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Opinião: Internacional precisa de uma reformulação urgente

Marcelo Hernandez/Getty Images

No último sábado (19), o Internacional sofreu uma vexatória e desastrosa goleada por 3 a 0 para o Grêmio em pleno Beira-Rio. O resultado praticamente elimina o Colorado do Campeonato Gaúcho, que só avançaria através de um verdadeiro milagre. Por conta disso, saiu de campo vaiado e sobre fortes protestos da torcida.

O protesto, inclusive, não é somente pelo resultado no clássico, mas pelos resultados (não tão) recentes do Internacional. Se esse ano já caiu na Copa do Brasil para o desconhecido Globo, do Rio Grande do Norte, em anos anteriores igualmente não consegue ter sucesso. Os 11 anos sem títulos de expressão, sendo cinco sem nem mesmo um estadual, minam o trabalho do elenco.

Jogadores como Victor Cuesta, Rodrigo Dourado e Edenilson, que atuam no Internacional desde a Série B, são os principais alvos da torcida, e com razão. Nas decisões, se escondem do jogo e se agarram na influência sobre o elenco para seguirem entre os titulares. Neste Gre-Nal, por exemplo, o argentino falhou no segundo gol gremista. Ano passado, o meio-campista perdeu pênalti decisivo na Libertadores.

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Os três, obviamente, possuem qualidade – afinal todos já tiveram chances nas seleções – mas não possuem mais clima para permanência. Sua influência no elenco já virou um problema inclusive para treinadores que ousem em os colocar no banco ou fora da posição em que se sintam confortáveis. É preciso os colocar em negócios de ocasião, de empréstimo ou venda, para renovar o vestiário do Internacional.

A comissão técnica do Internacional, todavia, não pode sair ilesa. Um 3 a 0 em Gre-Nal, dentro do Beira-Rio, precisa ser respondido com força pela diretoria e, a forma para fazer isso, é afastando o treinador. Por mais que a aposta tenha sido válida, Alexander Medina não conseguiu adaptar o elenco a seu esquema de jogo e tem um aproveitamento inferior a 45%, isso disputando apenas um Campeonato Gaúcho e um duelo contra um time da quarta divisão pela Copa do Brasil.

Por fim, a mudança precisa ocorrer, também, na direção. Paulo Bracks, diretor executivo de Futebol, já saiu e Emílio Papaléo, Vice-Presidente de Futebol do Internacional, também não possui mais clima para permanência. Ambos contrataram Medina sabendo da necessidade de reformular o elenco e buscar pontas, o que só aconteceu há uma semana, após a eliminação na Copa do Brasil e sem tempo para inscrição no Campeonato Gaúcho.

O futebol apresentado pelo Internacional até aqui é assustador e, caso a reformulação não ocorra, é alto o risco de rebaixamento. O time não consegue ter criatividade na frente e a defesa deixa muitos espaços. Além disso, os jogadores que outrora decidiam aparentam estar descompromissados, e isso é um grande risco, como uma “erva daninha” que pode se espalhar pelo elenco.

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