Nas últimas semanas o Coritiba tem estado muito ativo no mercado e disposto a gastar dinheiro para a realizar as contratações, agora a venda da SAF do Coxa aparenta estar próxima de um desfecho. O fundo de investimentos brasileiros, Treecorp, tem avaliado o clube e está nos últimos estágios de estudo para apresentar uma proposta ao Conselhos, da empresa e clube.
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Segundo as informações apuradas pelo GE, o negócio está sendo manuseado para um “fundo de private equity”, que investe em empresas de capital fechado e não estão listadas na Bolsa. Os contatos começaram no começo do ano.
Para captar o básico desse plano, esses fundos juntam dinheiro de investidores para comprar empresas. A ideia dessa modalidade é receber investimentos de diversos cotistas (pessoas) e comprar um percentual no Coritiba.
O Coxa tem negociado 90% da sua SAF para a Treecorp. O fundo, neste momento, está em fase de diligência dos ativos do Coxa para ver a compatibilidade dos valores ofertados.
Caso tudo esteja certo, a empresa passará os detalhes da quantia em uma reunião para seus conselheiros, que deve acontecer em um mês. O encontro também acontecerá no Conselho do Coritiba.
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A Treecorp conta com um famoso empresário no seu grupo de conselheiros, Roberto Justus é um acionista minoritário. Há algumas semanas a Jovem Pan News confirmou que o ex-publicitário tinha grande interesse em comprar o Coxa.
Entretanto, isso não quer dizer que Roberto Justus faria parte da gestão do Coxa, o que pode acontecer seria o contrário. A Treecorp e o Coritiba definiram quem comandará a SAF do clube e já estão na procura de nomes. O plano é que o Verdão tenha uma gestão empresarial, que seja especializada em futebol.
No futebol, o retorno ou lucro dos investidores pode vir por meio de transferências de atletas, a retirada de dividendos (divisão dos lucros entre os acionistas) ou esperar até o clube valorizar e revender no futuro.
Esse último deve ser o caminho do Coritiba. O sugerido até mesmo no “private equity” é esperar, assim como também dentro desse novo plano de SAF. O prazo, normalmente, é de sete a 10 anos.
Quem tem guiado o caminho desde o começo para o Coritiba, é a XP Investimentos, a empresa procurou investidores no mercado. O grupo de investimentos já havia intermediado a compra de Ronaldo Fenômeno, hoje dono do Cruzeiro.
Contratações
Como dito no começo do texto, o Coritiba tem dito um mercado muito agitado, ao todo foram oito contratações e algumas com um grande valor de investimento, entre elas: o zagueiro Bruno Viana (1 milhão de euros) e os atacantes Robson (R$ 2,2 milhões) e Rodrigo Pinho (500 mil euros), Kuscevic (R$ 6,2 milhões), Bruno Gomes (R$ 5 milhões).
No total, o Coritiba já gastou mais de R$ 20 milhões em contratações nesta temporada. Em comparação com a temporada passada, o Coxa investiu apenas R$ 4 milhões. Os atacantes Alef Manga e Fabrício Daniel custaram R$ 2 milhões cada.
Entretanto, mesmo estando muito forte no mercado, o Coritiba nega que a alta quantia de dinheiro gasto nas contratações tenha alguma ligação com a SAF. A diretoria alviverde previa um aumento no orçamento do futebol de R$ 70 milhões para R$ 120 milhões.
Além das compras feitas, o Coritiba acertou com o goleiro Luan Polli, o lateral-esquerdo Victor Luís, os volantes Júnior Urso e Liziero, o meia-atacante Marcelino Moreno e o atacante William Pottker. As saídas passaram de 20 jogadores.
Modernização no escudo
Outra grande mudança que está em andamento no Coritiba é a modernização do seu escudo. Mais uma vez, o projeto de mudança do escudo não tem nenhuma ligação com a SAF.
A diretoria do Coxa realizou alguns estudos para a modernização do escudo. Os contatos com a Treecorp iniciaram na virada do ano.
Os sócios do Coritiba votarão para aceitar ou rejeitar a alteração em assembleia geral. A previsão é para que aconteça no final deste mês.
Quem é a Treecorp?
Criada em 2010, a Treecorp tem três sócio-diretores e aproximadamente R$ 2 bilhões sob gestão em 11 empresas de seu portfólio. Ademicon, Zeedog, Cabana Burguer e Zul digital são algumas delas.
O Coritiba, inclusive, tem uma parceria com Ademicon: o “Consórcio Coxa” de forma digital. Ao adquirir, o torcedor do Coxa estará automaticamente contribuindo com o clube. Não existe relação de interesse antigo, já que o consórcio foi realizado em 2021.
O nome mais conhecido, contudo, é do ex-publicitário Roberto Justus, que entrou na empresa há dois anos. No final do ano passado ele disse que estava comprando um clube de futebol em entrevista ao podcast Flow e que não era o “seu time de coração”. Justus torce para o São Paulo.