O piloto português António Félix da Costa (TAG Heuer Porsche) venceu a sexta etapa do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E disputada neste sábado (13) no Circuito de Misano, em Rimini, na Itália.
Campeão da sexta temporada, o piloto largou em 13º lugar e escalou posições para cruzar a linha de chegada na primeira colocação.
A segunda posição ficou com o britânico Oliver Rowland (Nissan), que conquistou seu quarto pódio consecutivo e assumiu a liderança do mundial dos carros elétricos. Em terceiro lugar ficou o também britânico Jake Dennis (Andretti Formula E), atual campeão da F-E.
Os brasileiros Sérgio Sette Câmara (ERT Formula E Team) e Lucas di Grassi (ABT Cupra), em 11º e 16º lugares, respectivamente, novamente ficaram fora dos dez primeiros no primeiro E-Prix do traçado italiano de 3.381km com 14 curvas. A pole position ficou com o neozelandês Mitch Evans (Jaguar TCS Racing) e a volta mais rápida foi de Oliver Rowland (Nissan).
Foi a estreia da Fórmula E em Misano, uma pista tradicional do esporte a motor na Europa, local que recebe tradicionalmente corridas de MotoGP. A corrida teve 28 voltas com temperatura de 24ºC e vento de 15 km/h no circuito italiano.
“A corrida foi muito intensa, mas me diverti muito. É uma prova que demanda muita atenção, muitas vezes era impossível saber quem estava na liderança. Fizemos um gerenciamento de energia interessante e conquistamos a vitória”, disse Félix da Costa. “Espero que esta seja a primeira de muitas nesta temporada”.
A última vitória de Da Costa, pressionado pelos resultados irregulares da temporada, foi em 2023 na Cidade do Cabo, na África do Sul.
“Incrível, um início fantástico da temporada com quatro pódios consecutivos. Essa regularidade é importante para vencer o campeonato. No início, não parecia uma boa ideia ficar para trás, e terminar em segundo lugar foi um resultado muito bom”, contou Oliver Rowland.
A corrida em Misano foi marcada por muita confusão e contato entre os carros. A gestão de energia sempre foi crucial para pilotos e engenheiros, com os monopostos começando o E-Prix com entre 60 e 70% da energia utilizável necessária para terminar a prova, sendo o restante recuperado pela frenagem regenerativa.
A liderança da corrida foi o lugar menos eficiente, com o carro da posição 1 enfrentando a resistência do ar em primeiro lugar, enquanto os carros atrás se beneficiavam da esteira aerodinâmica em termos de eficiência.
Portanto, a F-E em Misano teve nove líderes diferentes – Sebastien Buemi (Envision Racing), Robin Frijns (Envision Racing), Jean-Eric Vergne (DS Penske), António Félix da Costa (TAG Heuer Porsche), Sam Bird (NEOM McLaren), Stoffel Vandoorne (DS Penske), Sacha Fenestraz (Nissan), Mitch Evans (Jaguar) e Oliver Rowland (Nissan) – durante a corrida. O número total de ultrapassagens competitivas também estabeleceu outro recorde, com 544.
Após a sexta etapa, a Fórmula E mantém a marca de um vencedor por prova nesta décima temporada. O equilíbrio é uma característica do campeonato de carros elétricos, com apenas 13 pontos separando o primeiro do quinto colocado.
Max Gunther (Maserati) é o único piloto a pontuar em todas as seis etapas do campeonato, e a vitória de António Félix da Costa colocou a equipe Porsche como a primeira equipe a vencer duas vezes nesta temporada.
O britânico Dan Tickton, companheiro de Sette Câmara na ERT Formula E, pontuou pela primeira vez, chegando em quinto lugar.
Os 22 pilotos retornarão à pista de Misano às 10h, com transmissão pela TV Band e Grande Prêmio. A corrida terá 26 voltas, o que proporcionará mais energia aos competidores.