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Vexame histórico, técnico rindo e protestos da torcida: como foi a segunda-feira do Vasco

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Foto: Reprodução VascoTV
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Em um Vasco x Flamengo disputado em março de 2022, Josh Wander, executivo da 777 Partners, proprietária do Vasco, prometeu que aquele seria o “último (clássico) com desvantagem no orçamento”. Pouco mais de um ano depois da afirmação, o Vasco entrou em campo contra o maior rival ocupando a 19ª colocação do Brasileiro com apenas uma vitória no campeonato e sofrendo com a falta de aporte financeiro. O resultado da falsa promessa foi uma derrota histórica por 4×1 para o rubro-negro nessa segunda-feira (5), no Maracanã.

As mudanças realizadas por Maurício Barbieri na escalação não surtiram efeito e o técnico viu seu time passar por uma noite inesquecível. As entradas de Miranda e Luca Orellano no time titular e a estratégia com três zagueiros não deram certo. O argentino sempre foi muito pedido pela torcida, mas nunca tinha começado um jogo como titular, enquanto Miranda era a quarta opção de zaga de Barbieri. Apesar das mudanças resultarem em um início melhor do Vasco, Erick Pulgar, Gerson, Ayrton Lucas e Pedro fizeram 4×0 ainda no primeiro tempo para o Flamengo e deixaram o torcedor vascaíno temendo uma goleada ainda maior.

No intervalo, a sensação era de que o 7×0 do cruzmaltino realizado no Carioca de 1931, maior resultado da história do clássico, seria no mínimo igualado. Porém, para a sorte do Vasco, o ritmo do Flamengo caiu e o time melhorou com as saídas de Orellano e Matías Galarza, conseguindo diminuir o placar de pênalti com Jair.

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Em entrevista coletiva no fim do jogo, Maurício Barbieri despistou uma possível demissão.

“Não tive nenhuma conversa nesse sentido. Tenho convicção que a equipe está oscilando mais que a gente esperava. Tivemos mais dificuldades que a gente imaginava, mas também estou convicto que vamos buscar soluções”, disse o técnico.

Barbieri ainda sofreu duras críticas por conta de um sorriso dado no final da coletiva aos jornalistas. A expressão aconteceu quando o técnico estava se levantando e ficou confuso com gritos para não levantar, que na verdade tinham sido direcionados por fotógrafos aos jornalistas. Torcedores que já pediam a saída do treinador ficaram revoltados e acusaram o comandante de debochar da situação do time.

O placar também resultou em protestos da torcida nas arquibancadas e em São Januário. Enquanto a torcida presente no Maracanã xingava dirigentes, treinador e jogadores, o estádio do clube era depredado por outros torcedores após o fim do jogo. Em vídeos que circulam pela internet, é possível ver um grupo com cerca de 50 pessoas jogando bombas e fogos de artifício dentro de São Januário. Vale ressaltar que a SAF aluga um prédio na Barra da Tijuca para administrar o futebol do cruzmaltino, e que o estádio é de responsabilidade do Vasco Associativo.

Durante a pré-temporada do Gigante da Colina em Miami, o diretor de futebol Paulo Bracks afirmou que o elenco estaria 90% fechado em Abril. Com os péssimos resultados no Brasileiro, Bracks contou na terça-feira passada (30) que errou no planejamento.

“Eu assumo meus erros na montagem do elenco. Que bom que eu tenha direito de assumir e que bom que eu tenha a prerrogativa de mudar na segunda janela”, admitiu o diretor.

Diante de promessas que não se cumpriram e precisando reencontrar o caminho das vitórias, o Vasco enfrenta o Internacional no próximo domingo (11), no Beira-Rio, às 16h. O cruzmaltino ainda tem um mês até o início da janela de transferências para tentar minimizar a situação.

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