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Presidente do Cruzeiro destaca venda de jogadores como fundamental para arrecadação de dinheiro

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

A pandemia do novo coronavírus afetou diversos setores da sociedade e o futebol não ficou de fora. Financeiramente, os clubes sofreram bastante com a queda das receitas, em virtude, principalmente, da falta do público nos estádios. Aliado a situação pandêmica, o Cruzeiro já enfrentava uma série crise financeira em virtude do mau momento dentro e fora de campo que vem se alastrando desde o meio de 2019.

O clube mineiro sofre de salários atrasados à equipe profissional masculina – ao todo já são duas folhas e meia em falta: parte de outubro, novembro e dezembro. Aliado a isso, disputas judiciais com ex-jogadores estão em curso no momento o que pode complicar, ainda mais, o panorama da instituição.

Para sair dessa situação incômoda, a Raposa aposta na venda de jogadores para fortalecer o fluxo de caixa. Em entrevista à Globo, o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, destacou a importância de realizar essas transações nesse momento de dificuldade.

— No momento do futebol em que nós temos receitas reduzidas, não tem bilheteria e muitas empresas ainda não querendo investir no futebol, é fundamental que a gente faça essas vendas. Naturalmente, o que se procura são jogadores jovens e com potencial de desenvolvimento, não só no Cruzeiro, mas acho que em qualquer clube.

Por isso, o trabalho da base se torna importante para o clube. Trabalhar com jovens promessas, desenvolvê-los e coloca-los na vitrine para ter bom potencial de revenda é uma estratégia que está nos planos do Cruzeiro.

— A gente viu recentemente o Flamengo e o Grêmio vendendo jogadores jovens. Para nós, vai ser fundamental fazer essas vendas de forma que não prejudique tecnicamente e também nos ajude financeiramente.

Com isso, desde o início da temporada, o time celeste já realizou três vendas importantes que ajudaram nesse momento conturbado. O zagueiro Cacá, vendido ao futebol japonês, Jadsom Silva para o Red Bull Bragantino e Orejuela para o São Paulo são alguns desses exemplos.

Das três transferências, duas delas são de jogadores oriundos das categorias de base do Cruzeiro (Cacá e Jadsom Silva).

Essas negociações renderam mais de R$ 20 milhões à Raposa, que ainda tem valores a receber nessas transações. Elas foram essenciais para o pagamento de dívidas com a Fifa e no cumprimento de folhas salariais mais recentes.

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