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Corinthians peca na criação e regride em desempenho em comparação ao jogo contra o Bahia

Sport Recife x Corinthians
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O Corinthians foi para Recife enfrentar o Sport e saiu derrotado por 1 a 0, nesta quarta-feira (23), na Ilha do Retiro, pelo Campeonato Brasileiro. Após jogo contra o Bahia na semana passada em que houve evolução em alguns aspectos, o time comandado por Dyego Coelho regridiu em desempenho. A equipe de Jair Ventura teve muito sucesso no que se propôs a fazer e dominou o alvinegro paulista, especialmente no primeiro tempo.

Mais do que apenas o resultado, o Corinthians mais uma vez não teve bom desempenho. Durante os 90 minutos em Recife, o alvinegro não conseguiu repetir os aspectos positivos da partida anterior e falhou em corrigir problemas crônicos desse ano. Diante o Bahia, houve triangulações, transições rápidas e algumas aproximações interessantes entre os jogadores, além da forte bola parada que teve grande impacto no jogo.

Já contra o Sport, o Timão teve um primeiro tempo completamente apático. Sofreu com o domínio territorial do adversário, teve pouquíssima posse de bola e não conseguiu ter sucesso em contra-ataques. O meio-campo foi nulo e sem criação, não houve aproximação para jogadas agrupadas e o individual não apareceu. As transições foram falhas e o time não foi capaz de ser vertical de forma precisa como aconteceu em algumas situações contra o Bahia.

Portanto, os pontos positivos deixaram de existir. E os lados negativos se multiplicaram…  

Além de todos os problemas de criação, a defesa segue sendo um grande problema. Já são 17 gols tomados, o que torna o Corinthians o terceiro time mais vazado do Brasileirão, melhor apenas que Red Bull Bragantino e Bahia, ambos com 18. Nesta quarta-feira em específico, o gol do Sport saiu em cobrança de pênalti, e Cássio precisou trabalhar em diversos momentos. O Sport encontrou facilidade de jogar entre as linhas do Corinthians e achou espaços para criar jogadas em diversos momentos. O sistema defensivo como um todo também é outro quesito que regrediu.

Individualmente, o aspecto tático potencializou os jogadores em geral na semana anterior. Diante o Sport, o efeito foi contrário: Jô ficou muito isolado, Everaldo perdido, Matheus Vital não funcionou como armador e Otero não conseguiu se movimentar com qualidade como contra o time de Mano Menezes. Xavier e Roni tiveram dificuldades de desenvolver um bom jogo e sofreram para criar. Coelho tentou corrigir a improdutividade da equipe com mudanças, mas o Corinthians não se sentiu confortável no momento de propor o jogo.

O treinador interino foi claro na entrevista coletiva pós-jogo ao afirmar que o foco dos ajustes se passa pela defesa e pelo sistema de criação:

— Tem algumas situações que precisamos melhorar, é nítido, principalmente a parte de criação. A gente tem que cuidar primeiro da nossa defesa, porque a gente vem ali tendo um pouco de dificuldade, isso já melhorou, a defesa já melhorou, se não me engano o Cássio não fez nenhuma outra defesa, é um trabalho que para mudar precisa ter tempo, mas vamos procurar corrigir, porque já já tem o próximo jogo e a gente precisa vencer de qualquer maneira — ressaltou Dyego Coelho.     

Possível chegada de Cazares pode ser solução para o problema de criação?

A principal dúvida em Juan Cazares é sobre o extra-campo. Dentro das quatro linhas ele tem o que o Corinthians precisa para crescer de produção. Sua variedade de repertório, qualidade com a bola nos pés e capacidade de leitura pode agregar não só na parte de criação, mas também deve ser um acréscimo decisivo no aspecto individual da equipe.

O que vem pela frente

Coelho já comandou o Corinthians em três jogos de forma interina. São duas derrotas, para Fluminense e Sport, e a boa vitória frente ao Bahia. Seu trabalho precisa de ajustes, assim como ele mesmo admitiu em entrevista coletiva.

O Corinthians está com 12 pontos no Brasileirão e terá como próximo adversário o Atlético-GO, na quarta-feira (30), na Neo Química Arena.

LEIA TAMBÉM: Coelho diz que defesa e setor de criação são focos de ajustes no Corinthians

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