Na noite deste domingo (10), o Botafogo perdeu para o Cuiabá fora de casa, e segue sem conseguir embalar, de vez, no Campeonato Brasileiro. A equipe pouco incomodou na frente, e falhas do goleiro Gatito acabaram sendo determinantes para o resultado negativo. Assim, o técnico Luís Castro tentou encontrar palavras para explicar o que houve durante a entrevista coletiva.
O português justificou a permanência do mesmo esquema citando a falta de opções, principalmente no setor ofensivo, já que ele só tinha Rikelmi e garotos do sub-23 a disposição no ataque.
– Erison estava disponível para jogo, 100%, sem qualquer incapacidade. Fizemos três zagueiros e projeção dos alas, além de Lucas Fernandes e Piazon fazendo o movimento. Para a frente, temos Jeffinho e Daniel Cruz, eles têm qualidade, mas não estão prontos para a Série A ainda. Temos que ter muito cuidado, não podemos causar impacto negativo neles e prejudicar muito mais a eles e à equipe. Neste momento, o mais importante é percebermos quem temos para jogar e montar alguma coisa que nos leve a ter sucesso no jogo. Vínhamos tendo sucesso nos últimos jogos no campeonato, com esse sistema de três (zagueiros), poderemos continuar a vir a ter. Mesmo se quiséssemos alterar hoje, não temos muito a alterar.
O treinador afirmou que o Botafogo chegou a criar situações para buscar o empate na etapa final, mas o time desmoronou, de vez, com as expulsões.
– Antes das expulsões, tivemos situações para empatar, tivemos o domínio, não forte. Não chegamos com frequência no primeiro tempo, no segundo instalamos o jogo no meio adversário, saímos do esquema de 3 zagueiros para o 4-3-3, com Piazon no meio e Jeffinho e Chay nos corredores, por não termos alas. A equipe depois tentou com dez, com nove, mas ficou praticamente impossível após o Cuiabá fazer o 2 a 0.
Luís Castro voltou a citar o número de desfalques, mas assumiu a responsabilidade de resolver os problemas e disse que conta com todos os jogadores.
– A verdade é que estamos debilitados, não estamos na nossa máxima força. Vamos ter que alterar um conjunto de coisas. E é natural que isso provoque desconfiança, continuo a perceber que temos que percorrer um caminho difícil, em momento de alguma fragilidade, mas no global vamos aguentando e sobrevivendo ao campeonato. Não estamos fazendo o campeonato que queríamos. Temos fragilidade e situações para resolver. Vamos resolver. Meu papel de treinador é resolver os problemas que os jogos e os planteis nos trazem. Vamos resolver. Contamos com todos que estão disponíveis.
O Botafogo volta a campo na próxima quinta-feira (14), às 21h, contra o América-MG. O confronto, válido pela partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, será disputado no estádio Nilton Santos.
