O ano de 2024 foi um dos mais bem sucedidos para a ginástica brasileira. Nossos atletas competiram em competições importantes, como a Copa do Mundo de Ginástica, o Campeonato Brasileiro e, claro, as Olímpiadas. Com conquistas inéditas para a categoria e o apoio fervoroso da torcida, os ginastas brasileiros terminam o ano com a sensação de dever mais do que cumprido. Confira os destaques da ginástica artística e rítmica do Brasil em 2024.
Ginástica Artística
Copa do Mundo de Ginástica
O ano da ginástica artística brasileira começou com a Copa do Mundo de Ginástica, realizada pela Federação Internacional de Ginástica, a FIG. A competição, que contava pontos para a entrada nas Olimpíadas de Paris 2024, contou com 4 etapas: 14 a 18 de fevereiro, no Cairo, 22 a 25 de fevereiro em Cottbus, na Alemanha, 7 a 10 de março em Baku, no Azerbaijão e 17 a 20 de abril em Doha.
Arthur Nory conquistou o bronze na barra fixa na etapa de Doha da Copa do Mundo de Ginástica Artística 2024, com 14.533 pontos. A vaga olímpica para Paris 2024 ficou com Tang Chia-Hung, de Taipé Chinesa, que obteve 15.133 pontos, e Robert Tvorogal, da Lituânia, com 14.700 pontos.
Nory precisava vencer com nota superior a 14.833 e que Tvorogal ficasse fora das quatro primeiras posições, o que não ocorreu. Durante sua apresentação, uma queda causada pelo rompimento do protetor de pulso afetou o resultado.
Caio Souza conquistou o bronze nas barras paralelas com 14.566 pontos. Yuri Guimarães e Diogo Soares também competiram, mas não obtiveram classificação olímpica.
Troféu Cidade de Jesolo de Ginástica Artística
Em 20 de abril de 2024, as ginastas Rebeca Andrade e Flávia Saraiva lideraram a equipe feminina do Brasil na conquista da medalha de prata no Troféu Cidade de Jesolo de Ginástica Artística. A equipe alcançou 164.465 pontos, ficando atrás da Itália, que somou 166.800, e à frente dos EUA, com 163.934.
O Brasil iniciou a competição nos saltos, obtendo 41.599 pontos nas três melhores notas, com destaque para os 14.633 de Rebeca Andrade. Nas barras assimétricas, o time somou 40.767 pontos, sendo 14.567 de Rebeca, 13.567 de Flávia Saraiva e 12.633 de Carolyne Pedro. Na trave, o Brasil alcançou sua melhor pontuação, com 42.000 pontos. Flávia Saraiva marcou 14.233, Rebeca Andrade 14.200 e Julia Soares 13.567. No solo, sem Rebeca, poupada, o time totalizou 40.099 pontos, com Flávia Saraiva somando 13.633, Julia Soares 13.433 e Jade Barbosa 13.033.
O Troféu Cidade de Jesolo 2024 serviu como preparação para os Jogos Olímpicos de Paris, reforçando a busca da equipe brasileira por uma medalha olímpica inédita, após conquistar a prata no Mundial de 2023.
No segundo dia de Jesolo 2024, em 21 de abril de 2024, as ginastas brasileiras se destacaram nas finais por aparelho do Troféu Cidade de Jesolo de Ginástica Artística. Na ocasião, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Júlia Soares conquistaram três ouros nas finais da categoria sênior, consolidando sua presença entre as melhores do evento.
Na final do solo, Flávia Saraiva e Júlia Soares dividiram o ouro com notas idênticas de 13.600, enquanto a italiana Manila Esposito ficou com o bronze devido a uma execução inferior. Ambas as brasileiras obtiveram a mesma nota de dificuldade (5.4) e execução (8.200).
Flávia também brilhou na trave, conquistando ouro com 14.500 pontos e 8.600 de execução. Rebeca Andrade levou a prata com 13.900 pontos, e Asia D’Amato, da Itália, completou o pódio com 13.750 pontos.
Nas barras assimétricas, Rebeca confirmou seu favoritismo ao conquistar o ouro com 14.700 pontos. Alice D’Amato, da Itália, também somou 14.700 pontos, mas ficou com a prata devido a uma execução inferior. O bronze foi para Elisabeth Seitz, da Alemanha, com 14.100 pontos. Flávia Saraiva terminou na quarta posição, com 13.950 pontos.
