Se tem um time que sabe jogar competições eliminatórias na América do Sul nos últimos dois anos, é o Palmeiras. E nesta quarta-feira, o Verdão garantiu mais uma taça para galeria ao vencer por 2 a 0 o Athletico, no Allianz Parque, e garantir o título inédito da Recopa Sul-Americana. Após perder a competição em 2021 para o Defensa y Justicia, o Palestra finalmente pode adicionar essa conquista a sua sala de troféus.
Veio dos pés de Zé Rafael, em lindíssima cobrança de falta, o primeiro passo para o título do Palmeiras, em um jogo onde o Verdão dominou praticamente do inicio ao fim. Após o empate por 2 a 2 na primeira partida no Paraná, o Alviverde precisava de uma vitória simples em São Paulo para ficar com a taça. E o Palestra mostrou desde o primeiro minuto que queria garantir a conquista inédita da Recopa. Já perto do fim, Danilo deus números finais a partida e selou a comemoração no Allianz Parque.
O Athletico bem que tentou em alguns momentos reagir e mostrar algum tipo de resistência, mas foi bem pouco diante do ímpeto e da fome demonstrada pelo Palmeiras. No fim, ficou com a taça o time que mais mostrou qualidade para garantir a conquista da Recopa Sul-Americana.
Com o quarto título em menos de dois anos, o Palmeiras agora volta sua energia para ir em busca da conquista do Campeonato Paulista. No domingo, o Alviverde recebe o Guarani, no Allianz Parque, às 16h. Já o Athletico direciona seu foco para o Paranaense, onde tem pela frente o Cascavel, também no domingo, às 16h.
O JOGO
Após o empate por 2 a 2 no Paraná, Palmeiras e Athletico foram a campo nesta quarta-feira sabendo que uma vitória simples bastava para levar a taça da Recopa para casa. E por falar em casa, o Alviverde tinha a vantagem de decidir o título em seu território. E desde o primeiro minuto, foi isso que o Palestra fez. Com uma formação mais ofensiva, a equipe de Abel Ferreira partiu para cima e tentou pressionar os paranaenses para tentar logo abrir o placar. Já o time da Arena da Baixada manteve sua estratégia de se defender e tentar achar um espaço nos contra-ataques.
E o que se viu durante toda a primeira etapa foi justamente isso. O Palmeiras pressionando, criando chances, mas desperdiçando o espaço e as oportunidades que o Athletico permitia. Dudu, Gabriel Veron e Raphael Veiga tiveram cada um, pelo menos um lance em que poderiam ter aberto o placar, mas falharam na hora de finalizar a jogada.
Até certo ponto inerte, o Athletico ocupava bem os espaços mas não mostrava intensidade para tirar o espaço dos atacantes do Palmeiras. Mas é bem verdade que nem o sistema ofensivo Alviverde soube aproveitar essa defesa mais passiva dos paranaenses. Porém, aos 39′, o Furacão teve sua chance de ouro. Após cruzamento rasteiro, Pablo tinha espaço para finalizar, mas furou feio. A bola ainda sobrou a feição para Léo Cittadini, mas o meia também foi muito mal e isolou.
Já perto do fim, o Palmeiras voltou a ter mais uma chance de abrir o placar no Allianz Parque, mas Rony seguiu o padrão dos atacantes paulistas e mandou para fora mais uma oportunidade de colocar o Verdão em vantagem em São Paulo. Primeira etapa encerrada e a estatística que melhor resume é que nenhuma finalização encontrou o rumo do gol de nenhum dos goleiros.
O cenário do segundo tempo foi muito parecido com o que se viu na primeira etapa, com o Palmeiras pressionando e o Athletico ainda tentando encontrar o seu propósito em campo. E logo, o Alviverde mostrou qual era o seu objetivo. Aos 4′, Zé Rafael teve finalização de rara felicidade e acertou belíssima cobrança de falta no ângulo de Santos, que ainda tocou a bola, mas não evitou o primeiro gol dos paulistas.
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O gol não alertou os jogadores do Athletico, muito pelo contrário, os deixou atordoados e o Palmeiras, principalmente com Zé Rafael, seguiu pressionando e muito em busca de aumentar a vantagem em São Paulo. Rony, de bicicleta, e Wesley, tiveram a chance de balançar a rede, mas desperdiçaram. Ainda apático, a equipe paranaense chegava, mas só finalizando de longe.
Com algumas mudanças no Athletico, principalmente com a entrada de Marlos, o time começou a mostrar mais criatividade e passou a tentar assustar mais em busca do empate, mas ainda esbarrava na limitação e na falta de inspiração dos atacantes paranaenses. Mais comedido e esperando uma chance, o Palmeiras parecia mais próximo de ampliar do que sofrer o empate.
E o que parecia provável, se tornou verdade. Aos 42, Abner Vinícius falhou feio ao recuar para Pedro Henrique e permitir que Atuesta roubasse a bola e servisse para Danilo, totalmente livre, bateu colocado e sacramentou o título inédito do Palmeiras na Recopa Sul-Americana. Mas antes do fim do jogo, ainda deu tempo de Abel Ferreira, arrumar confusão com o banco do Athlético e acabar sendo expulso.
Ficha Técnica
PALMEIRAS 2 x 0 ATHLETICO
Local: Allianz Parque (SP)
Horário: 21h30
Árbitro: Jesús Valenzuela (VEN)
Gols: Zé Rafael (PAL – 2ºT/4′), Danilo (PAL – 2ºT/42′)
Cartões Amarelo: Abel Ferreira (PAL)
Cartões Vermelho: –
PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Goméz, Murilo e Piquerez; Danilo, Zé Rafael (Jaílson) e Raphael Veiga (Mayke); Dudu (Atuesta), Rony e Gabriel Veron (Wesley). Téc: Abel Ferreira
ATHLETICO: Santos; Khellven (Christian), Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner Vinícius; Hugo Moura (Rômulo), Erick, Matheus Fernandes (Julimar) e Léo Cittadini (John Mercado); Terans (Marlos) e Pablo. Téc: Alberto Valentim
