Apesar do presidente Sérgio Sette Câmara ter assumido o Atlético com um discurso de política de austeridade, o balanço de contas do clube de 2019 mostra que a situação financeira do time alvinegro é preocupante. O documento revela um aumento de R$ 94 milhões na dívida do time em relação a 2018, o que fez a dívida global chegar a R$ 746 milhões.
O déficit registrado foi de R$ 5.785.901. É importante ressaltar que esse déficit seria de R$ 55 milhões caso uma doação de R$ 49.086.550 não tivesse sido feita pela MRV. Porém o valor se trata de uma sociedade de propósito específico (SPE) e tem relação com a Arena MRV, futuro estádio do Atlético, ou seja, na prática esse dinheiro não vai para os cofres do clube.
Apesar dos prejuízos, também houve aumento na receita líquida do clube: de R$ 257.987.151 em 2018 para R$ 354.117.644 em 2019, um crescimento de 37% no faturamento. Os três principais fatores que permitiram essa arrecadação foram a venda/transferência de atletas, transmissão de imagem e bilheteria.
Um fator que também chamou atenção no documento é o aumento de cerca de R$ 70 milhões com gastos com o futebol (ver detalhamento abaixo). Apesar disso, desde o ano passado o Atlético não apresentou um bom desempenho nos campeonatos e chegou a “frequentar” a zona de rebaixamento do Brasileiro. Antes da pandemia essa era uma das broncas da torcida: o clube foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Union-ARG e logo em seguida também caiu na Copa do Brasil para o Afogados. No Campeonato Mineiro o time estava na terceira colocação.
Veja partes do balanço:
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