Pan Americano de Ginástica Artística
O Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística de 2024, realizado em Santa Marta, Colômbia, foi palco de importantes conquistas para a ginástica brasileira. Caio Souza, após um ano de recuperação devido a uma lesão, garantiu o título no individual geral, com 81.134 pontos, destacando-se também nas finais por aparelhos. O atleta levou o ouro no salto, com uma apresentação impecável, e o bronze nas argolas.
Diogo Soares também teve uma participação de destaque, conquistando o ouro no cavalo com alças e na barra fixa. Na mesma final, Caio Souza ficou com a prata, garantindo uma dobradinha brasileira. Soares ainda subiu ao pódio em outras duas ocasiões: prata nas barras paralelas e bronze no salto. Ao todo, o atleta somou quatro medalhas.
No setor feminino, o Brasil também teve bons resultados. Andreza Lima, com apenas 16 anos, conquistou o bronze no individual geral e a prata na trave. Hellen Vitória, conhecida como “Pingo”, obteve a prata no solo, em uma das apresentações mais expressivas da competição. Embora Carolyne Pedro e Luiza Abel não tenham conseguido pódio nas finais, o desempenho da equipe feminina foi positivo, com duas medalhas importantes no total.
Troféu Brasil de Ginástica Artística
O Troféu Brasil de Ginástica Artística, realizado em junho de 2024, foi o último grande evento antes das Olimpíadas de Paris. A competição destacou os principais nomes da ginástica brasileira, como Rebeca Andrade e Yuri Guimarães, que confirmaram seu favoritismo com vitórias nas provas que disputaram.
Rebeca Andrade brilhou mais uma vez, conquistando duas medalhas de ouro. Ela venceu nas barras assimétricas com 14.633 pontos e também triunfou na trave, com 13.633 pontos, mesmo após uma queda durante sua apresentação. Flávia Saraiva, finalista olímpica da trave, sofreu uma queda e ficou fora do pódio, marcando 12.667 pontos.
Jade Barbosa também se destacou, conquistando o ouro no solo com 13.333 pontos, com uma apresentação acompanhada pela música “Baby One More Time”, da popstar Britney Spears. Hellen Silva levou a prata, com 13.133 pontos, enquanto Carolyne Pedro ficou com o bronze, com 13.100 pontos. Nas barras assimétricas, Jade Barbosa conquistou a prata, com 13.200 pontos, e Carolyne Pedro levou o bronze, com 12.933. Já na trave, Júlia Soares garantiu a prata, com 13.333 pontos, e Gabriela Barbosa ficou com o bronze, com 12.700 pontos.
No masculino, Yuri Guimarães teve uma performance de destaque, garantindo dois ouros: no salto, com 14.600 pontos, e nas argolas, com 13.200 pontos. Luis Porto ficou com a prata no salto, com 13.950 pontos, e Juliano Oliva levou o bronze, com 13.675 pontos. Nas argolas, Leonardo Souza conquistou a prata, com 13.100 pontos, enquanto João Perdigão ficou com o bronze, também com 13.100 pontos. Yuri, no entanto, não participou da última prova, a barra fixa, devido a uma lesão no ombro. O ouro foi para Diogo Speranza, com 13.500 pontos, seguido por Leonardo Souza, com 13.400 pontos, e Francisco Barretto, com 13.300 pontos.
Outros destaques do Troféu Brasil oram Vitaliy Guimarães, que conquistou o ouro no solo masculino, com 14.250 pontos, e Larissa Machado, campeã no salto feminino, com 12.817 pontos. Diogo Soares venceu a prova do cavalo com alças, com 13.300 pontos, seguido por Vitaliy Guimarães, que ficou com a prata, com 13.150 pontos, e Murilo Pontedura, que levou o bronze, com 13.100 pontos.
Ginástica Rítmica
A Ginástica Rítmica é uma modalidade menos tradicional para o Brasil. No entanto, 2024 foi marcado por conquistas inéditas do Time Brasil de ginástica rítmica.
