A FIFA divulgou um relatório nesta quarta-feira (16) afirmando que a entidade poderá chegar à perda de R$70 bilhões até o final de 2020.
O maior responsável por esta perda será a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), que causou a paralisação do futebol por meses e a retomada dos jogos sem a presença das torcidas em quase todos os países do mundo.
Olli Rehn, chefe do comitê emergencial do coronavírus da FIFA, disse que o impacto financeiro negativo também deve-se às perdas de direitos dos transmissões.
Além disso, cerca de 150 confederações de futebol pelo mundo já pediram ajuda financeira de US$1.5 bilhão (cerca de R$7 bilhões na cotação atual).
— Há um enorme número de times e confederações afetadas, incluindo diversas academias de jovens jogadores. Isso certamente também trará impactos no próximo ano. O impacto do futebol fora da Europa será ainda maior, em particular na América do Sul —
Está sendo desenvolvido um fundo para permitir que confederações e federações internacionais possam pedir empréstimos à FIFA de, no máximo, R$5,2 milhões de reais (com R$2,6 milhões ao futebol feminino).
Cabe lembrar que o histórico que envolve empréstimos na FIFA leva à um histórico marcado por corrupção e transferências obscuras em troca de favorecimentos. Porém, Olli Rehn garante que nada ilegal será feito desta vez.
— A corrupção não tem lugar no futebol. É essencial que o dinheiro seja usado para os propósitos corretos. A boa governança está no coração deste fundo emergencial para o futebol mundial e deixamos isso claro à todos —
Por fim, a FIFA afirmou que o dinheiro já está ajudando a retomada do futebol em alguns países, destacando o exemplo da Taildância, em que o financiamento permitiu os custos do VAR e dos testes do coronavírus.