A Croácia assistiu de camarote um importante duelo pelas semifinais da Nations League. Espanha e Itália se enfrentaram pela segunda vaga na grande final, na cidade de Enschede, na Holanda. E com um final feliz para os espanhóis, que se classificaram pelo placar de 2 a 1.
A rivalidade em torno de duas das mais vitoriosas seleções europeias nos últimos anos, mostrou uma face conturbada do futebol apresentado. Tanto para espanhois e italianos, os problemas são parecidos: Duas escolas tradicionais buscando uma nova cara para as próximas gerações.
Roberto Mancini manteve seu esquema com três defensores e ignorou o desfalque de Bastone. O treinador italiano preferiu não fazer alterações consideráveis na equipe titular.
Por outro lado, a Espanha se movimentou para surpreender a Itália. Em alterações que, surpreendentemente, corresponderam bem aos primeiros 15 minutos de jogo.
O duelo equilibrado começou com um gol aos 3′, em que Yeremy roubou a bola do capitão Bonucci na entrada da área e acertou no contra pé de Donnaruma. 1×0 para a Fúria.
Quis o destino, que o gol espanhol acendesse o estádio e não abalasse a confiança dos italianos. Com as linhas altas e uma pressão descomunal logo nos 10 minutos seguintes a desvantagem. O zagueiro Le Normand acabou impedindo a trajetória de um chute com o braço.
Pênalti claro e convertido com precisão por Immobile, sem qualquer chance para Unai Simón. Com 15′ de jogo, o duelo entre Espanha e Itália estava completamente aberto. Duas seleções com retrospecto parecidos na Nations League.
Qualidade e Defeitos igualmente perfeitos.
31′, Itália abaixou suas linhas e deixou a movimentação espanhola tomar conta do meio-campo, os azzurri começaram a explorar os contra-ataques e chances apareciam dos dois lados.
35′, os italianos seguiram encontrando bons espaços nas costas dos defensores espanhóis. Immobile recebeu um bom passe de Frattesi, e desistiu de correr para tenta o cruzamento. No entanto, a falta de calibragem no pé forçou Barella correr por uma bola muito mais rápida que ele.
Aos 41′, a Espanha conseguiu uma boa troca de passes e deixou Morata finalizar com fraqueza para o gol de Donnaruma. A resposta italiana veio aos 43′, em um escanteio batido, e com a bola rebatida, o ítalo-brasileiro Rafael Tolói finalizou de média distância com perigo para o gol espanhol.
Pressão espanhola deu resultado
A tônica da partida continuou a seguir a mesmo do primeiro tempo, com a Espanha abafando de maneira incisiva nos primeiros 15 minutos da etapa complementar.
Aos 48′, Merino recebeu um ótimo lançamento de Asensio na pequena área e bateu de primeira. Donnarumma fez excelente defesa, e a bola sobrou para Morata, que bateu de virada, rente à trave esquerda.
Aos 52′ Donnarumma saiu mal do gol, deixou a bola viva na área, e Rodri bateu de primeira, por cima do travessão. O susto fez o time italiano entender que a partida seguiria o mesmo roteiro de duelos anteriores.
Mancini percebeu a necessidade de gás novo no ataque e alterou alguns no time italiano, colocando Cristante e Chiesa nos lugares de Immobile e Jorginho. Aos 64′, Frattesi se infiltrou entre os jogadores espanhóis e acertou um belo chute rasteiro para Unai Simón realizar um milagre no gol.
Os espanhóis responderam as trocas de Mancini com a entrada de Canales no lugar de Gavi aos 68′, o meia do Barcelona pouco apareceu na partida.
Aos 72, Di marco encontrou uma bola após uma tabela com Chiesa e cruzou procurando Di Lorenzo. O lançamento foi providencialmente interceptado por Jordi Alba.
Buscando impedir a prorrogação, as equipes passaram a modificar seus esquemas de jogo. A Espanha apostou nas entradas de Fabián Ruíz e Ansu Fati nos lugares de Yeremy e Merino. Roberto Mancini respondeu do outro lado com a troca de Frattesi por Verratti, aos 74′.
Aos 80′ Jordi Alba tabelou com Fabián Ruiz na área e cruzou rasteiro para Morata completar na pequena área, mas Acerbi desviou antes o chute do espanhol.
Aos 87′, a pressão da Espanha deu resultado. Após boa jogada da esquerda, a bola foi cruzada para trás, e Rodri chutou a média distância, após desvio na marcação, Joselu desviou com praticidade para o fundo da rede de Donnaruma.
O final de jogo ainda teve a expulsão de Zaniolo pelo lado italiano, mas sem muito desespero. Os espanhóis souberam bem administrar a pressão dos últimos minutos e cravaram sua vaga na final contra a Croácia.
Hora de rever o caminho
A eliminação da Itáiia é um balde de água fria no trabalho de Roberto Mancini à frente da Azzurra. Mas, sem pânico, o treinador segue com imenso apoio entre os torcedores e a imprensa italiana.
No entanto, é importante retirar da queda para a Espanha o aprendizado que levou a Fúria até a final da Nations League. O foco no estilo de jogo independente do contexto.
Espanha e Itália atravessam o mesmo momento, com renovação de safra de jogadores e uma procura incansável por um estilo de jogo consolidado. Até os problemas são parecidos: Juntar renovação com experiência.
Os espanhóis provaram ter mais capacidade para administrar o jogo, mas isso ainda não se converteu em conquistas. Algo que os italianos tem em vantagem, porém, o cenário muda com a queda Azzurra na Liga das Nações.
Rever o caminho será necessário para os italianos, principalmente, no objetivo para a Copa do Mundo de 2026.
Essas e outras notícias da Nations League você acompanha no Esporte News Mundo.