Copa do Mundo de Ginástica Rítmica Atenas 2024
Na Copa do Mundo de Ginástica Rítmica Atenas 2024, o conjunto brasileiro fez sua estreia com a nova coreografia de série mista, alcançando a quarta posição na final, com 29.800 pontos após revisão da comissão técnica. A medalha de ouro foi para a Polônia, com 30.950 pontos, seguida pela Itália (prata) e China (bronze). A performance brasileira teve um erro inicial, com uma fita caindo, e outros pequenos deslizes na execução, o que impediu uma pontuação mais alta. Apesar disso, o resultado foi visto como positivo, considerando que era a estreia da coreografia, que mistura ritmos e elementos da cultura brasileira, com homenagens a personalidades como Gisele Bündchen, Pelé e Rebeca Andrade.
Na etapa de Sofia da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica 2024, no domingo, 14 de abril, o Brasil disputou três finais, com destaque para o conjunto na prova dos cinco arcos, onde ficou com a quarta colocação, somando 34.600 pontos, a apenas 0.2 do México, que levou o bronze. Israel dominou a prova, conquistando o ouro com 38.850, seguida pela Espanha com a prata. O Brasil também competiu na série mista (três fitas e duas bolas), alcançando a quinta posição, com 29.500 pontos. Israel novamente foi ouro, com a Bulgária e Polônia completando o pódio.
Seguindo sua trajetória de evolução, a seleção brasileira garantiu a segunda medalha de prata na etapa da Copa do Mundo em Milão, no domingo, 23 de abril. Além das duas medalhas conquistadas, o time alcançou sua maior pontuação do ciclo, 38.250, consolidando uma sólida presença entre as melhores seleções do mundo, a apenas alguns meses dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com uma apresentação consistente, o Brasil ficou com a prata na série dos cinco arcos, com 38.200 pontos, atrás apenas da Itália, que levou o ouro com 38.350 pontos, e da China, com o bronze (37.900).
Challenge Cup de Ginástica Rítmica
O conjunto brasileiro de ginástica rítmica conquistou o ouro na prova mista da Challenge Cup de Ginástica Rítmica Portimão 2024, no Algarve, Portugal, no domingo, 12 de maio. Com uma pontuação de 32.550, a equipe ficou à frente do México (30.100) e da Espanha (29.900), garantindo o primeiro ouro da temporada. A apresentação, precisa e ao som de ritmos brasileiros, foi um grande destaque. Ao final da competição, o Brasil levou para casa três medalhas: um ouro e duas pratas.
Campeonato Pan Americano de Ginástica Rítmica
O Brasil teve uma campanha vitoriosa no Campeonato Pan-Americano de Ginástica Rítmica 2024, realizado na Cidade da Guatemala, fechando a competição com destaque no domingo, 9 de junho. No último dia, o país conquistou quatro dos seis ouros em disputa, além de mais quatro pratas e um bronze, demonstrando sua competitividade à medida que se aproxima dos Jogos Olímpicos Paris 2024.
O conjunto brasileiro brilhou especialmente nos cinco arcos, conquistando o ouro e a maior nota da competição, e na série mista, onde, com nova coreografia, ficou com a prata. A equipe foi formada por Maria Eduarda Arakaki, Deborah Medrado, Nicole Pircio, Sofia Madeira e Victoria Borges.
No individual, Maria Eduarda Alexandre, de 17 anos, se destacou ao ganhar dois ouros, nas provas de fita e bola, além de um bronze nas maçãs. Bárbara Domingos, principal nome do Brasil no individual, levou o ouro no arco e as pratas nas provas de fita e maças. Geovanna Santos também subiu ao pódio, garantindo a prata no arco.
Olímpiadas Paris 2024: Ginástica Artística e Rítmica
O evento de maior projeção para a Ginástica Brasileira foram as Olimpíadas de Paris, que ocorreram entre julho e agosto de 2024. A equipe brasileira de ginástica artística conquistou medalha inédita para a história do esporte brasileiro, Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista olímpica da história e Bárbara Domingos conquistou feito inédito para o Brasil na ginástica rítmica. Confira os destaques da modalidade em Paris 2024.
Medalha Inédita para a equipe brasileira
A equipe feminina de ginástica artística do Brasil fez história nos Jogos Olímpicos Paris 2024, conquistando sua primeira medalha por equipes. No dia 30 de julho, a seleção brasileira assegurou o bronze na final realizada na Bercy Arena, com um total de 164.497 pontos.
