Futebol americano
Vencedores e Perdedores do NFL Draft 2022
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Com o fim do principal evento da pré-temporada da NFL, vamos analisar como foi o trabalho das franquias no Draft de 2022 passadas as sete rodadas. O Draft desse ano dominado pelas posições defensivas, saindo top 5 na primeira rodada. Além da profunda classe de wide receivers, com seis escolhas na primeira rodada. Os quarterbacks foram os grandes perdedores com apenas uma escolha na primeira rodada, os principais prospectos da posição só começaram a sair a partir da terceira rodada.
Após essa pequena introdução, vamos escolher quais franquias foram certeiras e fizeram escolhas de impacto que chamaram a atenção e por um outro lado, quem teve escolhas no mínimo questionáveis na seleção das suas possíveis futuras estrelas.
Vencedores do Draft 2022
Baltimore Ravens
Round 1: (14) Kyle Hamilton, S, Notre Dame; (25) Tyler Linderbaum, C, Iowa
Round 2: (45) David Ojabo, Edge, Michigan
Round 3: (76) Travis Jones, DT, UConn
Round 4: (110) Daniel Faalele, OT, Minnesota; (119) Jalyn Armour-Davis, CB, Alabama; (128) Charlie Kolar, TE, Iowa State; (130) Jordan Stout, P, Penn State; (139) Isaiah Likely, TE, Coastal Carolina; (141), Damarion Williams, CB, Houston
Round 6: (196) Tyler Badie, RB, Missouri
Pelo segundo ano consecutivo, os Ravens saíram do Draft com ótimos prospectos em mãos. Logo na primeira rodada, Baltimore nas escolhas 14 e 25, a equipe de Maryland saiu com dois steals que com certeza farão impacto imediato no elenco. Primeiro, os Ravens selecionaram o safety de Notre Dame, Kyle Hamilton, um dos principais nomes desse Draft. Em seus três anos no College, Hamilton teve 97 tackles, 7,5 para perda de jardas, além de oito interceptações. Possivelmente, agora os Ravens teram a secundária mais forte da NFL, com o próprio Hamilton e Marcus Williams, além de Chuck Clark e Brandon Stephens. Na 25ª escolha, os Ravens saíram com o center, Tyler Linderbaum.
Na segunda rodada, os Ravens selecionaram na 56ª o DE David Ojabo, de Michigan, reforçando ainda mais a eficaz defesa, que caiu no board por uma lesão no Aquiles. Ainda, o DT Travis Jones (na 76ª escolha geral) foi, também, impressionante. Com a aquisição desses novos atletas, Baltimore reforçará o front 7 de uma já veterana linha defensiva.
New York Jets
Round 1: (4) Sauce Gardner, CB, Cincinnati; (10) Garrett Wilson, WR, Ohio State; (26) Jermaine Johnson II, DE, Florida State
Round 2: (36) Breece Hall, RB, Iowa State
Round 3: (101) Jeremy Ruckert, TE, Ohio State
Round 4: (111) Max Mitchell, OT, Louisiana; (117) Michael Clemons, DE, Texas A&M
A equipe verde de Nova York foi provavelmente a mais certeira neste draft ao conseguir reforçar posições carentes com nomes de impacto imediato. Para começar, os Jets ofereceram armas para Zach Wilson trabalhar em seu segundo ano no comando do ataque dos Jets. Logo na primeira rodada, a equipe de Robert Saleh fez três ótimas escolhas nas posições de defensive end, cornerback e wide receiver. Na quarta escolha, selecionaram Sauce Gardner, de Cincinnati, semifinalista do College na última temporada. Em 13 jogos, ele teve 40 tackles, três sacks, três interceptações e quatro passes defendidos. Com certeza fará impacto imediato na pior defesa da última temporada que cedeu quase 400 jardas totais por jogo e 504 pontos, 29,6 por partida.
