O diretor de Relações Institucionais do Flamengo, Aleksander Santos foi alvo de busca e apreensão na “Operação Laissez Faire, Laissez Passer”, do Ministério Público Federal (MPF). A investigação, que foi deflagrada nesta quinta-feira, apura sobre pagamentos ilícitos da Galvão Engenharia junto com o José Carlos Cosenza, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e o então deputado federal José Otávio Germano, do Partido Progressista (PP-RS).
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De acordo com nota da Polícia Federal, os policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, expedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, dentro das investigações que apuram crimes contra a Petrobrás.
Em depoimento ao MPF, Erton Medeiros, executivo da construtora Galvão Engenharia narrou que, “no período entre dezembro de 2011 e março de 2014, José Carlos Cosenza recebeu vantagens indevidas da Galvão Engenharia em razão de seu cargo de Diretor de Abastecimento da Petrobras”. Ainda de acordo com Medeiros, Consenza só teria sido alçado ao cargo de diretor por influência política exercida por José Otávio Germano, à época deputado federal pelo PP-RS.
Segundo o Ministério Público Federal, Santos que na época não exercia nenhum cargo no Flamengo, teria operacionalizado os pagamentos “através de contratos de prestação de serviços fictícios firmados entre a Galvão Engenharia” e uma empresa em seu nome (Aleksander Silvino dos Santos EPP), para intermediar assuntos entre a empreiteira e a Petrobras especialmente sobre à Refinaria de Paulínia, na cidade de Paulínia/SP.
Segundo documentos que a reportagem do Esporte News Mundo teve acesso, a investigação aponta que Aleksander recebeu no primeiro momento um repasse de R$50 mil. Depois, R$411.242,55 de forma parcelada para a empresa de Aleksander.
No documento de 23 páginas, o MPF comprova que Aleksander possui diversos registros de entradas nas dependências da Petrobras, entre os anos de 2010 e 2015 – que abrangem as gestões de Paulo Roberto Costa e José Carlos Cosenza, na Diretoria de Abastecimento da empresa, e com vista para ambos.
Ainda os autos do processo “o repasse da Galvão Engenharia à empresa Aleksander Silvino dos Santos ocorreu mediante a celebração de contratos de prestação de serviços fictícios, que, consequentemente, geraram a emissão de notas fiscais falsas por parte de Santos como mecanismo de dar aparência de licitude aos valores recebidos”, e que “as condutas configuram a prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro”.
A reportagem procurou Aleksander dos Santos e até a publicação desta não obteve resposta.