Derrotado pelo Grêmio, o Vasco chegou à segunda partida sem vencer no Brasileirão, permanecendo na 11ª colocação, com 23 pontos. Antes da coletiva de imprensa do treinador, Marcelo Sant’Ana, diretor de futebol vascaíno, fez uma declaração contra a arbitragem. Ao fim da participação, o técnico Rafael Paiva comentou sobre a partida, focando no desempenho dos atletas e nas más condições do gramado na Arena Condá.
— Um jogo muito atípico. Saiu do que nós achamos que seria possível controlar. A chuva e o estado do campo nos atrapalhou em tentar jogar. A gente sabia que seria um jogo de muita disputa, de segunda bola, um jogo em que qualquer escorregão no meio-campo poderia gerar uma transição perigosa. E foi isso o que aconteceu. Em uma cobrança de lateral, sofremos o gol em uma jogada de transição. Também sabíamos que o jogo seria muito condicionado por bolas paradas e tivemos algumas chances assim, mas não conseguimos concluir em gol. Foi um jogo que saiu muito do contexto normal, com muita briga, muita luta pela bola, mas em que não conseguimos fazer o gol. — declarou o treinador.
Questionado sobre a arbitragem, devido às declarações pós-jogo de Vegetti e do diretor de futebol, o técnico tirou o foco das polêmicas e afirmou que o foco dele e dos atletas deve sempre ser na preparação para o jogo.
— Marcelo já falou sobre a arbitragem, então não vou entrar muito no assunto. Acho que dificulta, claro. Sempre tentamos passar para eles (atletas) que o árbitro não seja a estrela principal do jogo. Temos que focar no jogo, no que nós podemos controlar, porque a arbitragem a gente não controla. Esse é o caminho que vou trabalhar com os jogadores, no que podemos mudar, no que podemos fazer para o próximo jogo. — disse Paiva.
Veja outros trechos da coletiva de Rafael Paiva:
SEQUÊNCIA DO CAMPEONATO
— O Campeonato Brasileiro é muito difícil. Eu digo isso o tempo todo. Para mim, é o torneio mais difícil que tem. A gente vê, nas últimas rodadas, algumas equipes que estavam na parte de baixo começaram a pontuar. Nós, que estávamos pontuando muito, já estamos há dois jogos sem pontuar. É muito complicado quando você não soma pontos. Precisamos voltar, principalmente as vitórias. A gente sabe que quarta-feira nós temos o jogo mais importante do ano (contra o Atlético-GO). Temos total consciência disso e não podemos deixar que essas duas derrotas atrapalhem a gente psicologicamente. Nossa confiança não pode ser abalada. Temos que estar preparados. Nós sabíamos dessa sequência de jogos fora de casa, que seria difícil. A gente sabia que isso poderia acontecer e nunca vamos querer ficar mais de um jogo sem pontuar. Mas, temos que tocar para frente e estarmos preparados para quarta-feira.
COUTINHO E PAYET
— Realmente, é um jogo em que eles não conseguiram mostrar o potencial deles. Apesar de que, tanto Coutinho quanto Payet demonstraram, em alguns momentos, a qualidade que têm. Mas, esperamos que nas próximas partidas a gente consiga desenvolver melhor o nosso jogo.
SEQUÊNICA FORA DE CASA E COPA DO BRASIL
— Muito difícil. De novo, ficar duas rodadas no Brasileiro é muito complicado. Mas, como estamos na 20ª rodada, a primeira do returno, ainda temos tempo para recuperar. No mata-mata, não há esse tempo. Temos que tratar esse jogo com uma particularidade especial. É importantíssimo tentar passar de fase, fazer um grande jogo na ida, para levar o confronto para São Januário. Lá nós somos muito fortes. Então, temos que entrar focados, encarar como tem que ser, com muita responsabilidade, competir e trabalhar muito para reverter esse momento.
DESFALQUE DE ADSON
— Adson já vinha carregando um peso de muitos jogos em sequência. A gente optou por não trazê-lo, para não ser nada mais grave. Acreditamos que ele estará pronto para o próximo jogo. Foi um jogador que fez muita falta. Tenho certeza que, com a volta dele, vai nos ajudar bastante.
SUBSTITUIÇÕES
— Era um jogo em que a gente tinha trabalhado muito para tentar jogar, construir e pressionar o Grêmio. Mas, acabou se transformando em uma partida de bolas longas, de disputa de primeira e segunda bola. Eles conseguiam ganhar a maioria das segundas bolas e isso nos machucou. O um contra um do Soteldo estava nos machucando um pouco e a bola chegava mais na nossa área do que gostaríamos. Fomos para três zagueiros para tentar rebater melhor e conseguir escapar pelos lados, com PH e com Piton. No início, até conseguimos em alguns momentos sair um pouco melhor. Mas, na sequência, levamos o gol. Foi algo estratégico (as substituições). Maicon sentiu um desconforto na posterior, talvez por um acúmulo de partidas, e não queríamos correr nenhum risco com ele.