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Brasília recebe três eventos de kungfu em aquecimento para o Mundial

Edneia Camargo, pentacampeã pan-americana e medalhista de bronze no Mundial de 2019 (Crédito: Divulgação)

O desafio China x Brasil é destaque na programação de 12 a 14 de setembro, no Nilson Nelson.

Divulgação

Brasília começa a sua preparação para sediar o Campeonato Mundial de Kungfu Wushu de 2025 com a realização de três grandes eventos da modalidade, de 12 a 14 de setembro, no Ginásio Nilson Nelson. A capital brasileira receberá o Kungfu Xtreme Fight – Desafio China x América Latina, o Campeonato Centro-Oeste e as Oficinas Técnicas com especialistas chineses. A realização é da Confederação Brasileira de Kungfu Wushu (CBKW) com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Distrito Federal (SEL/GDF).

O ponto alto da programação será o Kungfu Xtreme Fight, desafio internacional entre lutadores da China e da América Latina marcado para sábado, dia 14, das 15h às 22h. O evento terá combates de Sanda, também chamado de boxe chinês, em 13 categorias, sendo três femininas e dez masculinas. A entrada é solidária mediante retirada de ingresso na plataforma Sympla e entrega de 1kg de alimento não perecível.

Diferentemente das competições tradicionais da modalidade, o Kungfu Xtreme Fight terá lutas casadas e sem proteção ambientadas em uma estrutura nos padrões dos grandes eventos de artes marciais.

“É algo diferente de tudo o que já organizamos em relação ao Kungfu Wushu no Brasil. Um evento de altíssimo nível técnico, com a participação de alguns dos melhores atletas do mundo, em uma estrutura voltada para o entretenimento, alinhada aos grandes eventos de artes marciais. Será um grande show para o público”, afirmou Marcus Vinícius Fernandes Alves, presidente da CBKW.

A delegação chinesa também estará presente nas Oficinas Técnicas, voltadas para a atualização de atletas, técnicos e professores de Kungfu Wushu. Serão realizados workshops com mestres chineses de Sanda e Taolu, modalidade que compreende um conjunto de técnicas pré-determinadas coreografadas de ataques e defesas características de um estilo de Kungfu.

O Intercâmbio está marcado para os dias 13, das 9h às 17h, e 14, das 9h às 12h. A inscrição solidária tem o valor de R$ 100 e será integralmente destinada às escolas de Kungfu Wushu do Rio Grande do Sul, gravemente afetadas pelas enchentes de abril e maio deste ano.

“Já realizamos outros intercâmbios com os chineses aqui no Brasil e também enviamos delegações para treinamentos na China. Mas esta é a primeira vez em que conseguimos estruturar algo muito acessível. Receberemos atletas e treinadores de todo o Brasil que terão a oportunidade de se desenvolver com grandes mestres do Wushu mundial”, disse Marcus Vinícius.

A programação terá ainda o Campeonato Centro-Oeste de Kungfu Wushu, com atletas do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A competição, também com entrada gratuita, contará com três modalidades de combate – Sanda, Tuishou e Shuaijiao – e o Taolu. As disputas acontecem no dia 13, sexta-feira, das 9h às 21h.

Preparação para o Mundial

Os três eventos serão uma importante etapa na preparação de Brasília para sediar o Campeonato Mundial de Kungfu Wushu, em 2025. A cidade será a primeira da América Latina a receber a competição, que teve, em sua última edição, mais de 900 participantes de quase oitenta diferentes países.

Brasília já vem demonstrando enorme vocação para o Kungfu Wushu, seja por produzir grandes talentos da modalidade ou por abrigar importantes competições do calendário nacional e internacional. Nos últimos anos, com a realização da CBKW, a cidade já sediou o Mundial Júnior, em 2018, o Campeonato Pan-Americano, em 2022, e edições do Brasileiro. O sucesso na organização dos eventos credenciou a capital a vencer a disputa para trazer o Mundial pela primeira vez para a América Latina.

“O Wushu tem crescido de forma acelerada e organizada no Brasil, e, sem dúvidas, Brasília se consolidou como uma das referências nacionais do esporte. Os grandes eventos que realizamos aqui impulsionaram esse processo. Foi também a oportunidade que precisávamos para demonstrar a nossa competência organizacional e técnica. Tudo isso foi fundamental para trazermos o Mundial”, explicou Marcus Vinícius.

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