Em Budapeste, na Hungria, a seleção de Portugal fez a sua estreia na Euro 2020, diante dos donos da casa. No entanto, a seleção enfrentou muita dificuldade para conseguir um bom resultado e só no segundo tempo o placar foi movimentado. Com gols de Raphael Guerreiro e dois de Cristiano Ronaldo, os portugueses venceram por 3 a 0 e estrearam com o pé direito na competição.
Os atuais campeões da competição, integram um grupo muito duro, junto de Alemanha e França e portanto, sabiam da importância de conquistar um resultado positivo diante da Hungria. Ainda assim, Fernando Santos optou por escalar uma equipe, que – a primeira vista – pareceu bastante conservadora. O jogo se desenrolou com um primeiro tempo de bom futebol de Portugal, um trabalho defensivo de bom nível da Hungria e chances perdidas por Cristiano Ronaldo e Jota.
Já na segunda etapa, os húngaros melhoraram, encontraram meios para encaixar seu jogo direto e Portugal teve maiores dificuldades. Quando o jogo se encaminhava já para o momento final, Raphael Guerreiro encontrou o primeiro gol e nos minutos seguintes, o time luso construiu sua vitória por 3 a 0. Entenda como foi o desenrolar da partida:
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PRIMEIRO TEMPO
O primeiro tempo da partida teve um cenário muito claro: Portugal com o controle da posse de bola, com boa movimentação de suas peças ofensivas e falhando na hora de definir em gol. Diante de uma Hungria com boa postura defensiva e um encaixe seguro na marcação no ultimo terço, mas que sem encontrar saídas para segurar a bola em campo ofensivo, acabava sufocada em campo.
Fernando Santos escalou sua seleção no 4-4-2, com uma ideia muito clara de jogo. Segurava William Carvalho e Danilo Pereira – sua dupla de volantes – próximos a dupla de zaga, oferecendo liberdade para os laterais abrirem o campo e trabalhando com muita liberdade de movimentos para o quarteto ofensivo formado por Diogo Jota, Bruno Fernandes, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo. Dessa maneira, ainda que Jota e Ronaldo fossem as peças mais avançadas na maior parte do tempo, os jogadores variavam a zona de ocupação do campo, confundindo os defensores.
Além disso, cada vez que os donos da casa recuperavam a bola, era clara a dificuldade para se conectar em campo e até mesmo a ligação direta com Szalai, que costuma ser eficiente, não estava funcionando e dessa maneira, o pós-perda de Portugal era bastante efetivo.
Diogo Jota perdeu uma chance clara logo aos 5 minutos e Cristiano Ronaldo teve boa oportunidade após lançamento de Pepe aos 15. Depois, já na parte final do primeiro tempo, Bruno Fernandes achou passe magistral para Ronaldo, que na pequena área desperdiçou a chance de gol e Jota ainda perdeu outra boa oportunidade antes do apito do árbitro.
SEGUNDO TEMPO
Portugal não fez uma partida encantadora na primeira etapa, mas o controle foi evidente e o placar não foi alterado, apenas pela falta de precisão nas finalizações. Contudo, a segunda etapa acabou tendo um rumo bastante diferente. Marco Rossi, treinador da Hungria, decidiu modificar o jeito que sua equipe estava se portando em campo. Subindo as linhas de marcação, posicionando um homem a mais para as transições e aproximando Sallai do Szalai, formando uma dupla de atacantes de fato. Deu certo, o jogo de Portugal perdeu o bom encaixe do primeiro tempo, os húngaros passaram a incomodar e a partida ganhou outro rumo.
Rui Patrício fez duas boas defesas, Schon teve um gol anulado e depois de 30 minutos da etapa complementar, embora o ímpeto da Hungria tenha diminuído, Portugal não incomodava a meta dos donos da casa. Fernando Santos fez mudanças na equipe, levando a campo Rafa Silva, Andre Silva e Renato Sanches, contudo a produção dos portugueses não subiu como o esperado, mas bastou uma boa jogada para o rumo da partida se alterar. Bruno Fernandes recebeu em zona central, girou, levantou a cabeça e encontrou Rafa Silva na área. O ponta do Benfica cruzou e a bola sobrou na medida para Raphael Guerreiro finalizar em gol. A bola ainda desviou na zaga da Hungria antes de morrer no fundo da rede da baliza defendida por Gulácsi.
Depois do gol, Portugal cresceu na partida e os mandantes sentiram o gol. Pouco tempo depois, o arbitro assinalou pênalti para os lusos, que Ronaldo cobrou com perfeição e marcou. Já no ultimo lance da partida, o atacante de Juventus, ainda teve tempo de tabelar com Rafa Silva, antes de marcar um bonito gol. Com os dois tentos contra a Hungria, Cristiano Ronaldo chegou a marca de 11 gols em fase final de Eurocopa, ultrapassando Platini (9) e se transformando no maior artilheiro da história da competição.
HUNGRIA 0-3 PORTUGAL (Guerreiro 84´, Ronaldo 87´ e Ronaldo 92´)
Hungria (3-5-2): Gulacsi; Botka, Orban e Attila Szalai; Lovrencsics, Kleinheisler, Nagy, Schafer e Fiola; Sallai e Adam Szalai.
Portugal (4-4-2): Patrício; Semedo, Pepe, Dias e Guerreiro; Bruno Fernandes, William Carvalho, Danilo e Bernardo Silva; Jota e Ronaldo.