Nesta terça-feira, 16, o São Paulo anunciou para seus conselheiros que a votação para uma reforma no estatuto do clube foi adiada para 16 de dezembro. Anteriormente ela estava prevista para ocorrer nesta quarta-feira, 17.
A escolha veio pelo momento de instabilidade que vive o clube. Com riscos de rebaixamento, o São Paulo abriu as portas do CCT da Barra Funda para que a Torcida Tricolor Independente, principal organizada do clube, tivesse uma reunião com jogadores.
A intenção, é que após o final do Campeonato Brasileiro, com a permanência garantida a Serie A de 2022, o clube tenha maior tranquilidade para aprovar sem ter que lidar com possíveis descontentamentos da torcida.
A chamada reforma, trás uma série de mudanças na política do São Paulo. Confira algumas das principais modificações:
Reeleição
Na reforma que o São Paulo realizou no estatuto em 2017, foi proibida a reeleição de mandato de presidente do clube. Um dos principais pontos é a possibilidade de um novo mandato por mais três anos, podendo fazer com que Júlio Casares seje reeleito.
Quantidade de Membros do Conselho
Um outro ponto é a redução do conselho para 200 pessoas. Atualmente, o número é de 251 conselheiros com 151 vitalícios e mais 100 eleitos por um período de seis anos. A última eleição foi em 2020.
Na proposta, haveria uma alteração para 120 vitalícios e 80 eleitos pelos sócios do clube.
Quantidade mínima de apoiadores para criação de chapa
Na reforma, para criar uma chapa e participar das eleições do conselho, o grupo deveria conseguir 55 dos 100 conselheiros vitalícios. É válido lembrar que conselheiros não podem apoiar mais do que um grupo por eleição.
Ou seja, para criação de uma chapa de oposição, seria muito mais complexo e teria que lidar com a força do governo em situação.
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Suspensão de associados
Os membros do conselho que encabeçam as mudanças também querem aprovar uma suspensão preventiva para quem ameace a “integridade moral” e “harmonia social”.
A questão, é que estes termos não apresentam uma definição específica e podem ser utilizados para suspender desavenças políticas sem um motivo específico.
Contratos
Atualmente, contratos superiores a R$ 1,4 milhão precisam de aprovação do conselho para entrarem em vigor pelo clube. Uma das mudanças na reforma é a autonomia dos que estiverem comandado o clube para aprovar contratos de até R$ 2,8 milhões sem precisar passar pelo conselho.