América-MG

Vágner Mancini analisa partida contra o Cruzeiro e reconhece falta de profundidade do elenco

Foto: Mourão Panda / América

O comandante do América, Vágner Mancini, concedeu entrevista coletiva, na Arena Independência, após a goleada sofrida para o Cruzeiro, por 4×0.

Mancini, começou a entrevista analisando a partida feita pela equipe americana:

“O jogo acabou e a gente vai pro vestiário, vemos os lances e a gente se pergunta: o que está acontecendo? O América tinha um sistema defensivo sólido, era uma equipe que finalizava bastante durante o jogo, com uma média de 20 a 22 finalizações por partida, e hoje foram apenas 16, sendo apenas duas bolas no gol. Hoje há um desequilíbrio na equipe que nós temos que corrigir. (…) O América do ano passado e o do começo deste ano, era uma equipe totalmente diferente, e hoje a gente sofre bastante com a perda de confiança.”

Em outro momento, o treinador foi questionado sobre a possibilidade da sua demissão, já que se encontra pressionado, após 5 derrotas nos 6 primeiros jogos do Brasileiro. Apesar da pressão, Mancini acredita no pacto que fez com a equipe para superar a má fase.

“No nosso país, existem dois tipos de treinadores: o que foram demitidos e os que vão ser. Isso faz parte da profissão, isso faz parte do jogo. A partir do momento que eu assumo uma equipe, eu sei que eu vou obedecer a um ciclo dentro dela. Sobre o pacto (para a recuperação da equipe), ele foi feito há duas rodadas atrás. Mas, às vezes, a gente lida com algo inesperado, como foi o rendimento de hoje. E aí, a gente volta a fazer pactos. Porém, de certa forma, quando se faz muitos pactos, você acaba quebrando uma relação que tem que ser firme e não pode ser quebrada. Mas eu não sinto que isso tenha acontecido, e caso aconteça, eu serei o primeiro a “pedir o boné” e ir embora.”

Perguntado sobre a montagem do elenco e uma possível falta de peças no grupo, o treinador reconheceu que há algumas falhas no grupo:

“Eu não vou dar isso como desculpa, mas acredito que até certo ponto, atrapalha sim. Acho que faltam algumas peças, e a maior dificuldade, por exemplo, foi nessa semana, em que perdemos 4 peças de velocidade no ataque. E hoje, eu tive que usar o Renato (Marques) como extremo. Mas, essa semana, eu e o Salum (presidente do América FC SAF) estávamos conversando e que talvez, houve um erro de planejamento. Disputando Copa do Brasil, a Sul-Americana com viagens longas e jogar o Brasileiro, a gente teria que fortalecer mais a equipe em alguns setores. Por exemplo, o meio-campo, com Juninho, Alê e Benítez que estão sobrecarregados.”

Após o fim da partida, Cavichioli – um dos líderes da equipe – deu respaldo ao treinador, que questionado sobre a fala do goleiro, afirmou:

“Minha relação com o elenco é maravilhosa, e quem vive dentro do América sabe disso. Nós temos uma relação franca, leal, honesta, de cobranças, mas acima de tudo, de amizade também. A gente não tem nada o que falar nesse sentido (falta de apoio do elenco em relação ao trabalho), o que tem atrapalhado nosso desempenho, é dentro de campo mesmo. E eu não me isento de culpa não, mas esse é o momento em que temos que dar as mãos e fazer a roda girar novamente.”

Por fim, perguntado sobre a possibilidade de a equipe priorizar alguma competição, Mancini foi categórico ao afirmar que a prioridade é o Brasileiro:

“Acho que hoje, o América deve priorizar o Brasileiro. Porque é do Brasileiro, que a gente se classifica para a Sul-Americana, Copa do Brasil e enfim… Eu acho muito importante e todos nós do América achamos que a chave número um, é o Brasileiro. Porque é ele que te dá renda, ele que te dá orçamento e te mantém nas outras competições. Mas diante disso (quantidade de jogos), temos que encontrar os jogadores que estão em melhores condições para fazer parte do time de quarta-feira.”

O próximo desafio do Coelho, será contra o Internacional, pela Copa do Brasil, na Arena Independência, às 21:30h.

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