John Coates, vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) e presidente do Comitê Olímpio Australiano (AOC), disse que é possível que as Olimpíadas já adiadas para julho de 2021, não ocorram mesmo com o desenvolvimento de uma vacina na data prevista. A notícia foi veiculada pelo jornal “The Austalian” nesta quinta (21/05/2020). Coates, afirmou que outubro será o mês crítico para entender se realmente Tóquio poderá receber o evento no ano que vem.
Ele citou o Brasil, que já chegou a 20 mil óbitos e mais de 310 mil casos confirmados de COVD-19, ao falar sobre o crescimento da pandemia e as preocupações que os organizadores da Olimpíadas estão enfrentando com o número de pessoas de múltiplos lugares que irão a Tóquio para as competições.
– Ontem, foram 10 mil novos casos no Brasil. Pouquíssimos países estão avançados como nós (australianos) na ação contra isso – disse Coates se referindo a Austrália, que é um dos países com o maior sucesso no controle da proliferação do coronavírus.
Coates, fez esses comentários em uma mesa redonda da “News Corp Media”, com vários executivos do esporte do seu país.
– Os Jogos só podem acontecer em 2021, não podemos adiar de novo e precisamos assumir que não haverá uma vacina e, se houver, ela pode não ser suficiente para compartilhar por todo o mundo – lamentando.
No Japão não teve conversar sobre o cancelamento
A ministra olímpica do Japão, Seiko Hashimoto, ressaltou, porém, que não houve qualquer discussão entre o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o presidente do COI, Thomas Bach, sobre o cancelar os Jogos se eles não puderem ser realizados em julho do ano que vem. O comentário foi feito em coletiva de imprensa nesta sexta-feira depois que uma reportagem da rede britânica BBC veiculou que Abe teria ligado Bach e chamado 2021 como “última opção” para as Olimpíadas.
– Não houve conversa sobre cancelamento. O chefe do COI reiterou seu forte compromisso com o sucesso dos Jogos de Tóquio – ressaltou a ministra.