A polêmica etapa da WSL em Bells Beach, Austrália, chegou ao fim na madrugada de terça para quarta-feira (03/4) no horário de Brasília. Os americanos Caitlin Simmers e Cole Houshmand tiveram a honra de agitar o icônico sino do local. O último dia de competições entrou em ação uma hora mais tarde do que estava planejado porém, quando o cronômetro começou, as semifinais femininas entre Johanne Defay e Brisa Hennesy e a segunda entre Caitlin Simmers e Caroline Marks abriram os trabalhos.
O primeiro duelo foi vencido pela francesa Defay, que teve a pontuação total de 13.53 contra o 12.10 da costarricense. Na abertura da bateria, Johanne fez uma onda que lhe rendeu 6.5, sendo respondida por um 5.17 de Brisa. A doze minutos do fim, Hennesy virou com uma nota 6.93 mas sete minutos mais tarde foi vez da rival remar e voltar à liderança e dar ponto final ao duelo com uma nota 7.03.
A segunda semifinal teve vitória da americana Caitlin Simmers com um total de 13.93, superando o 9.24 de Marks. A jovem de 18 anos fez uma onda com nota 7 após iniciar a disputa com um 4.83, abrindo boa vantagem sobre a nota 3.67 que recebeu a atual campeã mundial da WSL. Na sequência, Simmers foi avaliada com uma nota 6.93 e encaminhou de vez sua vaga na final. Caroline até esboçou uma reação fazendo uma nota 5.57 em sua última onda mas já era tarde.
Sem tempo para pausas na WSL, era hora dos homens assumirem o pico de Bells Beach. Já sem brasileiros na etapa, o americano Cole Houshmand dominou o sul-africano Matthew McGillivray e avançou para a final com um total de 13.14 a 7.77. A abertura do confronto foi melhor aproveitada por McGillivray, que recebeu um 6.17 e ficou à frente do 5.17 de Houshmand. No entanto, a alegria pouco durou pois o embalado americano fez um 6.77 e rapidamente assumiu a liderança, melhorada por um 6.37 no fim que deu o tom do duelo.
A segunda bateria masculina entre Griffin Collapinto e Rio Waida foi controlada pelo americano, vencendo por 16.83 a 14.53. A troca de notas no início, 8 a 6 para Griffin, parecia mostrar um equilíbrio na bateria. Na verdade, o que se viu no dia decisivo da quarta etapa da WSL foi uma sequência de boas notas do camiseta amarela, com um 7.33, 8.5 e 8.33 que não deu chances ao rival. As duas últimas entraram no somatório e ficaram muito acima das surfadas pelo Indonésio. Waida até conseguiu um 7.6 alguns minutos depois, mas terminou a etapa necessitando de uma nota 9.23 para chegar à final.
As mulheres voltaram para a água em uma final emocionante que foi decidia nos últimos segundos. Simmers e Defay demoraram muito tempo para mostrar as garras e foi a francesa que recebeu a primeira boa nota. O 5.67 era a melhor nota da bateria até então, mas sofreu a resposta de Caitlin com uma onda de 6.10. Johanne continuou sua trajetória e parecia estar com uma melhor conexão com o mar. Sua quinta onda surfada foi avaliada em 5.93 e entrou no somatório. O que ela não esperava era Simmers aproveitar a brecha e, faltando cerca de dez segundos para o fim da bateria, conquistar um 6.67 e ser coroada como a grande vencedora de Bells Beach.
Os homens finalizaram o torneio com uma decisão 100% americana entre Cole Houshmand e Griffin Collapinto. Melhor para o estreiante da WSL que fez um total de 13.50 contra um 12.80 de Collapinto. Logo nos primeiros minutos, o algoz de Gabriel Medina foi ao ataque e conquistou uma nota 7, sendo respondida por um fraco 2.83 e um 5.83 de Griffin. O jovem de 23 anos ainda somou um 3.83 antes de assistir o atual líder do ranking masculino receber uma nota 6.93 e complicar sua vida na bateria. Sem sentir o peso do momento, Houshmand respondeu com um 6.5 e voltou à liderança da final. Os últimos momentos foram de pura tensão. Os dois surfistas entraram em ondas que foram minuciosamente analisadas pelos juízes. Primeiro, o camiseta amarela encarou a parede e viu da beira d’água uma resposta do rival. Ao final, 5.87 para Collapinto, 5.33 para Houshmand e título para o rookie da temporada da WSL.
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A próxima etapa acontece em Margaret River, Austrália, entre os dias 11 e 21 de abril. A competição marca a última chance que os atletas têm para escapar do corte do meio da temporada da WSL.