baixa; quem se destacou e quem decepcionou na pré-temporada
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Após 19 dias de VCT LOCK//IN, a competição chegou ao fim no último sábado, 4, com o título da Fnatic em uma emocionante série contra a LOUD. Com quintetos novos em quase os 32 times, muitos surpreenderam positivamente e cativaram a torcida, mas outros não corresponderam as expectativas e naufragaram sem causar muita controvérsia.
Com fim do campeonato de aquecimento da temporada 2023, o Esporte News Mundo fez uma lista com os destaques positivos e negativos do que foi visto até agora.
1º – Fnatic campeã
Uma das grandes forças do VCT LOCK//IN certamente surpreendeu muita gente. Depois de vários tropeços da região, a Fnatic carregou um elenco muito talentoso, em sintonia e que chegou na final como o favorito ao título. Com Leo, Boaster e Derke como os grandes nomes, a equipe europeia estreou eliminando a poderosa Sentinels de Sacy e Pancada, fez jogo duro contra a FURIA de Mwzera e chegou no top4 depois de uma vitória tranquila contra a 100Thieves.
Nas semifinais, uma vitória acachapante com a NAVI por 3 a 0 garantiu a vaga na final. Diante da LOUD e um Ibirapuera lotado, a Fnatic assumiu o papel para ser a “grande vilã” e iniciou a série com a vitória na Ascent, pick e melhor mapa brasileiro em 2022, e venceu na Fracture. No entanto, o roteiro da partida encaminhou para uma histórica vitória do time brasileiro e que quase foi concretizada. Mesmo com Boaster abalado pela reviravolta na decisão, Derke se encarregou de ser o carrasco e chamou a responsabilidade para virar um 11 a 3 e vencer na prorrogação.
É apenas um campeonato de pré-temporada, mas é possível prever que a Fnatic dará dor de cabeça para qualquer adversário que enfrentar.
2º – a “nova” LOUD
Muito se questionou sobre como seria o encaixe com Cauanzin e Tuyz após as saídas dos campeões mundiais Sacy e Pancada. O VCT LOCK//IN mostrou como está o ponto e o que pode ser causado pelo time brasileiro. Com atuações impecáveis de ambos os jovens, o time fez um campeonato de muita força, resiliência e que quase terminou com mais um título. Novas composições, mapas antes banidos e agora jogados e uma sinergia entre os jovens com Less, Aspas e Saadhak mostrou que o time brasileiro chega como um dos grandes favoritos novamente.
Depois de vitórias contra GenG. e Karmine Corp, ambas por 2 a 0, a LOUD teve seu primeiro grande teste: a NRG. Com três jogadores da antiga OpTiC, maior rival em 2022, os brasileiros atropelaram no primeiro mapa, sofreram a derrota em sua escolha e protagonizaram uma das maiores séries ao levar para cinco prorrogações e vencer a Fracture. Contra a DRX também não podia faltar emoção. Depois de abrir 2 a 0 com muita segurança, o time brasileiro sofreu o empate e teve que crescer na Ascent para avançar na grande final.
O final todo mundo já sabe como foi. Mesmo com a derrota, há muito o que se aplaudir pelo feito da organização. A liderança de Saadhak, o talento assombroso de Aspas e Less e a força e habilidade de aprender de Tuyz e Cauanzin mostraram o porque não podemos subestimar o time. E o revés não é sinal de que o time não presta, nada funciona e tudo acabou. É apenas uma preparação e há muito a ser feito, começando pelo VCT Americas.
3º – Naufrágio do NA
O VCT LOCK//IN poderia ser palco de uma grande prova de força para a região norte-americana. No entanto, o que se viu foi apenas um time – já conhecido – apresentando algo. Com exceção da NRG, Sentinels, Cloud9, EG e 100Thieves naufragaram de formas bisonhas. O time composto por Sacy e Pancada mal estreou e foi eliminado pela Fnatic com pouquíssimo brilho, enquanto a Cloud9 até venceu a Paper Rex na estreia, mas sofreu uma virada amarga para a DRX e já dispensou Yay, considerado o melhor jogador de 2022. As outras duas equipes pouco fizeram, impactaram em frações de rounds e deixaram o Brasil com muito o que ser trabalhado.
4º – A DRX e o Pacífico
Uma das ligas que mais poderiam surpreender era o Pacífico. No entanto, a principal força segue assim como 2022: a DRX. Com o elenco mantido do ano passado, a equipe liderada por Buzz e Mako mostrou força durante todo o Lock//IN ao bater a BBL, Cloud9 e a Talon, todos por 2 a 1. Na semifinal, a equipe reagiu após estar perdendo por 2 a 0 e quase eliminou a LOUD em solo brasileiro. Apesar da derrota, o time deve ser o principal representante da região, seguido de Team Secret e Talon.
5º – FURIA e MIBR
Além da LOUD, FURIA e MIBR chegaram ao VCT LOCK//IN com muitos nomes novos e expectativa lá no alto. No entanto, MIBR caiu logo na estreia para a surpreendente Talon. Com problemas para execução de ataque, a equipe comandada por Heat teve dificuldades para entender os avanços rivais e os gaps causados na Haven e chegou a abrir muita vantagem na Fracture, mas sucumbiu em meio a erros individuais e dificuldade em lidar com vantagem.
A FURIA ainda sobreviveu a estreia sem muitos sustos diante da T1, mas enfrentou a Fnatic e fez jogo duro, principalmente, na Haven que era escolha dos europeus. Apesar da força e de Mwzera brilhar, os brasileiros caíram com mais coisas favoráveis do que contra. É um dos grandes nomes da América do Sul.
6º – NAVI
Finalista da chave Ômega, a NAVI precisava ter um espaço dedicado neste texto. Com um time que assombrou todo o tempo, a equipe teve Shao, Ange1, Suygetsu, Zyppan e Cned cada um brilhando e sendo importante durante toda a caminhada. A derrota acachapante por 3 a 0 para a Fnatic não diminui o fato de que será um time perigoso durante toda a temporada. Todo o time pode e precisa entender os poucos erros cometidos, mas veremos muito mais da equipe do EMEA na liga e certamente em mais campeonatos internacionais como o Masters e o Champions.
Destaques Individuais
Com os destaques coletivos entregues, é necessário mencionar vários nomes individuais e que não foram citados nos tópicos anteriores. Cloud (Giants), Nivera (Karmine Corp), Ardiis (NRG), Kingg (Leviatán), Mazino (Leviatán), JessieVash (Team Secret) e Garnets (Talon) são alguns jogadores que tiveram impacto nos seus jogos, mas não conseguiram ir tão longe assim no VCT LOCK//IN.
Muitos desses conseguiram chegar forte e causaram boas impressões sendo decisivos nos resultados das equipes. Se não avançaram por conta de adversários mais fortes ou performances coletivas aquém, sabem que cavaram um lugar interessante para brilharem durante a temporada 2023.
O que sobra?
Passado a pré-temporada, as equipes agora se prepararão para as estreias das ligas das Américas, EMEA e Pacífico no dia 26 de março. Até lá, algumas equipes devem fazer movimentos no mercado em busca de reforçar os elencos e ajustar os problemas apresentados até aqui.