O Brasil foi representado por Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira. As brasileiras se destacaram nas quatro provas: 42.366 no salto, 41.199 nas barras assimétricas, 39.966 na trave e 40.966 no solo.
As brasileiras começaram a competição com falhas nas barras assimétricas e na trave, mas cresceram ao longo do evento. O salto foi crucial para a conquista do pódio, com Rebeca Andrade obtendo a melhor nota da noite, 15.100, superando até mesmo Simone Biles, que fez 14.900. A Grã-Bretanha, que ficou dois décimos atrás do Brasil, não conseguiu alcançar o pódio, e a China terminou em sexto lugar.
O Brasil teve a segunda maior nota no salto e no solo, embora tenha registrado a quinta maior na barra e a sexta na trave, o que não impediu a conquista do bronze. Antes desse resultado, a seleção brasileira já havia alcançado o oitavo lugar em Beijing 2008 e o quarto lugar em Paris 2024.
O ouro ficou com os Estados Unidos, com 171.296 pontos, e a Itália levou a prata com 165.494. A Grã-Bretanha, principal rival do Brasil, terminou em quarto lugar com 164.263 pontos. A conquista do bronze foi confirmada apenas nos últimos momentos, com o salto decisivo de Rebeca Andrade.
Rebeca Andrade celebrou a conquista inédita. Ao Olympics.com, ela afirmou que a conquista é ainda mais especial devido à composição do time:
“Para mim, é uma honra estar do lado essas meninas. Eu treino com elas todos os dias, e fazer o meu melhor não só pra mim mas também pra elas. É algo muito gratificante. Isso foi o que me fez voltar a cada lesão que eu tive. Estava fazendo por elas e por mim também. O solo foi pra elas, a trave foi pra elas, paralelas, tudo vai ser sempre pra elas. Estou feliz e orgulhosa do nosso resultados”, afirmou.
Flávia Saraiva enfrentou problemas durante sua participação nos Jogos Olímpicos Paris 2024, mas sua superação e força mental marcaram sua trajetória e deram a ginasta uma grande quantidade de admiradores nas redes, protagonizando uma das fotos mais emblemáticas das olimpíadas. Na final por equipes, ainda no aquecimento, sofreu uma queda nas barras assimétricas e cortou o supercílio, mas, com a ajuda de um curativo, competiu com garra e brilhou. A garra de Flávia Saraiva se tornou um dos marcos do Brasil nas Olimpíadas de Paris.
Ao retornar ao Brasil, Flávia compartilhou sua experiência com os fãs, confessando que ficou muito abalada após a classificatória, sentindo que poderia ter conquistado mais medalhas. No entanto, ela usou a adversidade como um impulso para mudar sua mentalidade, focando em sua maior oportunidade com a equipe, onde poderia contribuir e também receber apoio das colegas.
“Eu sabia que não era o dia da minha maior chance de medalha, mas a gente sempre entra para ganhar. Então, falei: ‘Vou dar o meu melhor hoje, quero aproveitar a competição, torcer muito para a Rebeca, porque ela merece estar lá’. Não foi a minha melhor competição do ano, de longe não foi a melhor da minha vida, mas estava muito feliz de estar lá, representando o meu país. Foi a minha primeira final de individual geral e fiquei muito satisfeita, porque sabia que merecia estar lá entre as melhores. Então, fiz um bom trabalho, que me vai servir de aprendizado para que eu possa me preparar melhor ainda”, afirmou.
Ginástica Rítmica: o Brasil na final pela primeira vez
Bárbara Domingos fez história ao se tornar a primeira atleta individual de ginástica rítmica do Brasil a disputar uma final no Mundial, a ganhar uma medalha no circuito internacional e a conquistar o título nos Jogos Pan-Americanos. Nos Jogos Olímpicos Paris 2024, ela alcançou mais um feito inédito, tornando-se a primeira brasileira a garantir uma vaga na final Olímpica do individual geral.
