O programa de sócios do Cruzeiro ganhou muitos novos adeptos desde que Ronaldo Fenômeno comprou 90% da SAF do clube e assumiu a gestão celeste, em dezembro do ano passado. Não à toa, o salto no número de associados foi de quase 60 mil, indo de oito mil para mais de 62 mil cruzeirenses, superando os R$ 30 milhões arrecadados anualmente. Gabriel Lima, CEO da Raposa, reconhece a importância dessa renda.
Em entrevista à Globo, ele também detalhou o destino do valor. Segundo Gabriel Lima, não há gastos específicos para a verba, uma vez que a arrecadação dos modelos semestrais e anuais influencia em todas as áreas do clube, incluindo o pagamento dos salários dos atletas e demais despesas. “Tudo que é pago tem uma parcela do sócio”, disse o CEO.
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– É um dinheiro utilizado para todas as necessidades do clube. Quando se fala de receita de sócio, é uma receita recorrente, porque a maioria dos planos é pago mensalmente. Mas essa receita vem fracionada, ao longo do tempo, e ao longo de 12 meses ou seis meses. Ela tem sido fundamental para a gente. São todos os aspectos que a gente está numa posição hoje que a gente não estaria sem a receita do sócio. É aplicado em todas as contas, de pagamento de salários de jogadores, staff, das Tocas. Tudo que é pago tem uma parcela de sócio.
Para além do pagamento de despesas, Gabriel Lima afirmou que o programa de sócio da Raposa tem sido crucial para o clube se reerguer. Para ele, sem os valores arrecadados pelo time mineiro com o sócio, o processo de reconstrução do Cruzeiro seria ainda mais difícil e demorado.
– Seria extremamente complexo. Diria para você que o processo demoraria muito mais tempo para atingir a maturidade. A gente acredita no que está fazendo, tem muita confiança que é um trabalho muito sério e que vai dar frutos no longo prazo. Esse apoio da torcida, pelo fato de estar liberado o estádio 100%, com sócio-torcedor tendo números expressivos, de maneira determinante, encurta o tempo para chegar no longo prazo. Certamente, seria um processo mais doloroso e muito mais longo.
MELHORIAS
Ainda em entrevista, o CEO do Cruzeiro frisou uma das maiores preocupações do clube a respeito do programa de sócios: fazer mudanças qualitativas.
– Ao invés de querer estabelecer meta e ampliar, de chegar a um número X ou Y, o que a gente quer fazer é melhorar. Temos um número grande de sócios. Queremos que ele aproveite ao máximo o que o programa tem a oferecer. Estamos trabalhando numa série de melhorias. Ele está longe do ideal, longe do que a gente quer. Mas estamos trabalhando para melhorar. Se tiver mais de 62 mil, serão muito bem-vindos. Mas queremos que estes 62 mil tenham a melhor experiência possível.
Por fim, Gabriel Lima agradeceu ao torcedor pela confiança e pediu calma aos cruzeirenses para os resultados a longo prazo, objetivo da Raposa.
– Estamos tomando as melhores decisões possíveis e as melhores decisões que a gente acredita para reerguer o Cruzeiro. Agradecer pela confiança, que esse voto de confiança seja a longo prazo também, que não seja só para esse ano. Teremos longo processo de transição. E que nem sempre as coisas vão acontecer como a gente quer e gosta. Mas, com confiança no processo, num espaço tão longo de tempo, vamos voltar a ser o que o Cruzeiro foi um dia.
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