Na 10ª escolha, os Jets acertaram mais uma vez e selecionaram, na minha opinião, o melhor wide receiver da classe, Garrett Wilson, de Ohio State. Em seu último ano como junior, ele passou das 1.000 jardas (1.058) com 70 recepções e 12 touchdowns em 11 jogos. A química com Zach Wilson poderá surtir efeito logo na semana 1. Olho nessa dupla!
Por fim na escolha 26ª, New York adquiriu o defensive end Jermaine Johnson, que despencou no board, em que era cotado para sair no top 10. Após trocar Georgia para Florida State em seu último ano no College, e ser colocado como defensive end, após dois anos como linebacker, Johnson mostrou números absurdos. Foram 70 tackles, 33 SOLO, 17,5 para perda de jardas e 11,5 sacks. Além de dois passes defendidos, dois fumbles forçados, um recuperado e um touchdown. Outro nome que fará bastante impacto no lado defensivo da bola.
Na segunda rodada, New York selecionou o running back Breece Hall, de Iowa State, para mim o melhor prospecto na posição desta classe para reforçar o backfield. Em seus últimos dois anos, ele somou para mais de 3.000 jardas terrestres com média 5,6 por carregada e 41 touchdowns. Além disso, Hall também teve 4.675 jardas totais em seus três anos saindo da linha de scrimmage com uma ótima média de 5,8 jardas e 56 touchdowns.
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Kansas City Chiefs
Round 1: (21) Trent McDuffie, CB, Washington; (30) George Karlaftis, Edge, Purdue
Round 2: (54) Skyy Moore, WR, Western Michigan; (62) Bryan Cook, S, Cincinnati
Round 3: (103) Leo Chenal, LB, Wisconsin
Round 4: (135) Joshua Williams, CB, Fayetteville State
Round 5: (145) Darian Kinnard, OG, Kentucky
Round 7: (243) Jaylen Watson, CB, Washington State; (251) Isiah Pacheco, RB, Rutgers; (259) Nazeeh Johnson, CB, Marshall
O Kansas City Chiefs viu seus rivais de divisão fazer grandes movimentações no mercado de trocas. Broncos adquiriram Russell Wilson, Chargers reforçaram a defesa com a chegada de JC Jackson e os Raiders acertaram com o wide receiver Davante Adams. Por outro lado, os Chiefs perderam o WR Tyreek Hill, uma das principais armas de Patrick Mahomes para o Miami Dolphins.
Mesmo assim, o general manager, Brett Veach, e o head coach, Andy Reid, conseguiram logo nas suas primeiras escolhas do Draft selecionarem três necessidades da equipe. Edge, cornerback e wide receiver, com prospectos sólidos. Na 21ª, veio Trent McDuffie, o cornerback de Washington, terminou a temporada com 35 tackles, quatro para perda de jardas e um sack.
Ainda no fim da primeira rodada, os Chiefs selecionaram o EDGE George Karlaftis, que estava cotado para sair nas primeiras escolhas. Karlaftis será um titular imediato no lado esquerdo da linha, formando dupla com o veterano Frank Clark. O prospecto de Purdue somou 61 tackles, 10 para perda de jardas e 14 sacks em seus três anos no College. Além de seis passes defendidos, quatro fumbles recuperados e três forçados e um touchdown.
Na segunda rodada, a equipe de Kansas selecionou o wide receiver Skyy Moore, de Western Michigan da Mid-American. Na última temporada, Moore foi o grande destaque ofensivo com 95 recepções para 1.292 jardas e 10 touchdowns. Provavelmente será a segunda opção no corpo de recebedores depois do JuJu Smith-Schuster.
