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William comenta possível parceria com Vissotto e quebra silêncio sobre o corte da Seleção: ‘Jamais negaria uma convocação’
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Pela primeira vez após a final da Superliga Banco do Brasil masculina 20/21, William ‘El Mago’ Arjona cedeu entrevista e falou do vice-campeonato e da não-convocação para a Seleção Brasileira. No papo exclusivo com o Esporte News Mundo, o levantador e capitão do Fiat/Minas Tênis Clube afirmou não ter sido chamado para integrar o grupo que está em treinamento em Saquarema e ainda disse como seria jogar ao lado do oposto Leandro Vissotto, especulado como novo reforço do time mineiro.
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MINAS X TAUBATÉ
Com o domínio quase que absoluto do Sada/Cruzeiro Vôlei e EMS/Taubaté/Funvic em algumas competições da temporada (SuperVôlei, Supercopa e Copa Brasil), parecia que o Fiat/Minas ficaria apenas como coadjuvante na Superliga. Mesmo tendo terminado a fase classificatória na quarta colocação da tabela, atrás do rival estadual, do Taubaté e do Vôlei Renata/Campinas, os minastenistas derrotaram o Apan/Eleva/Blumenau nas quartas de final, desbancaram o Vôlei UM Itapetininga na semi e avançaram à final.
– A gente foi além do nosso planejamento com certeza. A ideia era brigar para estar entre os quatro melhores times e nós conseguimos com muito trabalho e dedicação. O elenco do Minas esse ano foi surpreendente, o nível de comprometimento com os treinamentos, uma equipe que treinou muito forte desde o primeiro dia com uma inteligência. O Nery comanda isso muito bem. Ele é um cara fora da curva em relação à linguagem com os jogadores, à maneira que ele consegue tirar o melhor deles. Tudo foi muito bacana, um ano espetacular, principalmente por ter saído em um momento de pandemia e não saber como que a gente iria reagir, jogar sem torcida. Tiveram vários desafios durante o ano, mas eu fiquei extremamente feliz de chegar na final. Lógico que eu queria ter sido campeão com a camisa do Minas, todo mundo ali queria. Sem dúvidas, o vice-campeonato foi muito comemorado porque a gente merecia isso – afirmou o eleito melhor levantador da Superliga.
VISSOTTO NO MINAS?
Especulado para substituir Yadrian Escobar na posição de oposto, Leandro Vissotto é um velho conhecido do Mago. Apesar do Minas não ter confirmado a contratação do ex-Campinas, William falou da possibilidade e elogiou medalhista olímpico em Londres 2012.
– Ah, vai ser bem legal. Vissotto é um grande jogador, uma cracasso, um dos jogadores mais inteligentes que eu já joguei, com certeza. Ele é um oposto extremamente inteligente, uma pessoa inteligente. O Vissotto é um cara fenomenal. A gente teve um tempo na Seleção juntos, eu dividi quarto com ele e o nosso papo ia longe. Papo cabeça mesmo. Um cara muito interessante e que entende o jogo como ninguém. Talvez o oposto que ataca a bola mais rápida e eu adoro isso. A gente vai incomodar muita gente se isso se concretizar, né? O Vissotto vai somar muito para a nossa equipe, o time vai ficar mais robusto em relação ao bloqueio, vai ajudar também em outros fundamentos. Espero que dê tudo certo – disse o Mago.
CORTE EM ANO OLÍMPICO
Eleito melhor levantador da Superliga e campeão olímpico na Rio-2016, William era dado como certo na Seleção Brasileira ao lado de Bruninho, capitão da equipe. Apesar de manter o alto nível técnico e tático, o camisa #7 não foi sequer chamado para treinar em Saquarema para disputar a Liga das Nações (VNL). Com isso, muitas pessoas passaram a acreditar que o vice-campeão da Superliga teria negado o convite, entretanto, o Mago revelou ao ENM o que foi passado para ele.
– Não, eu não neguei não. Jamais negaria uma convocação para a Seleção Brasileira, principalmente agora, ano olímpico, ano muito importante para o calendário da Seleção e para o povo brasileiro. Eu tive a oportunidade de jogar uma Olimpíada e sei o valor que tem, não só para nós atletas, mas para o povo em geral. Talvez seja o campeonato que o brasileiro mais gosta, Olimpíada todo mundo acompanha. Jamais negaria uma convocação. Não fui convocado mesmo, foi uma opção deles. Recebi o telefonema do supervisor falando que eles não iam me convocar porque não viam necessidade, eu já era um levantador formado e que não precisava ficar treinando lá em Saquarema esse tempo todo para jogar a liga mundial (VNL) e depois a Olimpíada. Mas que eu estaria meio que de ‘stand-by’. O que eu consegui entender é que se alguém se machucar, você é o cara, o levantador mais formado e assumiria o lugar de alguém lesionado – lamentou William.
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