A carreira de um atleta vive cercada de altos e baixos. Seja por momentos em campo, por dificuldades fora ou até mesmo lesões. E foi exatamente por conta de uma lesão que a vida da goleira Lorena se transformou. Afastada dos gramados por 11 meses, a jogadora do Grêmio viveu um momento de incerteza, mas deu a volta por cima com estilo, sendo convocada para a Olimpíada de Paris-2024 nesta semana, com direito a “presente” de seu patrocinador pessoal.
Após sofrer um estiramento de grau 2 no Ligamento Cruzado Anterior do joelho esquerdo, a jogadora precisou passar por uma cirurgia de reconstrução do LCA, durante o auge de sua carreira, como titular da Seleção Brasileira. Depois de quase um ano, retornou aos gramados em fevereiro desse ano. O bastante para entrar na lista do treinador Arthur Elias.
— Ser convocada para a Olimpíada é algo imensurável. Essa será a primeira oportunidade que terei de representar meu país em uma competição desse nível. Não esperava ser convocada, mas sempre trabalhei muito para ter essa oportunidade — disse Lorena.
Agora, nos Jogos de Paris, na França, a Gremista espera retornar à sua melhor fase, e contará com uma “ajuda especial” de seu patrocinador, a marca de luvas nacional Poker, já que a empresa criou um modelo exclusivo para a atleta utilizar na Olimpíada.
— O apoio da Poker é essencial. Antes mesmo de ser patrocinada, eu já usava as luvas da marca, pela qualidade delas. Quando assinei o primeiro contrato com a empresa foi um dia inesquecível na minha carreira. Me sinto lisonjeada de ter um material exclusivo em uma competição tão gigantesca como a Olimpíada — disse a goleira.
— Ter uma atleta desse nível nos representando nos Jogos Olímpicos é motivo de muito orgulho. E apoiar o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil é quase uma obrigação para nós da Poker. Apoiamos 13 goleiras no país, e esperamos aumentar a marca em breve, para termos novas “Lorenas” surgindo no cenário nacional — afirmou o gerente de marketing da marca, Everton Argerick.
Até sua lesão, Lorena era uma das principais atletas da Seleção comandada pela sueca Pia Sundhage. Titular, ajudou o Brasil a conquistar o título da Copa América em 2022, mas ficou fora de toda a temporada 2023, perdendo, assim, a chance de disputar a Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia.
Na Olimpíada, Lorena terá a companhia da goleira Tainá, do América-MG, e um grupo duro pela frente, com a atual campeã mundial Espanha, o Japão, algoz do país na última edição dos Jogos, e um time da África (Nigéria ou África do Sul). Mas para a goleira, o caminho da Seleção já está traçado:
— Estou muito feliz e tenho certeza de que não faltarão empenho e dedicação do Brasil em busca dessa medalha. Será muito importante para a modalidade no nosso país — finalizou Lorena.
Até hoje, a melhor colocação do país aconteceu em Atenas-2004 e Pequim-2008, com a medalha de prata, perdendo ambas as finais para os Estados Unidos. Em Atlanta-1996, Sydney-2000 e Rio-2016, o país ficou com a quarta colocação. Já em Londres-2012 e Tóquio-2020, caiu nas quartas de final.