A largada da sétima etapa da Globe 40 será realizada neste domingo (5) no Marco Zero de Recife (PE) rumo à caribenha Granada.
Quatro barcos estarão na linha de partida, a partir de 15h, para um percurso subindo o Atlântico.
Mais de 2.150 milhas náuticas separam os dois destinos da Volta ao Mundo.
Será a penúltima perna da Globe 40.
As duplas devem enfrentar os ventos alísios durante quase toda a prova, com média de 10 nós.
A tendência é que o primeiro veleiro Class40 cruze a linha de chegada em 10 dias, ou seja, até 14 de fevereiro.
”Será uma etapa mais rápida e importante para a Globe 40”.
”Após uma recepção especial no Brasil, vamos para a última parte da regata, que é a volta à França, local onde tudo começou”, disse Manfred Rampacher, CEO da Globe 40.
Neste sábado (4), as equipes da Globe 40 participaram de um briefing técnico na sede do Cabanga Iate Clube, que faz parte da organização da stopover brasileira.
Os representantes de Sec Haya, AHMAS, Gryphon Solo 2 e Whiskey Jack receberam todas as instruções de meteorologia, bem como as zonas de navegação permitidas.
”Esperamos que a vela brasileira coloque um barco na próxima edição, que será em 2025”.
”O país é um destino obrigatório para regatas de oceano e ter uma tripulação brasileira abrilhantará ainda mais a Globe 40”, contou Manfred Rampacher.
Brasil e a Class40
A vela brasileira já teve dois Class40 em regatas internacionais.
No ano de 2015, durante a disputa da Transat Jacques Vabre, o Zetra de Eduardo Penido, campeão olímpico em Moscou 1980, e Renato Araújo correu a prova a bordo de um 40 pés.
Na edição seguinte, José Guilherme Caldas e Leonardo Chicourel se destacaram com o Mussulo 40 Team Angola Cables numa chegada emocionante em Salvador (BA).
Representante da vela jovem brasileira, o recifense Vinicius Siqueira, que integra o quadro de velejadores do Cabanga Iate Clube, já indicou que pretende correr a prova em 2025.
”É um projeto especial e já estamos a todo vapor trabalhando para ter uma dupla 100% brasileira na Globe40”.
”Correr uma volta ao mundo e levar o nome de Pernambuco e do Brasil, além dos seus patrocinadores para vários locais do planeta, é meu objetivo para as próximas temporadas”, disse Vinicius Siqueira.
O velejador fez parte do shore team em Recife (PE) ajudando os barcos a fazer reparos necessários e organizando toda a logística das equipes na stopover brasileira.
Visitação no Recife (PE)
Os veleiros da Classe 40 ficaram disponíveis para visitação na Recife Marina durante a estadia da Globe 40 na cidade. Os pernambucanos puderam conhecer os barcos e toda tecnologia envolvida a bordo.
Os skippers literalmente foram os guias das pessoas e deram toda a atenção necessária, mesmo concentrados para mais uma aventura no mar.
O campeonato da Globe40 segue indefinido e as últimas pernas serão especiais. ”Será um final de regata intenso e temos que conseguir o título. A conta é vencer as etapas ou chegar na frente do líder do campeonato. Será emocionante”, disse Micah Davis, do AMHAS
A classificação após as seis etapas da Globe 40 aponta o Sec Hayai na liderança, com 27 pontos perdidos. Na sequência: Amhas (30 pontos), Milai (36), Gryphon Solo 2 (48) e W. Jack (63 pontos).
O veleiro japonês Milai teve um problema no percurso e não completou a travessia de Ushuaia (ARG) para o Recife (PE), e só deve voltar na perna final para a França.
Foto: Jean-Marie Liot