Na última semana, São Paulo (SP) foi palco de um dos maiores eventos esportivos do país, Arnold Sports Festival South America, que levou mais de 100 mil pessoas ao Expo Center Norte.
Com fãs engajados e geradores de conteúdo para as redes sociais, o fisiculturismo foi o carro da feira de uma década.
E entre os protagonistas desse festival, um nome se destacou acima de todos com ampla vantagem e muito frenesi: Ramon Dino, atualmente considerado o maior fisiculturista do Brasil e um dos melhores do mundo da Classic Physique, estando atrás apenas do canadense Chris Bumstead.
No estande da Max Titanium, empresa do grupo Supley, o acreano Ramon Dino era tratado como o Pelé da modalidade, traduzindo para os dias de hoje o Neymar. Para chegar ao espaço da marca de suplementos alimentares era preciso ter paciência e não se importar com aglomeração.
No mezanino da Max Titanium, Ramon Dino recebia camisetas e até tênis para autografar, olhava para os fãs como um rei no alto e ganhava olhares admirados de todos. O dinossauro – referência a seu apelido dado por Toguro – do tamanho de um carro alegórico de escola de samba se mexia e era um dos espaços instagramáveis mais brindados da feira.
A cena lembrava os momentos de histeria vividos em eventos de cultura pop como a CCXP, onde fãs fervorosos se encontram com seus heróis dos quadrinhos e do cinema. Dos seus 1.80m de altura e mais de 100 quilos de puro músculo, Ramon Dino era só sorrisos.
O fenômeno de idolatria em torno de Ramon Dino, que tem apenas 27 anos e milhões de seguidores nas redes sociais, não é apenas fruto de sua impressionante carreira no fisiculturismo, mas também de sua conexão genuína com seus seguidores via internet.
”Não acredito que se trata de uma idolatria, mas de uma identificação porque eu sou como eles. amo o esporte, o bodybuilding mudou minha vida e da minha família e agora apenas tento retribuir dando o meu melhor quando estou nos palcos ou com a galera. Tentando honrar esse sentimento dos fãs…se olhar minha história verá que sou reflexo deles e nada mais”.
A história na academia começou aos 14 anos em Rio Branco (AC), passando pela habilidade com a calistenia até o arroz com ovo que o fez chegar onde chegou. A genética diferenciada deu a Ramon Dino o caminho para alcançar tudo isso e muitas cifras, furando a bolha.
Assim como Arnold Schwarzenegger se tornou uma lenda viva do fisiculturismo e dos filmes de ação, Ramon Dino segue os passos de seu ídolo, deixando um legado que transcende o esporte.
Dino, Rafa Brandão, Francielle Mattos e outros craques do bodybuilding hoje formam o movimento Brazilian Chaos, uma cópia muito bem bolada do Brazilian Storm do surfe. Afinal de contas, o país é potência nos dois.
”O Brasil está modificando o cenário do bodybuilding mundial e os atletas, assim como o Dino, são os aceleradores disso”.
”O que chama atenção do Brazilian Chaos é que os fãs também são muito protagonistas, apaixonados e isso tem despertado atenção dos melhores atletas do mundo que agora querem conhecer esse caos de perto”, disse Mariane Morelli, CEO do Grupo Supley, que tem a Probiótica como marca da casa em Matão (SP).
No espaço das empresas no Arnold, a ideia foi transformar aquilo num ponto de encontro para os fãs do esporte.
Talvez a presença do Ramon Dino tenha dado um up nas vendas e no interesse do público. ”Tudo em nossos espaços foi planejado sob a ótica do fã. Sabíamos que uma atração como essa agradaria a eles e colocamos em prática”, concluiu Morelli.
A Supley conta com quatro unidades fabris e centros de distribuição que totalizam mais de 35 mil metros quadrados de área. A capacidade produtiva é superior a 28 milhões de produtos por ano, acelerando a disponibilização de um portfólio completo com mais de 350 produtos.