Nesta última terça-feira (13), foram divulgados imagem dos supostos comprovantes dos pagamentos que Alef Manga recebeu por participação no esquema de cartões investigado pela Operação Penalidade Máxima II. Nas investigações, mostram sete transferências, com o valor final de R$ 45 mil, feitas de um apostador para o atacante Alef Manga, do Coritiba.
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Os comprovantes revelam os movimentos bancários da empresa BC Sports Management, de Bruno Lopez, apontado como um dos chefes da organização, e da esposa dele, Camila Silva da Motta, também réu no processo.
- Pix recebido por Manga da empresa BC Sports Managemen, de Bruno Lopez
- Dia 13 de setembro: R$ 4.960 mil
- Dia 14 de setembro: R$ 10 mil reais
- Dia 19 de setembro: R$ 5 mil reais
- Pix recebido por Manga de Camila Silva da Motta, esposa de Bruno Lopez
- Dia 2 de setembro: R$ 5 mil – véspera da partida com o América-MG.
- Dia 12 de setembro: R$ 5 mil.
- Dia 13 de setembro: R$ 40.
- Dia 16 de setembro: R$ 15 mil.
Nesta quarta, o GE teve acesso ao depoimento de Diego Porfírio, lateral ex-Coritiba, onde ele fala que indicou o atacante alviverde para os apostadores. Porfírio também confirmou que fez parte do esquema para ajudar na investigação.
– No jogo antes do América-MG, contra o Avaí, o Vitor Yamasaki me mandou uma mensagem para fazer a questão do cartão. Eu disse que não ia fazer naquele momento. No jogo do América-MG, ele me retornou a mandar mensagem. Eu disse concordaria. Ele falou que ia me dar R$ 50 mil se tomasse um carão amarelo naquele jogo. Eu concordei – disse Porfírio, no depoimento.
– Eu o conhecia (o Vitor), joguei com ele no Taubaté, sub-17, em 2016. Eu fiz no dia três, no dia 12 ele me mandou pix. R$ 5 mil no pix. Ele me falou que o sócio ia fazer esse R$ 5 mil. Ele me deu e o restante me entregou em mãos – continuou.
– Ele perguntou se eu conhecia alguém que faria, eu falei que achava que, talvez, o Alef Manga faria. Eu cheguei nele e falei: “Alef, você faz o cartão?”. Ele disse que faz. Falei com ele e fui para o quarto. Mandei uma mensagem que o Vitor queria o contato dele. Ele falou que poderia passar, que ele ia negociar. Eu tenho até o print da conversa. Eu não insisti nada com ele, só comentei, ele disse que fazia. E eu passei o contato – revelou o lateral ao MP-GO.
“Isso, exato (levamos o cartão). Sim, conversamos, dissemos que tinha dado certo, que era só esperar”
Um dia antes do confronto contra o Vasco vazaram os prints, onde aparecia o nome do atacante Alef Manga e com isso, o Coritiba optou por afastar o atacante. Depois disso, o atleta ficou algumas semanas totalmente fora dos planos do Coxa e após prestar seu depoimento para o MP-GO, onde ele optou por ficar em silêncio, a diretoria deixou o atleta voltar a treinar no CT da Graciosa e reintegrou o atacante aos treinos com o grupo.
Dias depois da sua reintegração, Alef Manga voltou a atuar pelo Coritiba, contra o Palmeiras e até marcou um gol na derrota por 3 a 1. Na semana seguinte, voltou a defender o Coxa dentro do Couto Pereira, depois de mais de um mês sem jogar no Alto da Glória.
No meio de todo este período em que Alef Manga ficou afastado, um fato que se destacou bastante foi que o seu advogado, Jeffrey Chiquini, abandonou o caso por escusa de consciência. O Coritiba também realizou uma investigação interna e em um certo momento chegou a considerar a rescisão do contrato, porém essa decisão não foi tomada.
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Nesta última terça, um print onde mostra um possível comprovante com o nome de Alef Manga rodou a internet, porém foi comprovado nesta quarta que esta imagem é falsa.
O Coritiba está avaliando todos os novos desdobramentos do caso para decidir qual decisão tomar com o atacante, existe a possibilidade do contrato ser rescindido. Caso seja anunciado, Alef Manga deixa o Coritiba com 75 jogos disputados, 26 gols marcados e 10 assistências. Nesta temporada, o Coxa havia renovado seu contrato por mais dois anos, até 2025 e investiu R$ 2 milhões.