Detroit Lions
Round 1: (2) Aidan Hutchinson, Edge, Michigan; (12) Jameson Williams, WR, Alabama
Round 2: (46) Joshua Paschal, DL, Kentucky
Round 3: (97) Kerby Joseph, S, Illinois
Round 5: (177) James Mitchell, TE, Virginia Tech
Round 6: (188) Malcolm Rodriguez, LB, Oklahoma State; (217) James Houston, Edge, Jackson State
Round 7: (237) Chase Lucas, CB, Arizona State
Os Lions tinha que cobrir muitas posições. E logo na segunda escolha geral teve uma grande aquisição. Após perder EDGE Trey Flowers, a equipe de Michigan conseguiu um reforço de peso na posição e de quebra uma “prata da casa”. Aidan Hutchinson, de Michigan Wolverines, estava cotado para sair na primeira posição, mas perdeu para Travon Walker, e caiu no colo de Detroit.
Hutchinson com sua explosividade saindo da linha de scrimmage acumulou 62 tackles, 36 SOLO na temporada com 16,5 para perda de jardas, além de 14 sacks, melhor marca da Big Ten e terceira de toda a primeira divisão do College. Ele chegará para elevar de imediato o patamar da defesa dos Lions, que foi a segunda pior em pontos cedidos de média, com 27,5.
Na 12ª escolha, Detroit reforçou seu corpo de recebedores combosto por Amon-Ra St. Brown e DJ Chark Jr. com o prospecto da Crimson Tide, Jameson Williams. Apesar de estar se reuperando de uma lesão no joelho, Williams foi o principal alvo de Bryce Young na campanha do vice campeonato de Alabama. Em 15 jogos em 2021, ele teve 79 recepções, 1.572 jardas com uma média de 19,9 por captura e 15 touchdowns. Vejamos como será sua química com Jared Goff.
No dia 2 do Draft, Detroit continuou a fortalecer seu pass rush com um jogador versátil, Joshua Pascal, que pode jogar de LB/DE/DL. Na última temporada por Kentucky jogou como DE e somou 52 tackles, 24 SOLO e 15 para perda de jardas. Além de cinco sacks. Em seguida, pegaram um safety para dar profundidade com ótimas habilidades com a bola, Kerby Joseph. Não se surpreenda se ambos contribuírem imediatamente, especialmente Joseph, que poderia pressionar seriamente pela titularidade ao lado de Tracy Walker. Em 2021, ele anotou 57 tackles, um sack e cinco interceptações.
Perdedores do Draft 2022
New England Patriots
Round 1: (29) Cole Strange, OG, Tennessee-Chattanooga
Round 2: (50) Tyquan Thornton, WR, Baylor
Round 3: (85) Marcus Jones, CB, Houston
Round 4: (121) Jack Jones, CB, Arizona State; (127) Pierre Strong, RB, South Dakota State; (137) Bailey Zappe, QB, Western Kentucky
Round 6: (183) Kevin Harris, RB, South Carolina; (200) Sam Roberts, DT, Northwest Missouri State; (210) Chasen Hines, C, LSU
Round 7: (245) Andrew Stueber, OT, Michigan
Depois de fazer um ótimo Draft em 2021 com boas seleções de Mac Jones, Christian Barmore e Rhamondre Stevenson. Bill Belichick este ano fez escolhas um tanto questionáveis em posições como running back, receiver e cornerbacks que não estavam entre as principais necessidades da equipe de Boston. A começar com o reach da primeira rodada ao selecionar o prospecto de interior de linha ofensiva, Cole Strange, que estava cotado para sair só a partir da segunda rodada.
Na segunda rodada selecionaram o wide receiver Tyquan Thornton, de Baylor, na 50, que teve bom desempenho no Combine com 4,28 segundos no 40 yards dash. Em seu último ano no College, Thornton anotou 10 touchdowns e liderou os Bears em recepções com 62 para 948 jardas. Apesar dos números, os Pats ainda tinha a disposição no boards nomes como Alec Pierce, George Pickens e Skyy Moore, que provalvelmente farão um impacto maior.
