O atacante do Cruzeiro, Marcelo Moreno, ídolo do clube e conhecido como “Flecheiro Azul” negou um contrato milionário para vir até Minas Gerais vestir a camisa da Raposa em um dos momentos mais difíceis do time mineiro, logo após o primeiro rebaixamento da história cruzeirense. Segundo ele, o que superou os valores altos foram o carinho e o amor ao Cruzeiro.
— Deixei um contrato de dois anos, milionário, para poder ajudar o Cruzeiro no pior momento. Tinha dois anos ainda de contrato na China, não precisava sair de lá no maior conforto, ídolo, cinco anos de China. É a camisa, é o Cruzeiro, tenho uma história aqui. Isso que me fez voltar: o carinho do torcedor, a identificação com o clube. Não podia dar as costas e largar o clube no pior momento —, disse Marcelo Moreno em entrevista ao quadro “Eu e o Benja”, do Arena SBT.
Além disso, o atacante boliviano destacou a dificuldade que é disputar a Série B do Campeonato Brasileiro. Para Marcelo Moreno, inclusive, a segunda divisão nacional é mais difícil que a elite.
— Ano passado foi muito difícil. A gente não sabia jogar uma Série B. Teve muita gente que achou que a gente ia subir normal, sem jogar. Acho a Série B mais difícil que a Série A —, afirmou o atacante celeste na entrevista que foi ao ar na noite dessa segunda-feira (12).
SALÁRIOS ATRASADOS…
Que a situação financeira do Cruzeiro não está nada bem não é segredo. Não à toa, o clube está com salários atrasados. E, em outra entrevista de Marcelo Moreno, também concedida nessa segunda-feira (12), dessa vez à ESPN, o jogador revelou que os atletas do clube têm ajudado os demais funcionários.
— Tem gente que precisa mais do que eu no clube e que está passando por necessidade. Todos os jogadores que podem estão ajudando. Até a diretoria (ajuda). É um momento de aprendizado para todo mundo. Eu confio que o Cruzeiro vai sair desta situação.
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Segundo Marcelo Moreno, “qualquer trabalhador, qualquer funcionário fica chateado quando não recebe”. Apesar disse, o atacante declarou que os jogadores precisam se dedicar e trabalhar para que o time se recupere na Série B.
— É uma gestão importante para poder quitar os salários de todo mundo. Dá uma confiança maior para o que está vindo, o restante da Série B. Todo mundo precisa trabalhar com um sorriso no rosto. Vai ser interessante se a diretoria puder ajudar todo mundo para que todos possam trabalhar melhor.
Marcelo Moreno se tornou, no último confronto da Raposa diante do Botafogo, no empate em 3 a 3, após marcar dois gols, o maior artilheiro estrangeiro do Cruzeiro, com 51 gols, superando o atacante Arrascaeta, hoje no Flamengo, que tem 50 gols marcados com a camisa cruzeirense.
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