A saída de Marrony para o Atlético-MG evidenciou mais uma vez a fragilidade do Vasco no mercado da bola. Há anos mergulhado em uma grave crise financeira, o Cruz-Maltino se acostumou a perder talentos do seu elenco para rivais brasileiros. Sem dinheiro em caixa, o clube se vê obrigado a negociar jogadores por um preço abaixo do que se esperava. Marrony pode ser mais um desses, já que tem apenas 21 anos.
A venda basicamente serve para pagar salários atrasados, evitando que se perca atletas na Justiça. Entretanto, nem sempre o Vasco conseguiu negociações salvadoras, perdendo jogadores importantes sem receber nenhum centavo. Outros foram negociados para pagamentos de empréstimos junto a empresário e tem quem foi embora através de algum tipo de acordo. O Esporte News Mundo relembrou os casos desta década.
Fernando Prass
O goleiro deixou o Vasco em dezembro de 2012 após conseguir a rescisão contratual na Justiça. Ele foi defender o Palmeiras, conseguindo vários títulos pelo clube paulista. O Cruz-Maltino tinha 100% dos direitos econômico do jogador, que tinha vínculo com o clube até dezembro de 2014.
Nilton
Seguindo os passos do goleiro, o volante também conseguiu se desvincular do Vasco através da Justiça. O jogador foi contratado pelo Cruzeiro, também tendo grandes conquistas. O Cruz-Maltino tinha 50% dos direitos econômicos e um contrato que terminaria no fim de 2014.
Alecsandro
Artilheiro da Copa do Brasil de 2011, o atacante foi cedido ao Atlético-MG no fim de dezembro em troca de dois jogadores: o volante Fillipe Soutto e o atacante Leonardo. Pelo Galo, Alecgol foi campeão da Libertadores em 2013.
Dedé
Ídolo de muitos vascaínos, o zagueiro foi negociado com o Cruzeiro em 2013 por R$ 14 milhões. Na época, o “Mito” não queria sair, mas acabou cedendo já que a venda representava dinheiro no bolso para os companheiros e funcionários do clube. Pela Raposa, foi multicampeão.
Marlone
Após se destacar no Brasileiro de 2013, o meia, cria de São Januário, foi negociado com o Cruzeiro por R$ 5,36 milhões. Por ter 60% dos direitos econômicos, o Vasco ficou com R$ 3,2 milhões e adquiriu em definitivo o meia Pedro Ken.
Luan
Cria do Vasco e bastante valorizado, o zagueiro acabou sendo vendido para o Palmeiras em 2017 por apenas R$ 10,2 milhões, valor que foi parcelado em cinco vezes. O dinheiro foi utilizado para acertar um empréstimo feito pelo empresário Carlos Leite. O Cruz-Maltino ainda mantém 40% dos direitos econômicos do jogador.
Mateus Vital
Prestes a completar 20 anos, o meia foi vendido para o Corinthians por apenas R$ 5 milhões. A negociação aconteceu nos últimos dias da gestão de Eurico Miranda, em janeiro de 2018. O clube continua com 15 dos direitos econômicos do jogador.
Madson
Apesar de nunca ter sido uma unanimidade, o lateral-direito terminou a temporada de 2017 como titular da posição. Em janeiro de 2018, assim como Mateus Vital, foi vendido por Eurico Miranda ao Grêmio, que pagou R$ 2 milhões. No Balanço de 2019, consta que o Vasco manteve 40% dos direitos econômicos do jogador.
Anderson Martins
A segunda passagem do zagueiro, campeão da Copa do Brasil de 2011, durou pouco mais de cinco meses. Sem receber salários, o jogador abriu mão dos vencimentos atrasados e rescindiu com o clube para fechar com o São Paulo, em janeiro de 2018
Nene
Insatisfeito com salários atrasados, o meia foi mais um a deixar o Vasco em janeiro de 2018, tendo o São Paulo como destino. O clube devia ao jogador cerca de R$ 1,5 milhão. Pelo acordo, os paulistas perdoaram uma dívida por conta das negociações de Wellington e Breno.
Wellington
Sem clima com a torcida por conta de uma foto polêmica postada nas redes sociais, o volante foi cedido gratuitamente ao Athlético-PR, em julho de 2018. No Furacão se tornou capitão e conquistou a Copa Sul-Americana e a Copa do Brasil.
Thiago Galhardo
Afastado pela diretoria, o meia conseguiu rescindir com o Vasco em abril do ano passado, devido aos salários atrasados. Em seguida, fechou com o Ceará. No início do ano, conseguiu um acordo de R$ 1 milhão com o Vasco, que está sendo pago via Ato Trabalhista.