O trabalho ainda é curto, mas objetivos já foram traçados. Em entrevista coletiva exibida na Vasco TV na noite desta quinta-feira, Júnior Lopes e Thiago Kosloski, auxiliares técnicos de Ramon Menezes no Vasco avaliaram o começo de trabalho no clube e falaram projetaram o futuro na temporada. E a próxima competição é o Campeonato Brasileiro, que começa em 9 de agosto. Perguntados sobre a meta do clube na competição, Lopes falou que a tradição do clube exige que o time mire o título.
– Quando começa o Campeonato Brasileiro, todas as grandes equipes buscam o título sem dúvida. O Vasco é grande, vamos colocar no G-12, com os quatro de São Paulo, os quatro do Rio, os dois do Rio Grande do Sul e um de Minas não está na Série A, que é o Cruzeiro. Essas equipes sempre quando entram na competição, elas entrando buscando o título, e o Vasco não vai fugir disso. Pelo menos no início da competição, nosso pensamento é chegar o possível lá na frente. Vamos vendo como a competição desenrola, mas a nossa ideia é jogo a jogo, ir vencendo – disse Lopes, antes de completar:
– Quem sabe a gente estreia no Palestra Itália (Allianz Parque), vem de uma vitória. Aí vem no segundo jogo contra o Sport e consegue uma segunda vitória. Aí faz seis pontos, motiva e entra forte na competição. É uma competição muito longa, desgastante, e você vê aonde pode chegar ao longo dela. Mas lógico que num primeiro momento, o Vasco busca o título, sim.
Kosloski foi um pouco mais cauteloso e ressaltou que existem equipes que estão na frente do Vasco, mas também falou em pensar “jogo a jogo”
– Não pode pensar diferente. Uma equipe da grandeza do Vasco tem que sempre brigar nas primeiras posições. Claro que sabemos que há equipes na nossa frente, tanto em relação a um trabalho mais longo e quanto ao investimento. Temos que correr atrás para diminuir essa diferença. É jogo a jogo. Aí durante o campeonato vamos ter a noção se vamos brigar pelo título, por Libertadores ou por Sul-Americana.
Análise do começo de trabalho
Foram apenas dois jogos até o momento com a atual comissão técnica. Mas as duas vitórias sobre Macaé e Madureira deixaram uma boa impressão, e não só para a torcida. E Kosloski avaliou os pontos positivos desse começo de trabalho:
– Acho que o principal ponto foi a aceitação das ideias e a mudança do comportamento. Isso é muito difícil, e era um desafio muito grande para a nossa comissão. Hoje, depois desses dois primeiros jogos e cerca de 20 dias de trabalho, agora temos de fazer alguns ajustes em termos de variação e de posicionamento, porque são os pequenos detalhes que fazem diferença. E inserindo comportamento que a gente quer. Os atletas vêm comprando a ideia e executando de uma maneira que nos deixa bastante feliz. E com certeza bastante esperançosos e empolgados de que as coisas vão acontecer da maneira que a gente quer. Temos que achar o equilíbrio entre defesa e ataque, que é a nossa principal meta para esse início de competição.
Pausa até o Brasileiro
Entre o último jogo contra o Madureira e a estreia no Brasileiro, o Vasco vai ter uma pausa de mais de um mês sem jogos oficiais. Mas a comissão técnica não vê esse período sem jogos de forma negativa. Para os auxiliares, este tempo pode ser importante para Ramon Menezes.
– Não vejo de forma negativa, fizemos dois bons jogos e jogos que serviram para diversos tipo de avaliações, sejam individuais, coletivas, táticas ou técnicas. Acredito que a gente possa aproveitar essa nova parada de 30 dias para o grupo evoluir. Ramon conhecia melhor os atletas, está há um ano e meio aqui. Eu e Thiago estamos no dia a dia há um mês. Acho que até mesmo para o Ramon essa parada foi benéfica. Pudemos ver algumas adaptações que Ramon fez para ver se serve ou não. Esses dois jogos serviram como parâmetro muito interessante – afirmou Lopes.
– A gente queria ter passado para a semifinal, mas vejo essa nova parada como muito positiva. A gente pôde analisar nossa equipe nesses dois jogos, chegou-se algumas conclusões sobre necessidade de melhora. Precisamos ter jogos-treinos, mas, por conta da pandemia, precisamos ser cuidadosos. Deixamos isso a cargo da diretoria. Também acho que essa parada vai ser muito benéfica principalmente para o Ramon colocar alguns conceitos que estão em fase inicial. Com certeza isso vai refletir nos jogos subsequentes que temos no Brasileiro – concordou Kosloski.
Estudos e análises
Perguntados sobre o estilo de jogo que inspira o trabalho da comissão técnico e quais times eles gostam de acompanhar e analisar no futebol internacional e brasileiro, Lopes citou quatros clubes estrangeiros.
– A gente procura estudar, isso é motivo de conversa na comissão técnica e com o Lucas, que é analista de desempenho. A gente tem estudado. Tem o RB Leipzig, Manchester City, Bayern, Liverpool… Várias equipes. mas a gente não se caracteriza por elas. A gente procura estudar e pegar uma situação, uma parte do modelo do jogo… Procuramos olhar várias equipes, as brasileiras também. O jogo de ontem (Fla-Flu pela final da Taça Rio) foi importante para ser visto. Vão começar os estaduais novamente, vamos estudar. Temos essa preocupação sim, tanto em âmbito nacional como internacional – finalizou Lopes.