Na última semana, a PFL conquistou aquela que talvez seja a maior contratação de sua história ao fechar com Francis Ngannou, ex-campeão dos pesados do UFC, num contrato considerado ‘histórico’ por muitos, desde imprensa até outros lutadores.
O acordo com a empresa concorrente, no entanto, não recebeu o aval do antigo chefe do camaronês. Na coletiva pós-UFC Vegas 73, Dana White criticou o vínculo assinado pelo lutador, afirmou ‘não ver sentido’ nos termos do contrato e sugeriu que o camaronês ‘não queria se arriscar’ a renovar e ter que enfrentar Jon Jones.
– Pelo que sei desse contrato, e não sei muito, não faz o menor sentido. Você vai pagar um cara para não lutar por um ano e já é mais de uma no que ele lutou. Ele lutou três vezes nos últimos três anos. Não é o tipo de coisa que a gente faz por aqui. E, desde o dia que a gente decidiu o liberar, a gente sabia exatamente o que aconteceria – disse White.
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– O Francis não quer se arriscar. não quer aproveitar as chances que tem. E, claro, não queria a chance de lutar com Jon Jones. E, depois do que aconteceu com o Cyril Gane, não o culpo. Acho que o resultado seria o mesmo, e acho que muitos de vocês acham e o Francis também – completou.
Ngannou e o UFC tiveram uma longa negociação , que se tornou malsucedida, para a renovação de seu contrato. O camaronês não se acertou com a organização liderada por Dana White por conta de diversas divergências financeiras, além de querer benefícios para si e outros lutadores e do seu desejo de lutar boxe.
Segundo o divulgado pela imprensa, o contrato do camaronês com a PFL terá tudo o que o lutador havia pedido ao Ultimate, como os benefícios para os lutadores, a permissão para poder lutar boxe e uma compensação salarial maior. Mas White seguiu durante a coletiva duvidando da eficácia de tal acordo.
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– Eles (a PFL) vão pagar o Francis enquanto ele quer uma luta que talvez ele não consiga? E que talvez eles não se envolvam? Não faz sentido algum. Ele poderia ter ficado aqui. O (dirigente do UFC) Hunter (Campbell) tentou de tudo com ele. O Hunter teve mais jantares com Francis Ngannou do que qualquer outro e o Francis acha que está numa posição que ele pode conseguir algo do tipo a luta do Conor (McGregor) contra o Floyd Mayweather. E essa luta eu não estava nem interessado em fazer, mas quando as pessoas certas apareceram, a luta ficou grande demais e os fãs queriam, então a gente teve que fazer – declarou o chefão do UFC.
– A estratégia de negócios dele não faz sentido. Ouvi que eles estão tentando arrumar dinheiro, uns US$ 300 milhões acho, do pessoal do Oriente Médio. Já fiz negócios com eles e eles são muito duros. Como alguém poderia dar tanto dinheiro porque, ouvi que eles querem comprar o Bellator. Me pergunto como uma empresa que gasta muito, não arrecada com ingressos vai comprar uma outra organização que também gasta muito, não vende ingresso e não tem audiência? Mas eu sei como isso termina e sei o que o Francis está fazendo. Desejo sorte para a PFL e para ele, mas a gente não faz essas coisas aqui – completou Dana White.