Futebol Internacional

Brasileiros que desistiram da nacionalidade para entrar na seleção de Portugal

Pepe, brasileiro que defende Portugal (Foto: Divulgação/Twitter UEFAcom em Português)

A Copa do Mundo está a todo vapor com jogos realmente emocionantes. Essa Copa inclusive trouxe muito mais surpresas do que se pensava, como por exemplo as derrotas da Alemanha e da Argentina contra times que não são popularmente conhecidos por suas habilidades.

Muitas notícias sobre as pessoas que apostaram nesses times em plataformas como a 22 Bet começaram a aparecer, já que, por ir contra a maré, elas acabaram ganhando até mesmo uma pequena fortuna.

Além dessas inesperadas situações que cada dia mais parecem recorrentes, muitas pessoas estão vendo alguns rostos conhecidos no time de Portugal, ou melhor, rostos brasileiros.

Isso pode fazer pouco sentido para muitos, já que o mais claro era que os jogadores brasileiros jogariam por seu país de origem mas, apesar da estranheza no caso Brasil x Portugal, essa não é uma situação tão incomum.

O time dono da casa, por exemplo, tem uma grande parte dos seus jogadores naturalizados, ou seja, que não nasceram no Qatar. Mas, como essa questão funciona, e porque três brasileiros resolveram se naturalizar portugueses para acompanhar a seleção de Portugal?

Como funcionam as regras de nacionalidade na Copa do Mundo

Para participar da Copa do Mundo, os jogadores devem ser naturais do país que irá defender ou naturalizado. Essa regra foi feita para que não houvesse uma importação desmedida de jogadores a cada Copa do Mundo, a ideia é que os países realmente se enfrentem no campo e, a população daquele país deve estar imersa no campeonato.

As pessoas naturais são aquelas que nasceram no país, os naturalizados são aqueles que escolheram aquele país para ser seu, através de processos extensos e que pedem requisitos específicos, inclusive de tempo de moradia, razões reais e necessárias para a mudança de naturalidade, etc.

Esse tema fica mais em evidência na Copa do Mundo pois muitos jogadores mudam a sua naturalidade para poder participar do campeonato em nome de um país.

Apesar de parecer simples, esse não é um processo fácil, até porque alguns países não permitem que seu nacional faça a reversão da naturalização, por isso, muitos jogadores se negam a participar da Copa pois terão problemas futuros caso não consigam a reversão da sua naturalização.

O Qatar, por exemplo, é um país onde era de se esperar uma grande quantidade de jogadores naturalizados, pois, o país em si possui apenas 12% da população nascida ali, todo o resto é estrangeiro.

Dos 26 jogadores, 10 são naturalizados: Boualem Khoukhi, da Argélia, Ali Assadalla, do Bahrein, Ahmed Alaeldin, do Egito, Karim Boudiaf, da França, Mohammed Muntari, de Gana, Bassam Al-Rawi e Mohammed Waad, ambos do Iraque, Ró-Ró, de Portugal e Almoez Ali e Musab Kheder, ambos do Sudão.

Brasileiros que decidiram defender a seleção de Portugal

Não é muito diferente o que acontece na seleção de Portugal. Três brasileiros resolveram defender a seleção do país europeu, que os convocou por eles já serem naturalizados portugueses.

O caso mais inusitado é o de Matheus Nunes, que negou a seleção brasileira para se juntar a seleção portuguesa. O meio-campista foi reconhecido mundialmente através de Portugal, pelo Sporting e diz que sua história foi criada pelo país, então nada mais justo que representar ele.

Além de Matheus Nunes, Pepe e Otávio também estão na seleção portuguesa. Os dois jogadores são atualmente do Porto e lutam para colocar Portugal nas oitavas de finais, que começam na primeira semana de dezembro.

Apesar dos jogadores serem naturalizados e terem escolhido Portugal para defender, eles ainda sim são considerados como brasileiros diante das leis do país e não terão problemas em voltar ao Brasil ou até mesmo constituir moradia no país caso desejem.

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