Mais de 400 baleias jubarte já foram registradas cruzando a raia da Semana Internacional de Vela de Ilhabela.
Por isso, a organização da SIVI e o diretor de meio ambiente do Yacht Club de Ilhabela, Julio Cardoso, enfatizam a importância de evitar colisões e apreciar o espetáculo da natureza com responsabilidade.
Durante a realização da Semana Internacional de Vela de Ilhabela, o maior evento da modalidade na América do Sul, os competidores podem se deparar com os animais.
O litoral norte de São Paulo, mais especificamente o Canal de São Sebastião, serve como ponto de passagem desses animais em seu movimento migratório em direção a Abrolhos, na Bahia.
As regata serão de 22 a 29 de julho.
Desde 2016, a Semana Internacional de Vela de Ilhabela tem sido palco de avistamentos frequentes de baleias, que se juntam aos golfinhos na área das provas.
A principal orientação da organização é que todos os velejadores estejam atentos à rota das baleias e as avistem o mais cedo possível, mantendo uma distância segura.
O objetivo é permitir que esses animais sejam apreciados em seu habitat natural, sem causar qualquer interferência em seu comportamento.
Julio Cardoso, diretor de meio ambiente, destaca a necessidade de evitar obstáculos no caminho das baleias:
“Quando encontramos baleias ou golfinhos, é fundamental reduzir a velocidade do barco para menos de 12 nós, não persegui-los nem bloquear sua passagem. Devemos nos aproximar com cautela pela lateral, mantendo uma distância máxima de 100 metros”.
Além de evitar colisões e perseguições, a conscientização sobre a presença dessas espécies marítimas também envolve a redução do despejo de esgotos e poluentes, que podem afetar negativamente a saúde da fauna marinha.
A poluição sonora no mar também é uma preocupação, já que baleias e golfinhos se comunicam por meio de sons e se orientam por eles.
A Semana Internacional de Vela de Ilhabela destaca a importância de garantir uma convivência harmoniosa entre os velejadores e a vida marinha, respeitando o ecossistema marinho e minimizando qualquer impacto prejudicial.
O avistamento desses animais durante o evento oferece uma oportunidade única de conexão com a natureza e reforça a necessidade de proteção e valorização da vida marinha que compartilha as águas do litoral norte de São Paulo.
Foto: Julio Cardoso