Automobilismo

Fórmula 1: FIA define novo teto de gastos para o ano de 2026

Teto de gastos na F1 (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

Medida garante uma compensação salarial para a Saudi/Auber, que argumenta que o custo salarial é maior em seu país sede

Foto: Mark Thompson/Getty Images

A FIA, Federação Internacional de Automobilismo, vai aumentar o teto de gastos das equipes em 2026. A mudança deve colocar a Sauber/Audi em pé de igualdade com as demais equipes, já que o salário na Suíça é maior.

A Audi está transformando a Sauber em sua equipe oficial, visando ter espaço na categoria a partir da próxima grande mudança de regulamento técnico, em 2026. A sede da equipe está localizada em Hinwil, perto de Zurique, na Suíça.

Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, confirmou que a Sauber foi o maior motivo para o reajuste:

— É nossa responsabilidade ser justo. Tornou-se óbvio para nós que os salários em certos países são muito, muito mais elevados e o custo de vida é muito mais elevado em certos países — avaliou.

A medida vem a partir de um apontamento já antigo da equipe, que argumenta que, com o custo de vida mais alto na Suíça, o salário se torna maior em comparação a países como Estados Unidos, Reino Unido e Itália. Dessa forma, a sauber/Audi teria menos saldo para investir em equipamento.

De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o salário médio na Suíça em 2022 era de 80 mil dólares, cerca de 455 mil reais.

No Reino Unido, onde estão 7 das 10 equipes do grid, era de 54 mil dólares, cerca de 307 mil reais. Já na Itália, onde estão sediadas eFerrari e a Red Bull Racing, o salário em 2022 era de 47.294 dólares. Na Alemanha, onde a Audi atualmente fabrica seus motores, o salário médio em 2022 era de 62.570 dólares.

Recentemente, a FIA decidiu corrigir parte dessa discrepância, aumentando o teto de gastos para 2026 de 135 milhões de dólares para 215 milhões de dólares, cerca de R$ 1,2 bilhão, através da inclusão de diversos novos elementos no regulamento financeiro.

Itens que antes estavam isentos agora passam a contar no valor definido, que também leva em consideração reajustes pela inflação e pela taxa de câmbio do dólar americano. Dentre os ajustes, estão a alocação adicional de 300 mil dólares por sprint races, que acontecem em apenas algumas etapas. Já a alocação de 1,8 milhão de dólares para qualquer corrida que exceda o limite de 21 foi aumentada para 24 GPs por temporada.

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