No Atlético de Madrid há duas temporadas, os brasileiros Felipe e Renan Lodi se tornaram peças fundamentais no esquema tático de Diego Simeone, que comanda ninguém menos que o grande líder da LaLiga Santander 2020/2021. Enquanto o zagueiro – vendido pelo Porto em maio de 2019 – é natural de Mogi das Cruzes, um município localizado na Região Metropolitana de São Paulo; o meia veio do Athletico Paranaense em julho do mesmo ano, mas é nascido em Serrana, que faz parte da Região Metropolitana de Ribeirão Preto.
Além do local de nascimento, o início de ambos no futebol foi um pouco diferente. Se de um lado Felipe começou aos 20 anos no União Mogi, passando por Bragantino e Corinthians – onde ganhou projeção nacional e mundial com as conquistas do Campeonato Paulista, Brasileiro, da Recopa Sul-Americana e do Mundial de Clubes -, antes de vestir as cores do FC Porto em 2016; de outro, Renan Lodi ingressou nas bases do clube paranaense em 2012, aos 14 anos, e chegou ao profissional ao mesmo tempo em que o compatriota desbravava o solo europeu.
E enquanto o defensor era campeão nacional com o clube português, o meia conquistava o estadual e a Copa Sul-Americana com o Furacão. Até que o destino decidiu, enfim, cruzar os dois caminhos – que começaram pouco distantes, separados por apenas 370 km (entre Serrana e Mogi das Cruzes), depois ampliaram isso para mais de 8.500 km (entre Paraná e Porto), e em 2019 se juntaram para fazer história com o lado Colchonero de Madrid.
Presentes em grande parte da temporada passada no Atlético de Madrid (Felipe com 36 jogos e dois gols, Renan Lodi com 43 partidas, uma bola na rede e três assistências), os brasileiros bem que tentaram mas acabaram ficando sem conquistas em 2019/2020 – batendo na trave da Supercopa da Espanha, perdendo nos pênaltis para o Real Madrid; caindo precocemente na Copa do Rei, para o CD Leonesa na terceira fase; dando adeus à Liga dos Campeões nas quartas de final, agora perdendo para o RB Leipzig; e terminando a LaLiga Santander na terceira colocação.
Agora, no entanto, mesmo sem repetir sucessos anteriores em competições de mata-mata, a dupla tupiniquim está muito perto de fazer história na liga mais equilibrada de toda a Europa. Com a emoção da corrida pelo título da LaLiga Santander 2020/2021 indo até a última rodada, com o Atleti possuindo dois pontos de vantagem em relação ao Real Madrid (83 a 81), basta uma simples vitória sobre o desesperado Real Valladolid, fora de casa, para o clube acabar com seis temporadas de jejum e voltar a conquistar a principal competição da Espanha.
E mais, fazendo isso com o segundo melhor ataque da competição (65 gols) e a melhor defesa (24 gols). Sendo, também, o time que mais venceu (25 triunfos) e o que menos perdeu (quatro derrotas). Vendo Renan Lodi contribuir com um gol e duas assistências ao longo de 22 partidas, enquanto Felipe esteve presente em 30 – incluindo a dramática vitória Colchonera sobre o CA Osasuna, por 2-1, no último domingo, que viu a dupla brilhar nos dois extremos do campo. Com o zagueiro conseguindo ter sucesso em quase todas as chances que teve de parar o ataque adversário (exceto no gol de Ante Budimir) e o meia recolocando o Atleti no duelo, com o gol de empate aos 38 minutos da etapa final.
Agora, o Atlético depende apenas de si para ser campeão da LaLiga pela 11ª vez na história. Para isso, precisa vencer o Real Valladolid no Mendizorroza, em duelo que está marcado para o próximo sábado (22), às 13h (de Brasília). Caso não vença, precisará torcer contra o arquirrival Real Madrid, que recebe o Villarreal no Alfredo di Stefano, no mesmo dia e hora. Vale lembrar que o Submarino Amarelo ainda luta por uma vaga direta na Liga Europa da próxima temporada – ao mesmo tempo em que se prepara para encarar o Manchester United na grande final do torneio da UEFA deste ano.
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