Andriy Shevchenko, eleito presidente da Federação Ucraniana de Futebol na quinta-feira (25), quer evitar um possível retorno da Rússia às competições da UEFA. O ex-atacante espera comover os dirigentes da associação europeia, mostrando as consequências de uma guerra que completará dois anos em fevereiro.
Em entrevista a Sky Sports News, o atleta, ídolo do Milan e com passagem pelo Chelsea, convida Aleksander Čeferin, presidente da UEFA, a visitar o país e constatar as condições das cidades e dos estádios.
— Antes de tomar essa decisão, venha para a Ucrânia. Veja tudo, visite, fale sobre nossos problemas e depois tome a decisão. Quero mostrar a situação, porque desde que a guerra começou, só ficou pior — explicou .
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Shevchenko revela que cerca de 350 estádios foram destruídos ao longo do conflito. Em Kiev, capital ucraniana, um estádio construído em 2022 foi atingido por mísseis há pouco menos de uma semana.
— Falando de infraestrutura, 350 estádios foram destruídos. Cinco dias atrás, um grande ataque de mísseis na capital da Ucrânia, Kiev… basicamente eu estava aqui. O estádio construído em 2022, estava novo, foi destruído pelos mísseis. Não temos escolha – lamentou Shevchenko.
Shevchenko foi eleito presidente da Federação Ucraniana de Futebol por aclamação dos 93 delegados aptos a votarem. Antes de se tornar dirigiente, treinou a Seleção da Ucrânia entre 2016 e 2021 e teve passagem pelo Genoa (2021-2022), tornando-se politicamente ativo após a invasão promovida pela Rússia. O ex-atacante substitui Andriy Pavelko, suspenso do cargo por acusações de corrupção.
Apesar da destruição e da guerra, a principal liga ucraniana está em disputa. Os times retornarão ao campo no fim de fevereiro, após a pausa de inverno, para a 18º rodada. O FC Kryvbas Kryvyi Rih e o SC Dnipro dividem a liderança do torneio com 34 pontos.