Com 129.750 pontos, Bárbara terminou a fase classificatória na oitava posição, superando a 23ª colocação de Natália Gaudio nos Jogos Rio 2016 e garantindo o melhor resultado do Brasil na prova. A italiana Sofia Raffaeli, favorita ao ouro, ficou em primeiro lugar com 139.100 pontos, seguida pela alemã Darja Varfolomeev com 136.850. As dez melhores avançaram para a decisão, e Bárbara se destacou entre elas, fazendo história para a ginástica rítmica brasileira.
Sua participação em Paris 2024 foi apenas a quarta do Brasil em eventos individuais dessa modalidade, após as presenças de Rosane Favilla em Los Angeles 1984, Marta Cristina Schonhurst em Barcelona 1992, e Natália Gaudio no Rio 2016.
A ginasta ficou em 10° lugar na final individual geral, mas fez história com a classificação inédita.
As Olimpíadas de Paris trouxeram muitas emoções, mas 2024 ainda reservava outros momentos para a ginástica brasileira.
Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica
Maria Eduarda Alexandre confirmou seu favoritismo e se consagrou campeã brasileira de ginástica rítmica no individual geral no Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica, realizado em Lauro de Feitas (BA), no dia 28 de setembro de 2024. A atleta do clube Agito/PR somou 136.150 pontos, garantindo o ouro, mas a conquista não foi fácil. A decisão foi acirrada, com Geovanna Santos, a Jojo, do clube INCESP-ES, ficando em segundo lugar com 131.900 pontos, enquanto Ana Luisa Neiva, da Escola de Campeãs, completou o pódio com 121.050 pontos, em terceiro.
O campeonato teve um grande suspense desde o início, com Maria e Jojo disputando a liderança desde as etapas classificatórias, realizadas no dia 27. Maria Eduarda, que já havia sido medalhista de bronze no Pan-Americano de Santiago 2023, se destaca cada vez mais no cenário da ginástica rítmica. Aos 17 anos, ela se projeta como uma forte candidata a representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, seguindo os passos de Bárbara Domingos, que fez história nos Jogos Olímpicos Paris 2024.
O campeonato não só destacou o talento de Maria, mas também mostrou a força da nova geração da ginástica rítmica brasileira, prometendo grandes performances nos próximos anos.
E por falar em próximos anos…
Após o merecido descanso e as comemorações pelas conquistas nas Olimpíadas de Paris, a equipe feminina de ginástica artística do Brasil se prepara para o novo ciclo rumo aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. Em entrevista ao UOL, as atletas compartilharam suas expectativas e o que aguardam para os próximos quatro anos, além de detalharem a rotina intensa que será necessária para manter a equipe competitiva e em evolução.
Uma das principais preocupações para o início dos treinos de 2025 é a atualização do código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica (FIG). Todos os anos, o comitê técnico da entidade avalia a modalidade, realizando ajustes que frequentemente impactam os valores atribuídos a determinados elementos ou requisitos para a validação de movimentos específicos. Esse processo de renovação e ajustes pode ser decisivo para a equipe, que terá que se adaptar às novas exigências técnicas enquanto trabalha para manter o alto nível de suas apresentações.
A veterana Jade Barbosa comentou os desafios, as expectativas e as gratificações com a atual ginástica do Brasil:
“Nós começaremos um ciclo com bastante inovação, eu fico muito feliz com isso. É momento de aproveitar essa nova geração, introduzi-las ao cenário competitivo mundial e ao mesmo tempo mesclá-las com essa geração mais experiente, para que elas realmente consigam atingir essa experiência de uma forma mais rápida. Ano que vem já temos um Mundial, mas ele ainda não classifica para as Olimpíadas, só que a partir de 2026, as vagas entram em disputa”, afirmou.
Como coração do ano de sucesso, a equipe brasileira femininas de ginástica comemorou o resultado e projeção em grande estilo: as atletas participaram do “Baile dos Maiorais”, realizado pela Riachuelo, e celebraram os resultados inéditos e o prestígio do time.
“Foi um ano perfeito. Tudo o que a gente buscou durante anos, a gente conseguiu conquistar nas Olimpíadas [de Paris]. Então é momento de curtir e aproveitar. A gente merece muito essa festa. E agora curtir, ser feliz. […] A festa tem muito brilho, tudo o que a gente merece. A gente brilhou esse ano.”, afirmou Lorraine Oliveira.