Venda de Mudryk ao Chelsea seria impossível com Abramovich, diz CEO do Shakhtar

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Harold Cunningham/Getty Images for Uefa
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Na última segunda-feira (16), o Chelsea anunciou oficialmente a compra do atacante Mykhailo Mudryk junto ao Shakhtar Donetsk ao superar a proposta do rival Arsenal e desembolsar inicialmente 70 milhões de euros pelo jogador ucraniano – valor este que pode atingir 100 mi de euros com bônus por metas alcançadas. O contrato com Mudryk tem vínculo até a metade de 2031. Porém, tal negociação não poderia acontecer. De acordo com o CEO do clube ucraniano, Serhiy Palkin, caso os Blues ainda estivessem sob a gerência de Roman Abramovich, muito provavelmente a venda não seria concretizada.

Divulgação/Shakhtar Donetsk

O Chelsea foi adquirido no início da década de 2000 por Abramovich, magnata russo e principal responsável por colocar os londrinos no alto nível nacional e internacional, com conquistas de títulos ingleses e europeus, como duas Uefa Champions League em três finais disputadas. Porém, com o início da guerra entre Rússia e Ucrânia há pouco menos de um ano, várias sanções foram aplicadas e Abramovich vendeu o clube ao norte-americano Todd Boehly, atual gestor do clube. Com a falta de diplomacia, Palkin considera que negociações entre as duas partes seriam impensáveis entre ucranianos e russos, em entrevista concedida ao jornal britânico The Athletic.

“Somente nas mídias sociais, a cobertura teve alcance de 60 milhões nessas plataformas. Não estou contando jornais ou canais de televisão. A Ucrânia obteve cobertura de alto nível em todo o mundo e, para nós, é uma promoção positiva de nosso país. Mydruk tornou-se nosso embaixador da Ucrânia em todo o mundo. Eu gosto muito que ele tenha ido à Premier League porque é a melhor liga do mundo e a Inglaterra torce muito para a Ucrânia. Para o mundo inteiro e para a Ucrânia, é uma importante transferência. Temos contexto nesta transferência: proprietários americanos, Inglaterra, Ucrânia – este triângulo. Hoje, estamos mais próximos do que nunca e isso é muito importante. Se o Chelsea não tivesse um novo dono, haveria muita crítica a nosso respeito, por causa de tal ligação. Nessas circunstâncias, talvez fosse até impossível”, disse.

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Serhiy Palkin também explicou o destino de 25 milhões de euros ao fundo de assistência médica e psicológica a soldados e pessoas que perderam parentes na guerra. Inicialmente, foi informado de que o dinheiro seria retirado da transferência de Mudryk, mas o CEO do Shakhtar explicou que o dinheiro virá do próprio presidente do Shakhtar, Rinat Akhmetov.

“É o próprio dinheiro do próprio presidente. Ele mesmo vai doar para o fundo. Eles estão organizando um fundo para ajudar os combatentes de Mariupol e as famílias dos defensores que perderam seus entes.”

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