Rebeca Andrade, ao conquistar sua sexta medalha olímpica, se tornou a maior atleta do olimpismo brasileiro de todos os tempos. O ouro no solo, derrotando a estrela Simone Biles, colocou Rebeca em primeiro lugar com duas medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze.
Até os Jogos de Paris 2024, os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael dividiam o título de maior atleta olímpico do Brasil com cinco medalhas cada um. Ambos conquistaram dois ouros, com Scheidt levando uma prata a mais.
Robert Scheidt, que foi ouro em Atlanta 1996 e Atenas 2004, prata em Sydney 2000 na Laser (ILCA), e ao lado de Bruno Prada na Star, ganhou prata em Pequim 2008 e bronze em Londres 2012, expressou seu orgulho por Rebeca:
“A gente fica muito feliz por ter surgido no Brasil um talento como você, ter conseguido superar nossa marca e eu acho que o esporte é isso aí, é superação, é ter alguém que vai vir e fazer algo melhor. Eu sinto muito orgulho de você e acho que o Brasil todo sente muito orgulho. Aproveite esse momento para comemorar, apesar da loucura que sua vida vai se tornar.”
Torben Grael, com duas medalhas de ouro no Star com Marcelo Ferreira em Atlanta 1996 e Atenas 2004, bronze em Sydney 2000, bronze em Seul 1988 com Nelson Falcão, e prata em Los Angeles 1984 na Soling com Daniel Adler e Ronaldo Senfft, também é uma figura emblemática da vela brasileira.
O presidente da CBVela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro, ressaltou a importância do feito de Rebeca para o esporte olímpico brasileiro:
“O esporte olímpico brasileiro fez história com a medalha de ouro de Rebeca Andrade. Esse feito extraordinário inspira todos nós e reafirma a força e a dedicação do Time Brasil. A vela tem o orgulho de dizer que Torben Grael e Robert Scheidt passaram o bastão para Rebeca. Que novas ginastas, velejadores e esportistas brasileiros se inspirem neste momento.”
A vela é uma das modalidades que mais trouxe medalhas ao Brasil, com 19 no total, sendo oito de ouro. A Equipe Brasileira de Vela tem como chefe da delegação Walter Böddener e o head coach e bicampeão olímpico Torben Grael. Eles participam de eventos internacionais apoiados pelo termo de fomento à vela olímpica em parceria com a CBVela, com o objetivo de preparar a Equipe Olímpica Principal de Vela para campeonatos internacionais.
Medalhas olímpicas brasileiras na vela:
Ouro
- Moscou 1980: Eduardo Penido e Marcos Soares (470)
- Moscou 1980: Alexandre Welter e Lars Björkström (Tornado)
- Atlanta 1996: Robert Scheidt (Laser)
- Atlanta 1996: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
- Atenas 2004: Robert Scheidt (Laser)
- Atenas 2004: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
- Rio 2016: Martine Grael e Kahena Kunze (49er)
- Tóquio 2020: Martine Grael e Kahena Kunze (49er)
Prata
- Los Angeles 1984: Torben Grael, Daniel Adler e Ronaldo Senfft (Soling)
- Sydney 2000: Robert Scheidt (Laser)
- Pequim 2008: Bruno Prada e Robert Scheidt (Star)
Bronze
- Cidade do México 1968: Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)
- Montreal 1976: Peter Ficker e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)
- Seul 1988: Torben Grael e Nelson Falcão (Star)
- Seul 1988: Clínio Freitas e Lars Grael (Tornado)
- Atlanta 1996: Kiko Pelicano e Lars Grael (Tornado)
- Sydney 2000: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
- Pequim 2008: Fernanda Oliveira e Isabel Swan (470)
- Londres 2012: Bruno Prada e Robert Scheidt (Star)
A CBVela, filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao COB, foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e incorporar a agenda global da sustentabilidade ao seu planejamento estratégico. A entidade lançou em 2023 a plataforma VelaID, um HUB de eventos e relacionamento para velejadores e entusiastas.
