Em entrevista coletiva, após o empate do Fortaleza com Corinthians, no último sábado (4), na Neo Química Arena, o técnico Juan Pablo Vojvoda falou sobre os erros no posicionamento do sistema defensivo tricolor, que sobrecarregaram o goleiro João Ricardo, e destacou a melhora no segundo tempo. “Terminamos a partida bem”, apontou.
De olho no confronto com o Nacional Potosí pela Sul-Americana, Vojvoda escalou um time misto para enfrentar o Corinthians no Brasileirão. As escolhas do treinador para a primeira etapa causaram problemas na defesa do Fortaleza, que não manteve a organização e passou a ser pressionada pela equipe paulista. “No primeiro tempo, é verdade que não coordenamos bem o nosso lado defensivo”, apontou Vojvoda.
Com o sistema defensivo desorganizado, a responsabilidade recaiu no goleiro João Ricardo, que segurou o placar para o Fortaleza. “O goleiro trabalhou, é verdade. Fez um bom trabalho o João Ricardo”, reconheceu o treinador. Do lado corintiano, o arqueiro Carlos Miguel também foi mencionado pelo argentino. “Nós (Fortaleza) tivemos chances claras, que o goleiro deles também respondeu bem”, disse.
Diante da pressão, o Fortaleza recuou e deixou os paulistas dominarem o jogo. Com o meio-campo inoperante, o Leão do Pici não executava transições e dificilmente avançava para a área adversária. A solução encontrada por Vojvoda foi realizar trocas que levassem mais ritmo para o sistema ofensivo tricolor e que reorganizassem todos os setores do time. Ganhando mais espaço, no segundo tempo, o Fortaleza passou a apostar em transições mais efetivas.
“Corrigimos principalmente o nosso posicionamento sem bola. Posicionamos o nosso meia e o nosso atacante juntos (…), acho que ficamos mais compactos, levantamos um pouco as linhas e tivemos minutos muito bons. Acho que, do minuto 25 ao 35 (do segundo tempo), se viu um Fortaleza plantado no campo, bem posicionado e terminamos a partida bem”, explicou Vojvoda.
O treinador apontou também a dificuldade de encarar o Corinthians e valorizou o ponto conquistado. “Jogamos em um campo difícil, com um adversário que tem bons jogadores”, disse Vojvoda. “No Brasileirão, somamos fora de casa e isso é importante. Continuamos criando finalizações, isso é importante também. Eu sou sincero também, recebemos finalizações, o adversário teve mais posse de bola que a gente, mais finalizações (…), mas nós tivemos chances muito claras”, destacou.
O próximo desafio do Fortaleza será enfrentar a altitude de 4.090 metros da cidade de Potosí, localizada na Bolívia, para encarar o Nacional Potosí pela Copa Sul-Americana. Para lidar com a situação incomum, o time tem se preparado há um mês, quando começou a executar o planejamento que conta com mudanças na alimentação, reposição de vitaminas e preparação física, e agora dá início a etapa logística da viagem. Vojvoda comentou sobre o roteiro do Fortaleza.
“O time responde em cenários complicados. Esse é um cenário complicado de jogar e o time responde aqui, e está preparado para jogar nas condições adversas da Bolívia. Vamos ficar aqui (São Paulo), vamos recuperar os jogadores, vamos treinar, vamos planejar e vamos ir a Bolívia e fazer o nosso trabalho”, projetou Vojvoda.
