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Fortaleza iguala pior período na Série A sob o comando de Vojvoda

Fortaleza passa por pior momento com Vojvoda no comando da equipe. (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza)

Fortaleza iguala sua pior sequência no Campeonato Brasileiro, sob o comando de Juan Pabo Vojvoda, depois do empate contra o Botafogo em casa.

(Foto: Mateus Lotif/Fortaleza)

O ano de 2022 foi atípico na história do Fortaleza, muito por conta do desempenho espetacular que o clube teve na temporada anterior. Juan Pablo Vojvoda aterrissou em terras alencarinas em maio de 2021, depois de fazer um ótimo trabalho no Union La Calera, do Chile, e mesmo sem ser conhecido por boa parte da mídia e da torcida, foi recebido com otimismo no Pici. A diretoria foi elogiada por pensar fora da caixa e, bom, já que a temporada de 21 estava no início, a aposta era válida.

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O que a diretoria Tricolor não sabia, era que tinha ganhado na loteria com o treinador hermano. Em sua primeira temporada no comando do Fortaleza, Vojvoda conquistou o Campeonato Cearense de forma invicta, batendo o Ceará na final, e ainda conseguiu uma classificação pra Libertadores de 2022, depois da melhor campanha de um nordestino nos pontos corridos do Campeonato Brasileiro, terminando na quarta posição e indo diretamente pra fase de grupos da competição. Foi a primeira participação na história do clube.

Por conta do calendário cheio, com Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores, o Fortaleza sofreu no início de 2022. A primeira experiência na Libertadores deixou marcas relevantes e o time não venceu nenhum dos oito primeiros jogos do Campeonato Brasileiro. O time perdeu pra Cuiabá, Internacional, Corinthians, Botafogo, Fluminense e Ceará e empatou contra São Paulo e Juventude.

Os dois pontos nas primeiras oito rodadas não levaram o time à uma crise porque o Fortaleza acabara de bater o Sport na final do Nordestão, eliminava o Vitória na Copa do Brasil e garantia uma classificação espetacular pras oitavas de final da Libertadores em um grupo com River Plate-ARG e Colo-Colo-CHI, campeões da competição, além do Alianza Lima-PER, de muita tradição no continente.

Apesar disso, o início turbulento no Brasileirão, com quatro gols marcados e 11 sofridos, quase cobrou o seu preço no decorrer da temporada. O time acabou caindo na Libertadores nas oitavas de final pro Estudiantes-ARG, não foi páreo pro Fluminense nas quartas da Copa do Brasil e terminou o primeiro turno da Série A na lanterna. Vojvoda realinhou o time e o Fortaleza arrancou pra terminar na zona de classificação pra fase preliminar da Libertadores.

Neste ano, as lições pareciam bem assimiladas, mas o Fortaleza chega novamente a um período de oito jogos sem vitórias na Série A. O empate contra o Botafogo, nesta quinta-feira (23), igualou a pior sequência do time no comando do treinador argentino. Derrotas pra Vasco, Bahia, Atlético-MG, Flamengo, Cuiabá e Cruzeiro e os empates contra Athletico e Botafogo levaram o Tricolor a conquistar os mesmos dois pontos do início desastroso no ano passado. Foram cinco gols marcados e 14 gols sofridos.

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A diferença entre uma sequência e outra é o período mais crítico em 2023. No ano passado, o Leão se dividia entre três competições e tinha tempo hábil pra uma reação no torneio doméstico. Na temporada atual, o Fortaleza não parece ter superado o baque emocional de perder a final da Copa Sul-Americana pra LDU-EQU e uma reação só terá o poder de evitar o rebaixamento e garantir uma vaga na próxima edição do segundo campeonato de mais importância na América do Sul. O ano, que deveria ser glorioso, pode virar um pesadelo.

O Fortaleza tem quatro jogos finais, contra Palmeiras, Red Bull Bragantino, Goiás e Santos. Contra o Alviverde paulista, o Tricolor cearense joga pra exterminar qualquer possibilidade de voltar à Série B e pra evitar uma sequência ainda pior no Brasileirão. O jogo, de extrema importância pros dois, acontece na Arena Castelão, neste domingo (26), às 18h30, horário de Brasília.

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