Sem conversa para a justiça americana. O tribunal de apelação de Nova York, nos Estados Unidos, rejeitou nesta segunda-feira os recursos apresentados pelo ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e do ex-presidente da Conmebol, Juan Angel Napout, e confirmou as penas de prisão dadas no caso conhecido como ‘Fifagate’. Apesar disso, os dois ainda podem recorrer à Suprema Corte dos EUA.
A decisão da juíza Chen diminuiu em oito meses a condenação de Marin, que havia sido sentenciado a quatro anos de prisão, por seis acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude bancária.
Marin havia tido a liberdade concedida em final de março pela juíza federal de Nova York Pamela Chen por motivos humanitários, devido à pandemia de coronavírus e a idade avançada do réu, de 88 anos.
No caso de Napout, de 62 anos, e que também foi presidente da Associação Paraguaia de Futebol (APF), recebeu nove anos de detenção como pena em 2018, e continuará preso. Ele não teve aceito o pedido para aguardar o julgamento do recurso em prisão domiciliar.
O PROCESSO…
O processo, conhecido como Fifagate e que levou à queda do presidente da entidade, Joseph Blatter, revelou um esquema de subornos milionários pagos por empresas de marketing esportivo a dirigentes em troca dos direitos de transmissão e de promoção dos torneios continentais, entre eles a Copa América e a Copa Libertadores.
Ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero também foram denunciados pela justiça americana pelo recebimento de propina. Mas, como o Brasil, por lei, não extradita seus cidadãos, seguem livres.