As coisas pareciam estar se movendo em uma direção melhor para os Patriots quando eles escolheram um returner / corner dinâmico Jack Jones e um RB altamente produtivo do nível FCS em Strong, que anotou 18 touchdowns e 1686 jardas terrestres, mas eles ficaram confusos novamente ao escolher Zappe enquanto Sam Howell, melhor cotado, ainda estava disponível.
Talvez eles tenham descoberto uma joia do final da rodada em Harris, Roberts, Hines ou Stueber, mas os Patriots não gastaram nenhuma de suas 10 escolhas em uma de suas maiores áreas de necessidade, linebacker. Pegar uma escolha de terceira rodada de 2023 em uma troca do Dia 3 com os Panthers pode acabar sendo uma ótima troca para a New England. Porém, no geral, os Pats usou suas escolhas para fazer reaches, que podem não dar em nada.
Arizona Cardinals
Round 2: (55) Trey McBride, TE, Colorado State
Round 3: (87) Cameron Thomas, Edge, San Diego State; (100) Myjai Sanders, Edge, Cincinnati
Round 6: (201) Keaontay Ingram, RB, USC (215) Lecitus Smith, OG, Virginia Tech
Round 7: (244) Christian Matthew, DB, Valdosta State; (256) Jesse Luketa, LB, Penn State; (257) Marquis Hayes, OG, Oklahoma
Com sua primeira escolha apenas na segunda rodada, os Cardinals selecionaram o TE Trey McBride, em uma classe que tinha pouco a oferecer na posição. Uma escolha questionável já que Arizona havia renovado com Zach Ertz por três anos em março e dias depois, adquiriu Maxx Williams. Na terceira rodada, foram com a dupla de edges, Cameron Thomas e Myjai Sanders. Dificilmente algum dos dois fará uma reposição rápida após a saída de Chandler Jones. Na sexta rodada, eles selecionaram Keaontay Ingram, que poderá ter tempo de campo atrás de James Conner após a ida de Chase Edmonds para os Dolphins.
Washington Commanders
Round 1: (16) Jahan Dotson, WR, Penn State
Round 2: (47) Phidarian Mathis, DT, Alabama
Round 3: (98) Brian Robinson, RB, Alabama
Round 4: (113) Percy Butler, S, Louisiana
Round 5: (144) Sam Howell, QB, North Carolina; (149) Cole Turner, TE, Nevada
Round 7: (230) Chris Paul, OG, Tulsa; (240) Christian Holmes, CB, Oklahoma State
Os Commanders resolveram reaches em praticamente todo seu Draft. Logo na primeira rodada, selecionou o receiver de Penn State, Jahan Dotson na 16°. O próprio prospecto ficou surpreso com a escolha tão cedo, e em entrevista para a NBC Sports de Washington, disse que estava assistindo os playoffs da NBA e esperava sair no início da segunda rodada, quando recebeu a ligação de Ron Rivera. Em 2021, ele teve bons números com 1.182 jardas recebidas, com média de 13 jardas por recepção e 12 touchdowns.
Outro reach, esse acredito que fará um bom impacto, é o running back da Crimson Tide, Brian Robinson Jr. Apesar de ter sido cotado apenas para as últimas rodadas, ele foi selecionado na terceira. O prospecto de Alabama teve um ano produtivo no backfield com um total de 1.343 jardas terrestres e 14 touchdowns, com uma média de cinco jardas por carregada.
Na quinta rodada, veio o quarterback Sam Howell, que estava chegou a ser cotato para a segunda rodada. O prospecto de North Carolina teve seu pior desempenho em três anos no universitário. Foram 217 passes completos de 347 para 3.056 jardas, 8,8 jardas de média, 24 touchdowns, nove interceptações e um rating de 154,2. Além de 800 jardas terrestres.
Para uma franquia que ainda tem sérias dúvidas na posição mais importante do jogo, selecionar na quinta rodada em um jogador de 21 anos com 37 partidas universitárias em seu currículo foi uma boa movimentação. Vejamos se ele poderá fazer frente à Carson Wentz ou Taylor Heinicke.