Um jogador do Nacional-SP sofreu com uma abordagem de tentativa de manipulação de resultados na Copinha, de acordo com o ge. O suposto apostador tentou o contato por um aplicativo de mensagens.
O jogador, que é um goleiro e preferiu não se identificar, afirma ter recebido a oferta de R$10 mil de um aliciador através de mensagens. Na ocasião, ele deveria sofrer dois gols no primeiro tempo do jogo entre Nacional e Avaí, disputada na última terça-feira, em São Paulo, pela terceira rodada do Grupo 32.
A intenção do apostador era ter vantagens em casas de apostas e conseguir o lucro através da certeza de que o time paulistano sofreria os dois gols no primeiro tempo do jogo.
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Ciente do risco que corria, o jogador procurou a Federação Paulista de Futebol e denunciou o suposto apostador. O delegado Cesar Saad, da Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerânica Esportiva), identificou o autor. Jiuliandro José da Silva Bezerra confessou a tentativa de manipulação e foi indiciado pelo crime de manipulação de resultado previsto na Lei Geral do Esporte.
Apesar disso, o jogo correu normalmente, e o Avaí venceu por 1 a 0, ficando com a liderança e classificação da chave. O Nacional, com um ponto em três jogos, foi eliminado.
A FPF divulgou uma nota sobre o caso. Confira:
“A Federação Paulista de Futebol informa que tomou conhecimento de uma suposta tentativa de manipulação de resultado antes da partida Nacional-SP x Avaí-SC, pela Copa São Paulo de Futebol Jr., realizada na terça-feira (9), e imediatamente acionou o Polícia Civil e a Stats Perform, empresa parceira responsável pelo monitoramento de casas de apostas em todo o mundo. A denúncia recebida e a consequente ação preventiva da FPF impediram a concretização da suposta tentativa de manipulação. A FPF tem realizado uma ofensiva contra a manipulação de jogos nesta Copinha por meio de palestras preventivas para todos os atletas, membros de comissões técnicas e diretores das sedes com orientações e diretrizes. A FPF é a entidade esportiva pioneira no combate à manipulação de competições e resultados, com ações práticas desde 2015, pela criação do Comitê de Integridade, monitoramento de partidas em tempo real e acordo de cooperação firmado em 2020 com a SIGA (Sport Integrity Global Alliance), principal organização de integridade no esporte.”
Antes do início do torneio, a FPF orientou os jogadores e membros das comissões técnicas de todas as equipes, realizando palestras de conscientização sobre o tema, e canais de denúncia anônima.
Desde 2015, a FPF tenta combater a manipulação de jogos no futebol através do Comitê de Integridade, que atua na prevenção e investigação das denúncias de manipulação, assédio, abusos, doping, racismo, dentre outros.
Atualmente, a entidade conta com o auxílio de uma empresa que possui expertise internacional e que atua no monitoramento de movimentos suspeitos nos mercados de apostas.
As denúncias são apuradas pelo Comitê de Integridade e encaminhadas para as autoridades públicas competentes, como a Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) e o Ministério Público de São Paulo.
